SGB-CPRM identifica áreas de risco em cinco estados

31/01/2022
Os produtos utilizados incluem mapas, relatório técnico e arquivos vetoriais georreferenciados que podem subsidiar a tomada de decisões para a prevenção de desastres.

 

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) identificou, em janeiro de 2022, a setorização de áreas de risco geológico nos municípios de Caxambu e Ewbank da Câmara, Matias Barbosa e Soledade de Minas (MG), Carauari, Guajará, Ipixuna, Juruá, Itacoatiara, Itapiranga e Silves (AM); Antônio Carlos (SC), Monte Alegre (PA) e Igarassu (PE). 

A identificação realizada engloba porções urbanizadas dos municípios sujeitas a sofrer perdas ou danos causados por enchentes, inundações, deslizamentos, erosões, dentre outros eventos adversos de natureza geológica. A ação visa à prevenção de acidentes como o desabamento rochoso que aconteceu em Ouro Preto no início do ano. Os produtos utilizados incluem mapas, relatório técnico e arquivos vetoriais georreferenciados que podem subsidiar a tomada de decisões para a prevenção de desastres. 

O SGB-CPRM disponibilizou ainda os diagnósticos da população residente nas áreas de risco geológico mapeadas nos municípios de Ipojuca (PE), Barra do Garças (MT), Colatina (ES) e Marechal Floriano (ES). Em Barra do Garças, a interseção entre as 20 áreas de risco geológico mapeadas e a área urbanizada localizada nos 85 setores censitários apresentados pelo Censo Demográfico 2010 resultou em 46 polígonos, a partir dos quais foi possível estimar que cerca de 822 domicílios particulares e coletivos estão localizados em áreas de risco geológico alto ou muito alto. O estudo mostrou as variáveis associadas à população, que indicam que na cidade matogrossense aproximadamente 2.536 pessoas residem em áreas de risco geológico, das quais 49% são homens e 51% são mulheres. Os idosos correspondem a aproximadamente 18% desta fração da população. Dentre a população alfabetizada, 54% são pardos, 40% são brancos, 4% são negros, 1% são amarelos e 0,1% indígenas.

Quanto aos processos geológicos relacionados às áreas de risco, o SGB-CPRM alerta que grande parte dos domicílios estão em áreas sujeitas a sofrer perdas ou danos decorrentes de queda de blocos (45,84%), outra parcela em áreas próximas de encostas a partir da deflagração de deslizamentos (41,29%) e, com menor frequência, domicílios em áreas de risco a enxurrada (12,87%).