AngloGold Ashanti

Razão Social 

AngloGold Ashanti Brasil

www.anglogoldashanti.com.br

Composição Acionária

100% AngloGold Ashanti Ltda. (AngloGold Ashanti Group)

Data de Fundação 

8 de julho de 1834 (quando teve início a operação). Marco importante: 1999 (ano de alteração da denominação social de Minorco Gold Ltda. para AngloGold Brasil Ltda. e transferência da sede da Sociedade para Nova Lima). 

Fatos relevantes em 2022

• Processo de disposição de rejeitos a seco implementado em todas as unidades da empresa. 

• Redução de 30% nas emissões de carbono, previsto para 2030 e concluída no último ano. A empresa segue se dedicando à gestão ambiental no negócio, com mais de 50% das áreas dedicadas à preservação e compensação ambiental, investimentos nas Reservas Particulares do Patrimônio Natural, recuperação de áreas degradadas, plantio de mudas, educação ambiental e outras ações voltadas ao tema.

• Na gestão do capital humano, dedicou esforços à formação da equipe e no fortalecimento do programa de diversidade, com ações estruturadas voltadas para a equidade e inclusão em suas operações. Um grande destaque de 2022 nessa frente foi o lançamento do PRÓ - Programa de Qualificação Profissional Local, destinado exclusivamente a mulheres, que capacitou 60 profissionais no último ano.

Produção Registrada em 2022

A AngloGold Ashanti Brasil produziu, em 2022, 399 mil onças de ouro.

Receita Operacional Líquida em 2022

Cerca de R$ 3.9 bilhões

Contingente de Empregados

Total: 4.622 (empregados diretos no Brasil).

Operações Córrego do Sítio (CDS)

Minas e Plantas em Atividade

• Mina Córrego do Sítio – Mineração a céu aberto (Mina Oxidado) / Santa Bárbara (MG). Minério produzido: minério aurífero oxidado. Início de operação: 1990 – 1ª fase / 2002 – 2ª fase.

• Mina Córrego do Sítio – Mineração subsolo (Mina Sulfetado I) / Santa Bárbara (MG). Minério produzido: minério aurífero sulfetado. Início de operação: 2011.

• Planta Heap Leach – CDS I / Santa Bárbara (MG). Produto: Minério aurífero oxidado. Capacidade de alimentação: 900 ktpa. Capacidade de produção (ouro): 30kOzpa. 

Na área chamada Córrego do Sítio I encontram-se mina e o processamento do ouro que é realizado mediante lixiviação em pilhas. As operações realizadas nessa planta são: britagem, peneiramento, aglomeração, empilhamento, lixiviação, adsorção em carvão ativado, eluição e eletrólise. A capacidade atual dessa planta é de 900.000 t/ano. O minério proveniente da mina é alimentado em um circuito de britagem, composto por um britador primário de mandíbulas e um secundário de martelos. O produto da britagem e peneirado a 100% abaixo de ¾” recebe adição de cimento (5kg/t) em um aglomerador (tambor rotativo). A adição de cimento garante a aglomeração das partículas finas de minério sobre as grosseiras de forma a permitir uma boa percolação da solução lixiviante por intermédio da pilha de minério.  O empilhamento do minério é feito por meio de um transportador radial e deixado por um período de 72 horas para pré-cura do cimento. Depois desse período a lixiviação se inicia. O ciclo de lixiviação tem duração entre 45 e 60 dias com irrigação na ordem de 25 L/h/m2. Essa solução lixiviante percola a pilha formada com 3,5 metros de altura, e é recolhida por meio de sistema de filtros e canaletas, seguindo para um reservatório de solução rica em ouro. A solução é bombeada desde os reservatórios para um conjunto de 10 colunas de adsorção, com aproximadamente 4m³ de volume e contendo, dentro de cada uma delas, carvão ativado. Nessa operação o ouro é adsorvido pelo carvão ativado em contracorrente com a solução rica dentro das colunas. O carvão da primeira coluna, tendo atingido a carga de ouro, é transferido para a coluna de eluição (dessorção), onde entra em contato com a solução de soda cáustica (NaOH) em temperatura mais elevada. O ouro é extraído do carvão e segue para solução da eluição que fica em circuito fechado com a célula eletrolítica e sistema de reaquecimento. Durante a eluição o ouro é paralelamente recuperado pela eletrodeposição e os catodos produzidos são enviados periodicamente para a fundição.

• Planta Sulfetado – CDS II / Santa Bárbara (MG). Produto: minério aurífero sulfetado. Capacidade de alimentação: 900 ktpa . Capacidade de produção (ouro): 120 kOzpa. 

O minério proveniente da mina é alimentado no circuito de britagem, composto por um britador primário de mandíbulas e um britador secundário cônico, e em seguida encaminhado para um silo de armazenamento. Desse silo o minério é encaminhado para a moagem, onde é reduzido. Parte do ouro é recuperada já nesta etapa via concentração gravimétrica, que é feita com o uso de dois concentradores Knelson e mesas gravimétricas.

Depois da etapa de moagem o minério já na forma de polpa é encaminhado para o processo de flotação, em que, mediante adição de reagentes (ativador, coletor e espumante) e ar para formação de bolhas, ocorre uma concentração do ouro no produto da etapa (concentrado da flotação). O rejeito do circuito da flotação é bombeado para o circuito da lixiviação do rejeito da flotação, no qual é capaz de lixiviar e recuperar o ouro da fração fina não flotado. Já o concentrado da flotação é enviado para a etapa de acidulação, na qual compostos prejudiciais (essencialmente carbonatos) para as etapas seguintes são consumidos pela adição de ácido sulfúrico. O concentrado já submetido ao processo de acidulação é encaminhado então à etapa de oxidação sob pressão, que é feita com o uso de autoclave. Nessa etapa o ouro é liberado da matriz de sulfetos, ficando então disponível para recuperação nas etapas seguintes.

Depois de submetido ao processo de oxidação, o concentrado é então enviado ao CCD, onde o excesso de ácido sulfúrico proveniente da etapa de acidulação mais o gerado na etapa de oxidação são removidos, minimizando o consumo de cal na etapa seguinte (lixiviação) já que esta ocorre em meio básico (pH acima de 10,5).

Na etapa de lixiviação é feito inicialmente o ajuste do pH pela adição de cal, e a lixiviação do ouro é feita com o uso de solução de cianeto de sódio (NaCN). Os processos de lixiviação e adsorção ocorrem de forma simultânea, e para tal os tanques em que é feito o processo de lixiviação já contêm o carvão ativado, que é a substância que fará a coleta do ouro na etapa de adsorção. Denomina-se esse processo usualmente por CIL (Carbon In Leach).

O carvão carregado (com alta concentração de ouro) gerado nesse processo é encaminhado à coluna de eluição (dessorção), onde será lavado com solução de soda cáustica a 90°C, que promoverá a solubilização do ouro presente no carvão e sua transferência para uma fase aquosa e livre de impurezas.

Essa solução carregada em ouro é enviada para a etapa de eletrólise, na qual, por um processo de eletrodeposição, o ouro será depositado em células eletrolíticas sob a forma de catodos, que são encaminhados periodicamente para a área de fusão e refino, localizada na planta de Queiroz.

Operações Cuiabá

Minas e Plantas em Atividade

• Mina Cuiabá / Sabará (MG). Minério produzido: formação de ferro sulfetado – ouro. Minério total produzido na mina subterrânea: 1.498.113 toneladas. Início da operação: 1985, em escala industrial. Método de lavra: Open Stoping e Sublevel stoping.

• Mina Lamego / Sabará (MG). Minério produzido: formação de ferro sulfetado – ouro. Minério total produzido na mina subterrânea: 480.355 toneladas. Início de operação: 2004. Método de lavra: Open Stoping e Sublevel stoping

• Planta Industrial da Mina Cuiabá – Planta Ouro / Sabará (MG). Produto: Concentrado piritoso de flotação. Capacidade de alimentação: 260 t/h. Capacidade de produção: em média 40 t/h de concentrado. A Planta Industrial tem capacidade para processamento de 6.000 toneladas/dia de ROM (2.150.000 toneladas/ano), que compreende as unidades de Britagem em três estágios, moagem, concentração gravimétrica, flotação e filtragem do concentrado da flotação.

• Planta Industrial do Queiroz / Nova Lima (MG). Produto: Concentrado de minério aurífero sulfetado. Capacidade para tratamento de 307.000 toneladas/ ano de concentrado de minério aurífero sulfetado contendo as etapas de tratamento unitário: teleférico, ligando a planta em Nova Lima (15 km), repolpagem, ustulação com capacidade de processamento de 840 toneladas de concentrado de sulfetos (duas unidades); e fábrica de ácido sulfúrico (duas unidades) com capacidade total de processamento em 273.000 toneladas/ano, Capacidade para tratamento de 150.000 toneladas de minério oxidado em etapas de britagem, moagem, gravimetria, lixiviação, precipitação com zinco e CIP.

Operações Serra Grande

Minas e Plantas em Atividade

Em 2022 foram operados o Open Pit Mina III e Open Pit Venâncio. Serra Grande é formado por três minas subterrâneas (Mina III, Mina Nova e Palmeiras) e uma mina a céu aberto (Open Corpo V).

• Mina III, incluindo Corpo IV – Serra Grande. Minério produzido: ouro. Início de operação: prospecção em 1976, desenvolvimento em 1986 e produção em 1989.

• Mina Nova, incluindo Corpo Pequizão – Serra Grande. Minério produzido: ouro. Início de operação: início do desenvolvimento da rampa em 1994 e produção de minério em 1995. Início da exploração do Corpo Pequizão em 2010.

• Mina Palmeiras – Serra Grande. Minério produzido: ouro. Início de operação: 2008.

• Mina Open Pit Mina III – Serra Grande. Minério produzido: ouro. Início de operação: 2015.

• Open Pit Venâncio (Corpo Pequizão)  – Serra Grande. Minério produzido: ouro. Início de operação: 2022.

• Planta Metalúrgica Serra Grande. Produto: ouro. Capacidade de alimentação: 1.550.000 t/ano. Capacidade de produção: 130.000 Oz/ano. Situada no município de Crixás (GO), a planta de beneficiamento de minério da Mineração Serra Grande recebe minério ROM de três minas subterrâneas, Mina III, Mina Nova e Palmeiras, e de duas minas a céu aberto. O minério que alimenta a planta segue em direção à área de britagem onde ocorrem as primeiras etapas de cominuição. 

O circuito de britagem consiste em britagem primária com britador tipo mandíbula, britagem secundária, com britador hidrocônico e britagem terciária, com dois britadores hidrocônicos em circuito fechado. Em seguida à britagem, o minério é estocado em dois silos, com capacidades de 1.800 t e 1.100 t. 

O minério britado com granulometria inferior a 1/4 de polegada contido no interior dos silos é retomado por intermédio de transportadores de correia que alimentam dois circuitos de moagem de bolas a úmido e em paralelo. Parte das cargas circulante dos moinhos é bombeada para o circuito gravimétrico, onde se realiza a recuperação de ouro por gravimetria. 

O produto final da moagem alimenta um espessador, que então segue para a etapa de lixiviação/CIL composta de 20 tanques e tempo de residência de 24 horas. A lixiviação é composta de três tanques para pré-lime, oito tanques para lixiviação com cianeto de sódio e um tanque para estocagem/transferência. O CIL (Carbon in Leach) é composto de oito tanques, em que há presença de carvão ativado que adsorve o ouro. 

A polpa, após a lixiviação e contato com o carvão no CIL, é bombeada para barragem de rejeitos. Já o carvão contendo ouro passa pelo processo de eluição gerando uma solução rica que é enviada para eletrólise, em que, por processo eletroquímico, o ouro em solução é recuperado gerando o concentrado que passará pela etapa de fundição. 

A etapa de fundição consiste basicamente no recebimento e fusão do concentrado de ouro proveniente das células eletrolíticas (que são alimentadas pela solução da eluição e do circuito gravimétrico). Os “bullions” obtidos nas fusões contêm teores de ouro de aproximadamente 85%.

PERFIL NA EDIÇÃO 2022

Razão Social
AngloGold Ashanti Brasil
www.anglogoldashanti.com.br

Composição Acionária
AngloGold Ashanti Ltda (AngloGold Ashanti Group) - 100%

Data de Fundação 
8 de julho de 1834 (também marca o início das operações). Marco importante: 1999 (ano de alteração da denominação social de Minorco Gold Ltda. para AngloGold Brasil Ltda. e transferência da sede da Sociedade para Nova Lima). 

 Fatos relevantes em 2021

Em 2021 a AngloGold Ashanti seguiu lidando com o cenário de incertezas provocadas pela pandemia da COVID-19, ao passo que o começo da vacinação em massa permitiu vislumbrar o controle da doença e o retorno à normalidade.

O principal projeto da empresa no ano foi dar continuidade à implementação da metodologia de disposição a seco de rejeitos de suas operações. A Operação Serra Grande, em Crixás (GO), foi a primeira unidade da empresa a concluir a transição. A estimativa é de que as demais unidades cheguem também a 100% de rejeito disposto a seco até o final de 2022.

Muito importante ainda foi o avanço na autogeração de energia para atingir o objetivo global da companhia de zerar, até o ano de 2050, a emissão de gases de efeito estufa de escopo 1 (aquelas que são resultado direto das operações da empresa) e de escopo 2 (emissões indiretas, provenientes da energia elétrica adquirida para uso da própria empresa).

Produção Registrada em 2021

A AngloGold Ashanti Brasil produziu, em 2021, 414 mil onças de ouro.

 

Receita Operacional Líquida em 2021 

R$ 4.331.771.201,68 

 

Exportações em 2021

R$ 3.864.405.417,76


 

ANGLOGOLD ASHANTI - UNIDADE CUIABÁ

 

Localização: Sabará, Nova Lima e Caeté (MG)

 

Fatos Relevantes

• Instalação da UTE (Unidade de tratamento de esgoto) na Mina Lamego

• Expansão do CCO da Mina Cuiabá com implementação do sistema People Tracking possibilitando o monitoramento em tempos real de pessoas e equipamentos nos níveis mais profundos da mina (1.300 m de profundidade)

• Produção de ouro alinhada ao planejamento anual: produção total de 226.916 Oz de ouro ROM na Mina Cuiabá e 49.233 OZ ROM na Mina Lamego. Após o tratamento metalúrgico que apresentou recuperação média global de 92,8% as Operações Cuiabá produziram em 2021, 252.914 Oz Barras de Ouro.

• Redução contínua da taxa de frequência de acidentes: Confirmando o compromisso da empresa com a segurança a taxa de frequência permaneceu em queda e foi a mais baixa dos últimos cinco anos

• Implementação do sistema de prontidão Operacional. O sistema permite a avaliação psicológica dos empregados antes do acesso às áreas operacionais contribuindo para a redução de acidentes.

 

Produção Registrada em 2021

Ouro: 252.914 onças

Total ROM: 1.978.468 toneladas, sendo 1.498.113 t ROM na Mina Cuiabá e 480.355 t ROM produzidas na mina Lamego.

Minério beneficiado: 2.001.131 t. O material das duas minas é beneficiado na planta Queiroz, em Nova Lima (MG).
Metal: O minério tratado trata-se de formação ferrífera sulfetada.
Produção de ácido sulfúrico: 172.904 t (produzido na planta metalúrgica do Queiroz)

 

Minas em Atividade

• Mina Cuiabá / Sabará (MG)

Minério produzido: formação de ferro sulfetado – ouro

Minério total produzido na mina subterrânea: 1.498.113 t

Início da operação: 1985, em escala industrial

Método de lavra: Open Stoping e Sublevel stoping

 

• Mina Lamego / Sabará (MG)

Minério produzido: formação de ferro sulfetado – ouro

Minério total produzido na mina subterrânea: 480.355 t

Início de operação: 2004

Método de lavra: Open Stoping e Sublevel stoping

 

Plantas de Beneficiamento em Atividade 

• Planta Industrial da Mina Cuiabá – Planta Ouro / Sabará (MG)

Tipo de produto: Concentrado piritoso de flotação

Capacidade de alimentação: 260 t/h

Capacidade de produção: Em média 40 t/h de concentrado 

Processo: Planta industrial, com capacidade, para processamento de 6.000 toneladas/dia de ROM (2.150.000 toneladas/ano), que compreende as unidades de Britagem em 3 estágios, moagem, concentração gravimétrica, flotação e filtragem do concentrado da flotação.  

 

• Planta Industrial do Queiroz / Nova Lima (MG)

Tipo de produto: Concentrado de minério aurífero sulfetado

Capacidade de alimentação: Capacidade para tratamento de 307.000 t/ ano de concentrado de minério aurífero sulfetado contendo as etapas de tratamento unitário: teleférico, ligando a planta em Nova Lima (15 km), repolpagem, ustulação com capacidade de processamento de 840 toneladas de concentrado de sulfetos (duas unidades); e fábrica de ácido sulfúrico (duas unidades) com capacidade total de processamento em 273.000 toneladas/ano, Capacidade para tratamento de 150.000 toneladas de minério oxidado em etapas de britagem, moagem, gravimetria, lixiviação, precipitação com zinco e CIP.

 

Projetos em Implantação

Projeto de deposição de rejeito seco – encontra-se em fase de implementação e pretende realizar a deposição de 100% do rejeito seco nas operações Cuiabá.


 

ANGLOGOLD ASHANTI - UNIDADE SERRA GRANDE

 

Localização: Crixás (GO)

 

Produção Registrada em 2021

Ouro: 82.761 onças

ROM: 1.246.000 t 

Minério beneficiado: 1.232.891 t

 

Minas em Atividade

• Mina III, incluindo Corpo IV – Serra Grande

Minério produzido: ouro

Início de operação: prospecção em 1976, desenvolvimento em 1986 e produção em 1989.

 

• Mina Nova, incluindo Corpo Pequizão – Serra Grande

Minério produzido: ouro

Início de operação: início do desenvolvimento da rampa em 1994, e produção de minério em 1995. Início da exploração do Corpo Pequizão em 2010.

 

• Mina Palmeiras – Serra Grande

Minério produzido: ouro

Início de operação: 2008

 

• Mina Open Pit Pequizão – Serra Grande

Minério produzido: ouro

Início de operação: 2018

 

• Mina Open Pit Mina III – Serra Grande

Minério produzido: ouro

Início de operação: 2015

 

Plantas de Beneficiamento em Atividade

• Planta Metalúrgica Serra Grande / Crixás (GO)

Tipo de produto: ouro

Capacidade de alimentação: 1.550.000 t/ano

Capacidade de produção: 130.000 Oz/ano

Processo: A planta de beneficiamento de minério da Mineração Serra Grande recebe minério ROM de três minas subterrâneas, Mina III, Mina Nova e Palmeiras, e de duas minas a céu aberto. O minério que alimenta a planta segue em direção à área de britagem onde ocorrem as primeiras etapas de cominuição. 

O circuito de britagem consiste em britagem primária com britador tipo mandíbula, britagem secundária, com britador hidrocônico e britagem terciária, com dois britadores hidrocônicos em circuito fechado. Em seguida à britagem, o minério é estocado em dois silos, com capacidades de 1.800 t e 1.100 t. 

O minério britado com granulometria inferior a 1/4 de polegada contido no interior dos silos é retomado por intermédio de transportadores de correia que alimentam dois circuitos de moagem de bolas a úmido e em paralelo. Parte das cargas circulante dos moinhos é bombeada para o circuito gravimétrico, onde se realiza a recuperação de ouro por gravimetria. 

O produto final da moagem alimenta um espessador, que então segue para a etapa de lixiviação/CIL composta de 20 tanques e tempo de residência de 24 horas. A lixiviação é composta de três tanques para pré-lime, oito tanques para lixiviação com cianeto de sódio e um tanque para estocagem/transferência. O CIL (Carbon in Leach) é composto de oito tanques, em que há presença de carvão ativado que adsorve o ouro. 

A polpa, após a lixiviação e contato com o carvão no CIL, é bombeada para barragem de rejeitos. Já o carvão contendo ouro passa pelo processo de eluição gerando uma solução rica que é enviada para eletrólise, em que, por processo eletroquímico, o ouro em solução é recuperado gerando o concentrado que passará pela etapa de fundição. 

A etapa de fundição consiste basicamente no recebimento e fusão do concentrado de ouro proveniente das células eletrolíticas (que são alimentadas pela solução da eluição e do circuito gravimétrico). Os “bullions” obtidos nas fusões contêm teores de ouro de aproximadamente 85%.


 

ANGLOGOLD ASHANTI - UNIDADE CÓRREGO DO SÍTIO

 

Localização: Santa Bárbara (MG)

 

Produção Registrada em 2021

Ouro: 78.392 onças

Sulfetado: 832.099 ton ROM 

Oxidado: 912.486 ton 

Planta Sulfetado: 806.420 ton

Planta Heap Leaching: 794.371 ton 

Metal: Ouro

 

Minas em Atividade

• Mina Córrego do Sítio – Mineração a céu aberto (Mina Oxidado) – Santa Bárbara (MG) 

Minério produzido: minério aurífero oxidado

Início de operação: 1990 – 1ª fase / 2002 – 2ª fase   

 

• Mina Córrego do Sítio – Mineração subsolo (Mina Sulfetado I) – Santa Bárbara (MG)

Minério produzido: minério aurífero sulfetado

Início de operação: 2011

 

Plantas de Beneficiamento em Atividade

• Planta Heap Leach – CDS I – Santa Bárbara (MG)

Tipo de produto: Minério aurífero oxidado

Capacidade de alimentação: 900 ktpa 

Capacidade de produção (ouro): 30 kOzpa 

Processo: Na área chamada Córrego do Sítio I encontram-se mina e o processamento do ouro que é realizado mediante lixiviação em pilhas. As operações realizadas nessa planta são: britagem, peneiramento, aglomeração, empilhamento, lixiviação, adsorção em carvão ativado, eluição e eletrólise. A capacidade atual dessa planta é de 900.000 t/ano. O minério proveniente da mina é alimentado em um circuito de britagem, composto por um britador primário de mandíbulas e um secundário de martelos. O produto da britagem e peneirado a 100% abaixo de ¾” recebe adição de cimento (5kg/t) em um aglomerador (tambor rotativo). A adição de cimento garante a aglomeração das partículas finas de minério sobre as grosseiras de forma a permitir uma boa percolação da solução lixiviante por intermédio da pilha de minério.  O empilhamento do minério é feito por meio de um transportador radial e deixado por um período de 72 horas para pré-cura do cimento. Depois desse período a lixiviação se inicia. O ciclo de lixiviação tem duração entre 45 e 60 dias com irrigação na ordem de 25 L/h/m2. Essa solução lixiviante percola a pilha formada com 3,5 metros de altura, e é recolhida por meio de sistema de filtros e canaletas, seguindo para um reservatório de solução rica em ouro. A solução é bombeada desde os reservatórios para um conjunto de 10 colunas de adsorção, com aproximadamente 4m³ de volume e contendo, dentro de cada uma delas, carvão ativado. Nessa operação o ouro é adsorvido pelo carvão ativado em contracorrente com a solução rica dentro das colunas. O carvão da primeira coluna, tendo atingido a carga de ouro, é transferido para a coluna de eluição (dessorção), onde entra em contato com a solução de soda cáustica (NaOH) em temperatura mais elevada. O ouro é extraído do carvão e segue para solução da eluição que fica em circuito fechado com a célula eletrolítica e sistema de reaquecimento. Durante a eluição o ouro é paralelamente recuperado pela eletrodeposição e os catodos produzidos são enviados periodicamente para a fundição.

 

• Planta Sulfetado – CDS II – Santa Bárbara (MG)

Tipo de produto: minério aurífero sulfetado

Capacidade de alimentação: 900 ktpa 

Capacidade de produção (ouro): 120 kOzpa 

Processo: O minério sulfetado produzido nas minas é encaminhado para o pátio de minério, de onde será encaminhado para tratamento na planta metalúrgica. As operações realizadas nessa planta são: britagem, moagem, concentração gravimétrica, flotação, lixiviação do rejeito da flotação, acidulação, oxidação sob pressão, lavagem por decantação em contracorrente (CCD), lixiviação, adsorção, eluição e eletrólise.

O minério proveniente da mina é alimentado no circuito de britagem, composto por um britador primário de mandíbulas e um britador secundário cônico, e em seguida encaminhado para um silo de armazenamento. Desse silo o minério é encaminhado para a moagem, onde é reduzido. Parte do ouro é recuperada já nesta etapa via concentração gravimétrica, que é feita com o uso de dois concentradores Knelson e mesas gravimétricas.

Depois da etapa de moagem o minério já na forma de polpa é encaminhado para o processo de flotação, em que, mediante adição de reagentes (ativador, coletor e espumante) e ar para formação de bolhas, ocorre uma concentração do ouro no produto final da  etapa (concentrado da flotação). O rejeito do circuito da flotação é bombeado para o circuito da lixiviação do rejeito da flotação, no qual é capaz de lixiviar e recuperar o ouro da fração fina não flotado. Já o concentrado da flotação é enviado para a etapa de acidulação, na qual compostos prejudiciais (essencialmente carbonatos) para as etapas seguintes são consumidos pela adição de ácido sulfúrico. O concentrado já submetido ao processo de acidulação é encaminhado então à etapa de oxidação sob pressão, que é feita com o uso de autoclave. Nessa etapa o ouro é liberado da matriz de sulfetos, ficando então disponível para recuperação nas etapas seguintes.

Depois de submetido ao processo de oxidação, o concentrado é então enviado ao CCD, onde o excesso de ácido sulfúrico proveniente da etapa de acidulação mais o gerado na etapa de oxidação são removidos, minimizando o consumo de cal na etapa seguinte (lixiviação) já que esta ocorre em meio básico (pH acima de 10,5).

Na etapa de lixiviação é feito inicialmente o ajuste do pH pela adição de cal, e a lixiviação do ouro é feita com o uso de solução de cianeto de sódio (NaCN). Os processos de lixiviação e adsorção ocorrem de forma simultânea, e para tal os tanques em que é feito o processo de lixiviação já contêm o carvão ativado, que é a substância que fará a coleta do ouro na etapa de adsorção. Denomina-se esse processo usualmente por CIL (Carbon In Leach).

 O carvão carregado (com alta concentração de ouro) gerado nesse processo é encaminhado à coluna de eluição (dessorção), onde será lavado com solução de soda cáustica a 90°C, que promoverá a solubilização do ouro presente no carvão e sua transferência para uma fase aquosa e livre de impurezas.

Essa solução carregada em ouro é enviada para a etapa de eletrólise, na qual, por um processo de eletrodeposição, o ouro será depositado em células eletrolíticas sob a forma de catodos, que são encaminhados periodicamente para a área de fusão e refino, localizada na planta de Queiroz.