Município acusa Maracá de contaminação

09/08/2022
Rio é responsável pelo abastecimento de água da cidade e moradores relataram dores de cabeça, febre, e doenças gastrointestinais, além de peixes mortos.

 

A Justiça de Goiás determinou que a mineradora Maracá pague 1.526 exames para moradores do município de Campos Verdes, no Norte do Estado, após a comprovação de contaminação da água no Rio dos Bois por metais pesados. O rio é responsável pelo abastecimento de água da cidade e moradores relataram dores de cabeça, febre, e doenças gastrointestinais, além do aparecimento de peixes mortos no rio. 

Em sua decisão, o juiz Alex Alves Lessa disse que os exames têm a finalidade de verificar os níveis de metais pesados no organismo dos cidadãos residentes e cadastrados pelo SUS de Campos Verdes. "A saúde dos moradores do município está em risco, conforme documentos, relatórios médicos e estudos técnicos realizados pela Saneago na água que abastece o município", destacou o magistrado. 

Segundo a sentença, há a suspeita de despejo de dejetos e resíduos tóxicos de alta periculosidade no Rio dos Bois, tais como alumínio, cobre, ferro, manganês, cádmio, níquel, zinco e fósforo. O magistrado determinou ainda que a empresa apresente as providências adotadas sobre a segurança da barragem de rejeitos. A prefeitura de Campos Verdes acredita que a contaminação seja da atividade minerária, que fica em uma cidade vizinha e, por isso, entrou com a ação na Justiça de Goiás. Consta no processo que a Saneago suspendeu a captação de água no rio e agora o abastecimento é feito por meio de poços artesianos. (G1 Goiás / TV Anhanguera)

Empresa contesta 

Defendendo-se das acusações, a empresa emitiu a seguinte nota: “No início de julho de 2022, a Mineração Maracá Indústria e Comércio S/A, proprietária e operadora da mina de cobre-ouro Chapada, foi notificada de ação movida pela Prefeitura de Campos Verdes alegando impactos ambientais e à saúde sobre a comunidade e seus moradores. Campos Verdes está localizado a aproximadamente 50 km da mina de Chapada. A Companhia rejeita as alegações de impactos ambientais e à saúde e se defenderá judicialmente.

A Maracá também está fornecendo informações adicionais publicamente disponíveis sobre suas operações ao município, pois muitas das alegações feitas parecem ser baseadas em um mal-entendido ou má caracterização das atividades e infraestrutura da Empresa, todas as quais estão devidamente licenciadas e são regularmente inspecionadas pelas autoridades estaduais e federais.

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