Votorantim Cimentos tem resultado recorde em 2024 e investe R$ 3,2 bilhões

19/03/2025
O volume total de vendas de cimentos, segundo a empresa, somou 35,4 milhões de toneladas em 2024, crescimento de 1% em relação ao comercializado no ano anterior.

 

A Votorantim Cimentos encerrou o ano de 2024 com recorde consecutivo de resultado operacional anual e avanço de margem, suportados pela diversificação geográfica e de produtos. No período, a companhia obteve receita líquida global de R$ 26,6 bilhões, resultado estável em relação a 2023, excluindo variação cambial, devido, principalmente, à performance positiva nos países da Europa e Ásia e estabilidade no Brasil. O volume total de vendas de cimentos, segundo a empresa, somou 35,4 milhões de toneladas em 2024, crescimento de 1% em relação ao comercializado no ano anterior.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,5 bilhões, representando recorde pelo segundo ano consecutivo e crescimento de 9% na comparação com 2023, em moeda local. “O avanço no resultado operacional é fruto do portfólio balanceado da empresa, com destaque para as operações na Europa e Ásia, da eficiência operacional combinada com a redução de custos variáveis na maioria das regiões e do impacto positivo de novos negócios, além dos ganhos realizados com a venda de ativos não estratégicos na América do Norte e no Uruguai. A Margem EBITDA alcançou 24% no ano, avançando 2 pontos percentuais em relação a 2023, informa a Votorantim Cimentos.

Em 2024, os investimentos (Capex) da Votorantim Cimentos totalizaram R$ 3,2 bilhões, com um crescimento de 38% em relação a 2023. “Esse aumento está alinhado à estratégia global de investimentos em descarbonização, competitividade e novos negócios. Em relação ao plano de investimentos de R$ 5 bilhões anunciado no início de 2024 para fortalecer as operações no Brasil, R$ 1,9 bilhão já está em execução, com um programa abrangente de crescimento e competitividade estrutural até 2028”, informa a companhia.

Está incluído no plano investimento o projeto de modernização no forno e no sistema de uso de biomassa na fábrica de Xambioá (Tocantins), que visa aumentar a taxa de coprocessamento. Ainda em projetos de modernização, a Votorantim Cimentos informa que no ano passado foi entregue a primeira fase do projeto de modernização da fábrica de Salto de Pirapora (São Paulo), que teve aumento marginal na capacidade de produção de clinquer e busca aumentar a substituição térmica e a redução da emissão de CO2. Na fábrica de Salto de Pirapora também está sendo construída uma nova moagem de cimento que irá adicionar 1 milhão de toneladas/ano à capacidade de produção da unidade. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2025.

“Entre os projetos de expansão no Brasil, no ano passado foi inaugurada uma unidade em Itaperuçu (PR) com aumento de capacidade referente aos projetos vinculados a novos negócios, como a Viter (insumos agrícolas) e a Verdera (gestão e coprocessamento de resíduos)”. Além disso, a Votorantim Cimentos anunciou, no ano passado, a expansão da unidade de Edealina (GO), um investimento de R$ 200 milhões na construção de uma nova linha de moagem de cimento que irá dobrar a capacidade de produção da fábrica, totalizando 2 milhões de toneladas de cimento por ano. A previsão é de que a obra seja concluída no primeiro semestre de 2026. 

“Encerramos o ano com resultado operacional recorde, suportado pela nossa diversificação geográfica, de produtos e negócios, em linha com o nosso mandato estratégico. Seguimos avançando com o nosso programa de modernização, competitividade e aceleração de novos negócios, bem como na implementação da nossa estratégia de descarbonização e sustentabilidade, alinhada aos nossos compromissos públicos para 2030”, afirma Osvaldo Ayres, CEO global da Votorantim Cimentos.

O lucro líquido ajustado da companhia no período somou R$ 2,2 bilhões, 17% menor que o apurado no exercício anterior, “em função de despesas financeiras, incluindo a liquidação antecipada do bond com vencimento original em 2027”.

No final de 2024, a Votorantim Cimentos realizou o pagamento de R$ 1,1 bilhão ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) referente ao acordo para encerrar todos os processos administrativos e judiciais envolvendo a companhia e a autarquia federal de defesa da concorrência, conforme as regras do programa “Desenrola Agências Reguladoras”.

Alinhada ao seu plano de descarbonização, a Votorantim Cimentos diz que segue avançando globalmente com projetos de ampliação da capacidade de utilização de combustíveis alternativos provenientes de biomassas e resíduos. Na Espanha, a empresa realizou o startup do projeto-piloto de captura de carbono na fábrica de Alconera, fazendo a captura de 1 tonelada de CO2 por dia. Essa iniciativa é uma das primeiras experiências de captura de carbono da indústria na Espanha e visa melhorar o conhecimento sobre tecnologias de captura de carbono, representando um passo significativo na jornada de descarbonização. A companhia expandiu também a experiência em captura de carbono para a América do Norte e está trabalhando em um projeto-piloto utilizando tecnologia de captura baseada em membranas na unidade de Charlevoix (Canadá). Desde 1990, ano-base do histórico das medições, a Votorantim Cimentos já reduziu suas emissões de CO2 em 28%. 

No Brasil, a Votorantim Cimentos alcançou receita líquida de R$ 12,9 bilhões em 2024, estável em relação a 2023, com maior volume de vendas, compensado, no entanto, pela dinâmica de preços. Já o EBITDA ajustado da empresa no Brasil totalizou R$ 2,6 bilhões, avanço de 4% em relação a 2023. A melhora nos custos variáveis, maior volume de vendas e avanços em novos negócios contribuíram para o resultado.