PESQUISAL MINERAL

CBPM faz varredura no traçado do Fiol

08/06/2021

 

O Governo do estado da Bahia, por meio da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), tem feito uma varredura do traçado da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e descobrindo todos os minerais de Ilhéus até Barreiras, numa extensão de 100 km em cada margem da ferrovia. Outra área que tem ganhado atenção da CBPM é o norte do estado. 

Na macrorregião de Juazeiro, com destaques para municípios como Pilão Arcado, Remanso e Campo Alegre de Lourdes, a CBPM reforçou as pesquisas e lança licitações para que novas empresas cheguem à Bahia para desenvolver projetos mínero-industriais, o que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico das cidades. Os estudos realizados pela CBPM já identificaram depósitos para produção de ferro, titânio e vanádio (Fe-Ti-V); níquel, cobre e cobalto (Ni-Cu-Co); e fosfato (P2O5), na região. Para desenvolver projetos na região, um ponto crucial é a obrigação socioambiental que as mineradoras assumem ao iniciar parceria com a CBPM, se comprometendo a operar em consonância com os ODS (Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável), que são uma coleção de 17 metas globais, estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. “A mineração, muitas vezes, está localizada em cidades onde representa a principal atividade econômica da região. É importante que a indústria mineral se adeque aos compromissos ambientais e de segurança exigidos tanto pelos órgãos reguladores como pelos investidores”, diz Antônio Carlos Tramm, presidente da CBPM. Para ele, as mineradoras geram emprego, renda e desenvolvimento sustentável no interior do estado. “A sustentabilidade para mim é associar o uso racional do meio ambiente com a comida na mesa das pessoas, com a possibilidade de uma vida digna.”, completa.

O presidente do Sindicato das Empresas de Mineração da Bahia (Sindimiba), Paulo Misk, citou o município de Maracás como exemplo de desenvolvimento oriundo da atividade mineral. Após a instalação da Largo Resources, o comércio, a construção civil e até mesmo a hotelaria da cidade colheram resultados positivos. Atualmente a Largo trabalha no desenvolvimento de baterias do vanádio baiano para armazenar energia vinda de fontes limpas, como a eólica e a solar, outro setor em plena expansão no estado. “A mineração consegue levar desenvolvimento econômico e social para o interior, onde muitas vezes há grande dificuldade para implantação de outras atividades.”, afirma Misk. 

A instalação de mineradoras na Bahia mantém mais de 17 mil empregos diretos, o que alimenta as economias locais, faz o dinheiro circular e aquece o comércio. O retorno aos municípios chega com a arrecadação da CFEM, que é a contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras à União, aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.

A remuneração média do setor de mineração é duas vezes maior que a das indústrias de transformação, construção civil e chega a ser três vezes maior que a do comércio. O setor promove uma forte dinamização da economia na região onde se insere, pois demanda toda uma cadeia produtiva de suprimentos e insumos.