Descaracterização de barragem usa 95% do rejeito arenoso
A Samarco utilizou 95% do rejeito arenoso gerado em seu Concentrador 3, no Complexo de Germano, em Mariana (MG), nas obras de descaracterização da barragem do Germano, no primeiro bimestre de 2024. O índice representa um volume de cerca de 1 milhão de toneladas de rejeito com características geotécnicas que atendem as premissas e critérios do projeto, contribuindo para a prática sustentável da empresa. As obras de descaracterização da barragem do Germano estão com 75% das intervenções concluídas. “Uma das etapas da descaracterização de barragem é eliminar o acúmulo de água do reservatório. Estamos utilizando o rejeito arenoso na correção do grade topográfico, direcionando o fluxo de água para o sistema de drenagem superficial e eliminando todo acúmulo de água dos reservatórios. Além disso, utilizamos o rejeito no reforço das estruturas”, disse o coordenador de Projetos da Samarco, Marcelo Fortes da Silva.
A mineradora utilizou também o rejeito arenoso nas obras de descaracterização da Cava do Germano, concluída em julho de 2023, antes do prazo previsto (outubro de 2023) no termo de compromisso assinado com órgãos federais e estaduais. Entre os benefícios do rejeito arenoso destacam-se a homogeneidade e a melhor permeabilidade para conduzir o fluxo de água até a drenagem interna. A Samarco pretende utilizar 16,7 milhões de toneladas nas obras de descaracterização da barragem e na proteção dos taludes da Cava do Germano, no período de 2023 a 2029, conforme planejamento técnico. O restante do rejeito arenoso é disposto na Pilha de Disposição de Estéril e Rejeito (PDER) Alegria Sul.
“Tão importante quanto destinar os rejeitos é evitar a compra de novos insumos, como areia e pedra utilizadas na execução dos serviços de descaracterização da barragem. Para cada tonelada reaproveitada, evita-se a compra e transporte destes insumos, além da reutilização dos recursos naturais. É um ganho exponencial”, explica o gerente Geral de Execução de Projetos, Eduardo Moreira. O especialista em inovação da Samarco, Marcos Gomes Vieira, afirma que a companhia desenvolve outros projetos para utilização do rejeito arenoso como insumo para fabricação de concreto e a aplicação do rejeito ultrafino (lama) em projetos de pavimentação ecológica. “Mas além de dar destinações alternativas para o rejeito, estamos atuando na origem para reduzir a sua geração, com otimizações de processos que aumentam a eficiência das plantas de beneficiamento”, destaca Vieira.