Vale adota velas rotativas no Valemax em 2024

08/11/2023
Valemax é o maior navio de transporte de minérios do mundo, com capacidade para 400 mil toneladas de carga

 

A Vale assinou um contrato com a armadora Asyad, de Omã, para a implantar velas rotativas em um Valemax, o maior navio de transporte de minérios do mundo, com 362 metros de comprimento, 65 metros de largura e capacidade para 400 mil toneladas de carga. Desenvolvida pelo fabricante inglês Anemoi, a tecnologia utiliza propulsão a vento para gerar ganhos de eficiência energética e redução de emissões. A expectativa é de que a adaptação no navio Sohar Max seja concluída no segundo trimestre de 2024 para o início do período de testes.

Serão cinco rotores cilíndricos no Valemax, que terão cerca de 35 metros de altura e cinco metros de diâmetro, o que representa o dobro da área de vela dos rotores utilizados no Guaibamax (capacidade de 325 mil toneladas). Com isso, permitirão ganhos de eficiência de até 6% e uma consequente redução de até 3 mil toneladas de CO2 equivalente por navio por ano. A instalação de velas rotativas no Sohar Max é o sexto e último acordo previsto com a Asyad para a implantação de pilotos de tecnologias inovadoras em quatro navios fretados pela Vale.

Os projetos anteriores incluíram o uso de tinta de silicone para redução de resistência, a instalação de inversores de frequência para redução de consumo elétrico e uso de dispositivos hidrodinâmicos para melhoria na propulsão. Foram instalados sistemas de coleta de dados em tempo real em todos os navios para monitoramento das tecnologias. Estas ações para incorporar tecnologias de ponta na navegação fazem parte do programa Ecoshipping, iniciativa de P&D criada pela área de navegação da Vale para atender ao desafio da empresa de reduzir suas emissões de carbono, em linha com as metas definidas pela Organização Marítima Internacional (IMO). “A energia eólica terá um papel central na estratégia de descarbonização do transporte marítimo de minério de ferro”, afirma o gerente de Engenharia Naval da Vale, Rodrigo Bermelho. “Além disso, todos estes pilotos do Ecoshipping produzirão informações importantes para a próxima geração de navios Guaibamax”.

Os rotores cilíndricos giram para criar uma diferença de pressão de forma a mover o navio para a frente, a partir de um fenômeno conhecido como efeito Magnus. A utilização desta tecnologia permite a redução de potência e consumo de combustível do motor principal da embarcação quando as condições de vento são favoráveis, economizando combustível e mantendo a velocidade e o tempo de viagem.

Direto da Fonte