Samarco usa resíduos para produzir pelotas em Ubu

08/06/2023
É uma alternativa complementar ao calcário, medida inovadora e visando uma produção mais sustentável

 

A Samarco adotou o uso de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, como alternativa complementar ao calcário, em uma medida inovadora e visando uma produção mais sustentável. A produção de pelotas com o uso da lavra de mármore começou neste ano e, atualmente, 30% das pelotas produzidas pela empresa possuem coproduto de mármore. Desde a homologação do coproduto de mármore, em outubro de 2022, a Samarco adquiriu mais de 21 mil toneladas do material. A iniciativa contribui para redução da disposição desse resíduo no meio ambiente.

A Samarco iniciou estudo em 2019 para verificar a viabilidade de transformar resíduos de rochas em coprodutos como insumo na pelotização. Desde então, a empresa já fez diversos testes com resultados positivos para utilização do coproduto de mármore como complemento ao calcário como fundente e corretor de basicidade nas pelotas. “No teste industrial, o resíduo de mármore apresentou resultados que atendem aos índices de qualidade monitorados. Os benefícios são os impactos positivos na qualidade da pelota e redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, e, principalmente, a redução do impacto ambiental da produção de rochas ornamentais nas comunidades próximas. Portanto, alternativas como essa resultam em melhorias para a sociedade, meio ambiente e também para nossos clientes”, disse a engenheira de processo, Ana Maria Bailon.

O Espírito Santo é o maior produtor de pelotas no Ocidente e o maior produtor de rochas ornamentais no Brasil, responsável por cerca de 80% da produção nacional. “Estudamos alternativas para utilizar o resíduo desse setor, já que apenas 20%, em média, da produção é empregada como produto final. Esse coproduto gerado é química e fisicamente semelhante ao calcário consumido em uma de nossas usinas de pelotização do Complexo de UBU (ES), atualmente em torno de 700 toneladas/dia”, pontuou o gerente de engenharia de processo e automação da Samarco, Felipe Morato.

Idealizador do estudo sobre o uso de resíduos de rochas ornamentais na produção de pelotas, o diretor de Operações, Sérgio Mileipe, propôs o desafio para a equipe em 2018. “Inovamos em uma prática que consiste na utilização de um insumo na produção de pelotas, que irá contribuir significativamente para redução do volume de resíduos no setor de rochas. Esse projeto é uma oportunidade para praticarmos o nosso propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, que gere resultados, mas que acima de tudo contribua para a preservação do meio ambiente”, ressaltou.   

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