Hydro celebra apoio de dez anos ao BRC em Paragominas

09/11/2023
O projeto visa apoiar o conhecimento baseado em ciência na Amazônia e nas áreas de mineração

 

O Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil - Noruega (BRC) acaba de completar 10 anos com o montante de R$ 14,8 milhões investidos no período. O projeto visa apoiar o conhecimento baseado em ciência na Amazônia e nas áreas de mineração. Fundado em 2013, a BRC é uma parceria entre a Hydro e quatro instituições de pesquisa – a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade de Oslo (UiO). “Ao longo desta década, o BRC amadureceu de um acordo formal para um consórcio de pesquisa totalmente operacional. Os estudos desenvolvidos trouxeram conhecimento aplicado relacionado à reabilitação de áreas mineradas. Além disso, aumentamos consideravelmente nosso conhecimento sobre a biodiversidade nas áreas da Hydro Paragominas, desde grandes mamíferos até pequenos insetos. Todo esse aprendizado pode e contribui para o processo de tomada de decisão na mina”, comenta Eduardo Figueiredo, diretor de Sustentabilidade e Impacto Social da Hydro. A mineradora financiou projetos com cerca de R$ 5 milhões na instituição financeira universitária, que apoia sua continuidade ajudando a gerenciar os investimentos de empresas privadas na academia.

Entre 2019 e 2022, o Brasil aprofundou-se em pesquisas nos temas biodiversidade, inovação e sustentabilidade, entre outros temas considerados estratégicos para o país. Os dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), colocam o país em 13ª posição no ranking internacional em produção científica. Não por coincidência, todos estes temas permeiam os estudos do BRC. Desde a fundação do BRC, já foram aprovados 26 projetos de pesquisa e 60 artigos científicos foram publicados. Além disso, a Hydro investiu aproximadamente R$ 6 milhões em bolsas de estudo ao longo desses dez anos. Mais de 270 pessoas se beneficiaram do consórcio, entre estudantes, técnicos e pesquisadores, muitos fazendo o mestrado, doutorado ou pós-doutorado por meio das bolsas disponibilizadas. “A UFPA é a instituição mais importante na produção de conhecimento científico sobre a Amazônia. Quando a Hydro possibilita essa parceria, ela também abre espaço para que a universidade aumente a produção de conhecimento e forme recursos humanos em biodiversidade numa das áreas mais carentes do Brasil”, pontua Leandro Juen, coordenador do programa de pós-graduação em Ecologia da UFPA.

A Hydro destinou também R$ 2,9 milhões em materiais permanentes para melhorar a estrutura dos laboratórios nas instituições. “As universidades e instituições envolvidas receberam aportes para a construção de estufas, aquisição de equipamentos laboratoriais e eletrônicos, bem como remodelação de edifícios e outras instalações universitárias. Esses investimentos promoveram melhor infraestrutura nas instituições públicas para pesquisa e continuarão a ser usados em nome da ciência mesmo após a conclusão dos projetos do BRC”, explica Eduardo Figueiredo. Aproximadamente R$  950 mil foram investidos em programas de intercâmbio com a Noruega, dando aos estudantes e pesquisadores a oportunidade de fazer parte de uma experiência internacional. “A colaboração também proporcionou a pesquisadores e estudantes uma visão sobre as complexidades, desafios e oportunidades ligadas às operações da indústria de mineração na floresta tropical brasileira. Isto lhes dá uma melhor base para a formulação de futuras pesquisas básicas e aplicadas sobre conservação e restauração da biodiversidade”, comenta Hugo de Boer, professor associado do Museu de História Natural da Universidade de Oslo.

O BRC assinou termo que prorroga a duração do consórcio por mais cinco anos. A vice-coordenadora de Pesquisa e Pós-graduação do Museu Emílio Goeldi, Marlúcia Martins, destaca a longevidade como um dos principais méritos do projeto. “Algumas pesquisas exigem um monitoramento contínuo e mais detalhado, com muitos dias em campo. São trabalhos que exigem o suporte adequado que o BRC permite: esse envolvimento mais intenso com a pesquisa”, comenta. Ampliar a longevidade do BRC significa contribuir de forma muito mais ampla para a Amazônia, principalmente no campo da restauração da sua biodiversidade. “Ainda há muito para compreender sobre o processo de restauração de uma área minerada, a eficiência das tecnologias que estão sendo empregadas e até mesmo daquelas que já foram aprimoradas com nossa contribuição”, diz Marlúcia.