Centaurus quer produzir pellet feed para redução direta em MG

12/03/2024
Investimento no projeto pode alcançar 115 milhões de dólares australianos

 

A Centaurus Metals informa que, em resposta a crescente interesse de potenciais parceiros e clientes, iniciou um novo estudo sobre o potencial de seu Projeto de Minério de Ferro Jambreiro, localizado próximo a Belo Horizonte, para produção de pellet feed para redução direta. O empreendimento faz parte do portfólio de projetos minerais estratégicos da Centaurus no Brasil e compreende um recurso mineral substancial para o qual a empresa continua a avaliar o potencial desenvolvimento e caminhos para monetização. Segundo a Centaurus, a forte pressão dos produtores de aço para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa fez com que os produtores de minério de ferro sejam incentivados a maximizar o teor e minimizar as impurezas.

Com isto em mente, a Centaurus está agora estudando a possibilidade de produzir um produto pellet feed de qualidade para redução direta a partir do minério de Jambreiro, visando um produto com +68% Fe com teores combinados de Sílica (SiO2) e Alumina (Al2O3) abaixo de 2%.

O produto pellet feed é usado para produzir pellets de Redução Direta, que por sua vez são usados como alimentação para fornos de arco elétrico. O pellet feed para Redução direta tem uma pegada geral de carbono menor em comparação com o minério que só pode ser alimentado no alto-forno das siderúrgicas. Com os produtores de aço cada vez mais concentrados em estratégias para reduzir a sua pegada de carbono, a produção de minério de ferro com qualidade DR ajuda muito a atingir esse objetivo.

Testes de observação realizados por um potencial comprador mostraram que o minério da jazida Jambreiro é capaz de produzir um pellet feed para redução direta com as especificações requeridas, usando separação magnética e processos de beneficiamento por flotação.

O minério de Jambreiro testado é um compósito proveniente de um afloramento friável de itabirito, localizado na porção central da área do projeto. O compósito tinha um teor de 38-39% de Fe.

Os testes foram com base na moagem de 100% do pellet feed. Segundo a empresa, os resultados dos testes são muito encorajadores e, diante disso, a empresa iniciou um estudo de alto nível para avaliar a natureza das mudanças necessárias no fluxograma anterior do processo de alimentação de sinter feed de Jambreiro, a fim de obter um pellet feed para redução direta, entender as recuperações de metal e massa para a produção desse tipo de pellet feed, determinar a natureza de quaisquer requisitos de capital adicionais necessários na planta de processo para poder atingir a especificação de produto desejada e avaliar a receita adicional que pode ser gerada a partir da produção de um pellet feed de redução direta premium em comparação com uma especificação de concentrado de alto-forno de sinterização que foi historicamente considerado para Jambreiro.

De acordo com a Centaurus Metals, o estudo não terá qualquer impacto nos fluxos de trabalho em andamento do principal projeto da empresa, o Jaguar Nickel, na região de Carajás.

Desde que adquiriu o projeto Jambreiro, em 2010, a Centaurus concluiu uma série de estudos. Em 2013, a companhia licenciou o projeto, tanto na perspectiva ambiental quanto de Arrendamento Mineiro e concluiu uma engenharia significativa antes do colapso do mercado de minério de ferro em 2014, o que fez com que o projeto fosse colocado em compasso de espera. Em 2019, foi concluído um novo Estudo de Pré-Viabilidade (PFS), baseado na produção de um produto sinter feed para alto forno, com os principais resultados financeiros e técnicos anunciados ao mercado em 5 de julho de 2019. O PFS delineou um projeto inicial robusto de 1 Mtpa capaz de gerar receitas de vida útil da mina de A$ 1,05 bilhão e EBITDA de A$ 533 milhões ao longo de sua vida inicial de 18 anos. A economia do PFS de julho de 2019 foi baseada em uma porta de mina preço doméstico do minério de ferro de US$ 41/tonelada que foi referenciado a um preço CFR China de 62% Fe de apenas US$ 75/tonelada comum retorno líquido para custos de logística doméstica e frete marítimo.

O PFS foi baseado na estimativa de reservas de minério comprovadas e prováveis (JORC 2012) de 43,3Mt com classificação 29,1% Fe, que também foi lançado ao mercado em 5 de julho de 2019. A Reserva de Minério entregou 17,9Mt de minério de alta qualidade (65% Fe), produto de sinterização de baixa impureza (4,3% SiO2, 0,8% Al2O3 e 0,01% P) para suportar uma vida útil inicial de 18 anos da mina uma vez em operação.

As otimizações conservadoras de cava usadas para apoiar a estimativa da Reserva de Minério foram baseadas no minério de ferro da porta da mina preços de apenas R$ 66/tonelada (US$ 18/tonelada na época do PFS de 2019).

Sustentando os resultados do PFS em 2019 estavam os baixos custos operacionais de caixa do minério, posto na mina, previstos em A$ 25,1, que, quando combinado com os royalties do governo e dos proprietários de terras, totalizou um custo total, para o minério posto na mina, de A$ 29,0/tonelada. O PFS estimou custos de capital de pré-produção de A$ 59,8 milhões para A$ 114,9 milhões após impostos

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