A Mineradora Tabuleiro, em parceria com o Senai Cimatec e com apoio da Embrapii, inaugurou este mês, na Bahia, uma planta-piloto de terras raras que utiliza tecnologia inédita para processar minérios cujo aproveitamento antes era considerado inviável. O objetivo é processar rejeitos com diferentes teores de terras raras leves como Neodímio, Praseodímio, Lantânio e Cério. A planta está instalada no parque do Senai Cimatec em Camaçari.
Segundo Sandro Santos, diretor da Mineradora Tabuleiro, o desenvolvimento do projeto de separação de terras raras feito pela empresa “contribui com a sustentabilidade ambiental, a partir de um material considerado comumente como rejeitos em garimpos pela Bahia”. Janaína Marques, também diretora da mineradora, afirmou que "fica evidenciado o compromisso com a sustentabilidade, transformando o que antes era impacto ambiental em tecnologia limpa".
Camile de Almeida da Silva, gerente de projetos do Senai Cimatec, por sua vez, afirmou que “os olhos do Brasil, e quem sabe do mundo, estão voltados para a Bahia e essa parceria já tem trazido bons frutos para a Mineradora Tabuleiro e o Senai Cimatec”.
O gerente executivo de Negócios do Senai Cimatec, André Oliveira, ressalta a importância do projeto para a economia do estado. “A Bahia hoje desponta como um dos principais players nacionais em relação à mineração. E acho que essa linha pode colocar o estado no cenário global em relação ao minério de terras-raras”.
Para Antônio Rimaci, líder técnico do projeto e do Senai Cimatec, “esse projeto vai se tornar a primeira planta industrial do Brasil e uma das primeiras da América Latina, em uma parceria muito importante com a Tabuleiro. A mineradora e o Senai Cimatec prevêem para o estado uma perspectiva de grande produção desse minério, que representará uma mudança no cenário econômico da Bahia”.
Já a gerente regional da ANM na Bahia, Carla Ferreira, disse que “as terras-raras são o futuro. Não é à toa que diversos países estão investindo na pesquisa, extração e beneficiamento desses minerais. Por outro lado, o Brasil possui uma reserva significativa deste mineral que poderá contribuir para o aumento das exportações e consequentemente para um saldo positivo na balança comercial brasileira”.