O presidente do Conselho Superior da ADIMB (Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), Marcos André Gonçalves, disse que a entidade está apta a colaborar com o novo governo com ações de aperfeiçoamento da mineração e da pesquisa mineral no País para gerar desenvolvimento, emprego e diversificar o portfólio de projetos e a produção mineral.  A promessa foi feita durante a abertura do Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (SIMEXMIN-2022), promovido pela entidade, que está em sua décima edição, reunindo em Ouro Preto (MG) especialistas, empresas, investidores, entidades públicas e privadas. 

O evento conta com cerca de 1.200 participantes do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Chile, Portugal, Peru, Colômbia, Argentina, Reino Unido e França, que debatem temas importantes para o setor, como a pesquisa e produção dos minerais necessários para a transição energética, novos mecanismos de financiamento à pesquisa mineral, tecnologias, além de sustentabilidade, diversidade e inclusão na pesquisa mineral e mineração. “Somos uma indústria tradicionalmente focada no longo prazo, nossos cronogramas e análises não se atêm apenas aos próximos anos, restando aí um horizonte de tempo que perpassa o tempo da política”, disse o dirigente.

Ele disse ainda que ADIMB defende qualquer política que considere o aperfeiçoamento da mineração e da pesquisa mineral no Brasil, além de trazer desenvolvimento e emprego para a diversificação dos negócios (portfólio de projetos e produção mineral), condizentes com o tamanho, diversidade e riqueza do subsolo brasileiro. “Buscamos colaborar com o governo atual e estamos prontos para colaborar com o novo governo que se inicia em janeiro de 2023, para o qual desejamos êxito e nos colocamos à disposição para discutir mecanismos e instrumentos que promovam o crescimento da mineração brasileira,” ponderou. 

Na mesma cerimônia, Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, disse que seu país deseja aumentar ainda mais os investimentos e o comércio bilateral no setor de mineração no Brasil. “É um setor muito importante para o Brasil e também para o Canada e temos já um relacionamento forte e querermos reforçar mais essa relação”. Segundo o embaixadore 100% , o país já trabalha para novos negócios no Brasil, além de empresas brasileiras que estão realizando investimentos no país da América do Norte. “São dois mercados muito sofisticados e queremos crescer mais este contato,” afirmou.  Emmanuel citou ainda que 70% da produção de ouro e 100% do vanádio do Brasil é feita por empresas canadenses que operam no país.

A abertura do evento contou com a participação professor Roberto Xavier, presidente da comissão organizadora do Simexmin e diretor executivo da ADIMB; Lilia Mascarenhas Sant´Agostino, secretária de geologia, mineração e transformação mineral do Ministério de Minas e Energia; Guilherme Santana Lopes, diretor da Agência Nacional de Mineração, Gilmar Rizzotto, do Serviço Geológico do Brasil; Júlio  Nery, diretor  de Sustentabilidade  do Instituo  Brasileiro  de Mineração (IBRAM);  Sando  Mabel, presidente da  Federação das Industrias  de Goiás e do Comin (Conselho de Mineração da CNI);  Edson  Ribeiro, do Crirsco;  Francisco  Azevedo, presidente da Society of  Economic Geologists; Luís Maurício Azevedo (presidente da ABPM); e Ernani Araújo,  pró-reitor da Universidade Federal de  Ouro Preto (UFOP).