SIDERURGIA

Previsão de retomada do crescimento

01/12/2020

 

O presidente Jair Bolsonaro reuniu-se com o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Faraco, e o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, acompanhados por conselheiros do Instituto, no último dia 27 de novembro. O setor reconheceu os esforços em relação às precisas e corajosas medidas adotadas pelo Governo no enfrentamento da pandemia, que permitiram “a retomada rápida e vigorosa da economia”. 

Os executivos do IABr garantiram a capacidade do setor em abastecer plenamente o mercado interno e comentaram que ajustes ainda estão sendo realizados no mercado face à necessidade da reposição de estoques na distribuição e consumidores. Além disso, os representantes do Aço Brasil levaram ao presidente as previsões de desempenho do setor para 2021. 

No ápice da pandemia da COVID-19, houve queda no consumo e a indústria siderúrgica paralisou vários de seus altos-fornos e passou a operar com apenas 45% de sua capacidade instalada. Os prognósticos de queda do PIB eram sombrios não só no Brasil como na grande maioria dos países. Logo que os sinais de recuperação da demanda de aço surgiram, o setor do aço religou seus equipamentos e reativou sua produção, para atender ao retorno dos pedidos dos clientes. Hoje, a utilização da capacidade instalada (68,4%) já ultrapassou a de janeiro deste ano.

A retomada prevê um crescimento de 0,5% nas vendas internas em relação a 2019, com um volume de 18,9 milhões de toneladas; consumo aparente de 20,8 milhões de toneladas e recuo de 0,1%. Já a produção deve cair 5,6%, atingindo 30,7 milhões de toneladas em 2020. As importações devem fechar o ano em dois milhões de toneladas, 17,4% inferior a 2019, enquanto as vendas externas atingiram 10,7 milhões de toneladas, um recuo de 16,3% sobre o último ano. 

Para 2021, o setor do aço está otimista, pois acredita na retomada do crescimento econômico sustentado. A expectativa é de aumento de 5,3% nas vendas internas e 5,8% no consumo de produtos siderúrgicos no próximo ano em comparação com 2020. As boas projeções são baseadas em um maior consumo de aço na construção civil, nas obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável. Os representas do IABr levaram ao Planalto também pedido para recuperação da competitividade da indústria de transformação – onde encontra-se o setor siderúrgico. O setor considera necessário que a abertura comercial da economia brasileira seja vinculada à correção das assimetrias competitivas (Custo Brasil), assim como sejam tomadas medidas de isonomia de tratamento entre o produto nacional e o importado. Na exportação, é preciso que a indústria tenha pelo menos ressarcimento de seus resíduos tributários (Reintegra).