A Jervois decidiu moderar o ritmo da retomada da refinaria de níquel e cobalto em São Miguel Paulista, que foi adquirida da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) e a primeira produção deve ocorrer no prazo de 12 meses após o início da implantação. Mas o trabalho de engenharia mantém seu ritmo normal.

A empresa informa que o investimento previsto para o projeto está mantido em US$ 65 milhões (aproximadamente R$ 345 milhões), sendo que os gastos de curto prazo foram minimizados. Enquanto isso, continuam as discussões com os financiadores e outras partes interessadas. A Jervois já entrou em acordo com um fornecedor de matéria-prima para a fase de retomada do empreendimento. Trata-se da Traxys Europe S.A., que vai suprir o hidróxido misto de níquel (MHP) a partir da refinaria de níquel-cobalto Gordes, na Turquia. O acordo com a Traxys deve garantir aproximadamente 25% das necessidades de MHP da refinaria de São Miguel Paulista durante os três primeiros anos de operação.

Inicialmente, a Jervois pretende retomar a operação da refinaria de São Miguel Paulista de maneira escalonada e com eficiência de capital, portanto abaixo da capacidade anterior, que era de 25 mil t/ano de níquel. A produção inicial esperada é de 10 mil t/ano de níquel e 2 mil t/ano de cobalto, ambos na forma de cátodo.

A refinaria de São Miguel Paulista está localizada próxima aos limites da cidade de São Paulo, o que assegura boa disponibilidade de mão de obra para o empreendimento e a somente 120 km do porto de Santos, permitindo ao empreendimento a possibilidade de servir tanto ao mercado interno quanto exportar sua produção. Quando estava em operação, a refinaria produzia níquel e cobalto a partir de concentrado obtido em Goiás, pela Níquel Tocantins, que era controlada pelo grupo Votorantim. Posteriormente, o empreendimento foi transferido para a CBA, que o vendeu para a Jervois, que já está estabelecendo contatos com compradores de níquel e cobalto.