Banco recomenda Atlas compra de ações da Atlas Lithium

29/01/2025
A análise ressalta o potencial da Atlas Lithium de se tornar um participante significativo na cadeia global de suprimentos de lítio.

 

O banco de investimentos americano H.C. Wainwright & Co. nomeou a Atlas Lithium como uma das principais escolhas para 2025, ao destacar o posicionamento estratégico da companhia e o rápido progresso em direção à produção. O analista Heiko F. Ihle, CFA manteve uma classificação de "Compra" com uma meta de preço de US$ 19,00, enfatizando a planta de processamento modular DMS totalmente paga, parcerias estratégicas com líderes da indústria e a posição vantajosa no Vale do Lítio do Brasil. A análise ressalta o potencial da Atlas Lithium de se tornar um participante significativo na cadeia global de suprimentos de lítio, principalmente à medida que nos preparamos para a produção no final deste ano.

"A Atlas Lithium está programada para começar a produção ainda este ano. A planta modular de processamento de lítio Dense Media Separation (DMS) da empresa já foi totalmente paga. Além disso, prevemos que sua configuração seja concluída rapidamente, dada sua natureza modular. Destacamos o design compacto da planta, os sistemas de reciclagem com eficiência hídrica e a logística simplificada, que esperamos reduzir significativamente as despesas operacionais e de instalação”, disse o analista. A Fase 1 do projeto da Atlas Lithium visa atingir uma produção total de até 150.000 toneladas anuais de concentrado de espodumênio de grau de bateria, com a Fase 2 prevista para dobrar a capacidade para 300 mil toneladas por ano.

Duas grandes empresas de lítio não classificadas, Chengxin e Yahua, comprometeram conjuntamente US$ 50,0 milhões com a Atlas, incluindo US$ 10,0 milhões em capital e US$ 40,0 milhões como um investimento não dilutivo, pré-pagamento para 80% da produção de concentrado de lítio da Fase 1. Além disso, a Mitsui & Co investiu US$ 30 milhões na Atlas Lithium em troca de um acordo de compra totalizando 15 mil toneladas de concentrado de lítio da Fase 1 e 60 mil toneladas anualmente por cinco anos a partir da Fase 2. “Esperamos que as operações de baixo custo da Atlas no Brasil criem lucros significativos de longo prazo, ao mesmo tempo em que oferecem diversidade geopolítica para grandes empresas de lítio. Portanto, acreditamos que a história recente da Atlas e o próximo aumento da produção justificam sua posição como uma de nossas principais escolhas para 2025”. As recentes fusões e aquisições de lítio mostram interesse contínuo em estabelecer domínio de mercado. A atividade de fusões e aquisições no mercado de lítio durante 2024 destacou o foco atual dos participantes do mercado em garantir o fornecimento de longo prazo em jurisdições geopoliticamente seguras. Como exemplo, a fusão entre a Livent e a Allkem, que criou a Arcadium Lithium foi concluída no início do ano passado. Em outubro de 2024, ou menos de um ano depois, a Arcadium aceitou uma oferta de US$ 6,7 bilhões da Rio Tinto para comprar a empresa combinada. “Isso confirma nossa visão de que até mesmo grandes empresas de mineração, como a Rio Tinto, buscam se tornar uma das líderes globais na produção de lítio. Destacamos que o acordo deve ser fechado em meados de 2025. Também destacamos a aquisição da Latin Resources pela Pilbara Minerals no estado de Minas Gerais por aproximadamente US$ 370 milhões. Este acordo mostra um foco em áreas próximas ao Projeto Das Neves da Atlas Lithium. Em nossa visão, a baixa disponibilidade de produtores de lítio de baixo custo deve, em última análise, garantir um forte múltiplo de aquisição, mesmo que atualmente vejamos um excesso de oferta de lítio de curto prazo pressionando o preço da commodity”.

A Atlas Lithium vem expandindo estrategicamente sua presença na Ásia, uma região que está passando por rápida adoção de veículos elétricos e crescimento da demanda por lítio. A empresa tem acordos estratégicos e de offtake com três empresas na Ásia, Chengxin, Yahua e Mitsui & Co, todas elas grandes participantes do setor no mercado global de lítio. “Acreditamos que a Atlas pode continuar a alavancar ainda mais suas fortes parcerias com os principais participantes na Ásia e que a empresa continua bem posicionada para aproveitar a crescente demanda por lítio de grau bateria na região. Também destacamos o foco da empresa em priorizar uma rápida transição para a produção, já que a empresa tem contratado ativamente gerentes com um longo histórico de avanço de projetos”.