Cimenteiras brasileiras emitem 1/3 da média mundial de CO2 do setor

29/04/2024
Enquanto a média mundial de emissões de CO2 na indústria do cimento é de 7%, no Brasil esse indicador é de 2,3%.

 

Enquanto a média mundial de emissões de CO2 na indústria do cimento é de 7%, no Brasil esse indicador é de 2,3%, devido a iniciativas diversas em implementação há anos e também à matriz energética brasileira, garantiu Daniel Mattos, líder de combustíveis e matérias primas alternativas da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em painel promovido pela entidade, durante a IFAT Brasil, – Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos, que se encerra nesta sexta-feira, 26 de abril.

O papel transformador da indústria do cimento na economia circular dos resíduos foi o tema central do painel. Entre os caminhos apresentados, destaca-se o coprocessamento, que consiste no aproveitamento de resíduos industriais, agrícolas ou urbanos como substitutos a combustíveis fósseis. “Os resíduos são reinseridos no ciclo produtivo, preservando recursos naturais, e o que não é convertido em energia é incorporado ao clinquer”, resume Mattos, reforçando: “Não gera resíduos”. No Brasil existem 54 plantas cimenteiras integradas. Mattos comemora que 43 estão licenciadas para o coprocessamento, tecnologia existente desde os anos 1970 e que chegou ao Brasil em meados de 1990, regulamentada pela Resolução Conama nº 499, revisada em 2020.