Lucro bruto da CSN alcança 2,2 bilhões no trimestre

13/11/2024
Empresa registrou receita líquida de R$ 11.066,6 milhões um crescimento de 1,7% quando comparado com o trimestre anterior e reflete a melhora do segmento de siderurgia

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou receita líquida de R$ 11.066,6 milhões no terceiro trimestre de 2024, um crescimento de 1,7% quando comparado com o trimestre anterior e reflete, principalmente, a melhora do segmento de siderurgia, que conseguiu apresentar sólida atividade comercial no período. Os demais segmentos do grupo não contribuíram com um resultado maior para a receita em razão dos preços das commodities, uma vez que operacionalmente falando a CSN conseguiu apresentar recordes históricos de vendas tanto na mineração quanto em cimentos. No trimestre, a CSN amargou prejuízo líquido de R$ 750,9 milhões, uma piora de 237,3% em relação ao trimestre anterior, como consequência da combinação de menor resultado operacional com aumento nas despesas financeiras, além do fato do segundo trimestre de 2024 ter sido positivamente impactado pelas operações de hedge de minério. Essa combinação mais do que compensou o efeito positivo da reversão de IR/CS em razão do aumento no reconhecimento de imposto diferido no período.

O Ebitda Ajustado atingiu R$ 2.284,0 milhões entre julho e setembro, com uma margem EBITDA ajustada de 19,7% ou 3,5 inferior à do segundo trimestre de 2024. O desempenho reflete, exclusivamente, a piora no preço do minério de ferro que acabou por compensar um trimestre bastante forte em termos comerciais, com recordes de vendas na mineração e em cimentos, fora o crescimento de 9% nas vendas internas da siderurgia. O trimestre mostrou que a CSN tem conseguido evoluir de forma consistente na captura de eficiência das suas operações, com aumento de produção, vendas e custos mais baixos. O problema foi a parte em que a companhia não controla, que são os preços internacionais, principalmente na mineração, com uma série de incertezas em relação à demanda chinesa pelo produto. Por outro lado, a sólida performance comercial apresentada no período mostra que a CSN está bem-posicionada para seguir com resultados sólidos daqui para a frente. Ainda mais quando se observa mais um trimestre de recuperação no segmento de siderurgia, que a despeito de permanecer com margens bastante comprimidas, já apresenta consistentes sinais de melhora.

No terceiro trimestre, a CSN produziu 995 mil toneladas de aço, o maior volume desde o terceiro trimestre de 2022, o que representa crescimento de 12,7% quando comparado com o trimestre passado e 7,9% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento ocorre logo após as paradas programadas de manutenção realizadas na área de sinterização da Usina Presidente Vargas (UPV) no segundo trimestre e reforça a normalização e eficiência com a retomada dos trabalhos. Seguindo a mesma tendência de recordes do ano, a produção de laminados alcançou a marca de 917 mil toneladas, o melhor desempenho desde o mesmo trimestre de 2021, com um crescimento de 10,6% quando comparado com o trimestre anterior e 9,8% quando comparado com o mesmo período de 2023. Já a produção de aços longos passou por uma manutenção preventiva no trimestre e, mesmo assim, se manteve estável no período, atingindo 58 mil toneladas. 

As vendas totais atingiram 1.166,3 mil toneladas, um acréscimo de 3,8% em relação as vendas realizadas ao trimestre anterior e de 10,5%, contra o mesmo período de 2023. O mercado doméstico foi o principal responsável por esse aumento, somando um total de 866,5 mil toneladas de produtos siderúrgicos neste trimestre, um aumento de 8,6% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 16% sobre um ano antes. No mercado externo, as vendas somaram 299,8 mil toneladas no trimestre, incremento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com 5,1 mil toneladas sendo exportadas de forma direta e 294,7 mil toneladas vendidas pelas subsidiárias no exterior, sendo 90,2 mil toneladas pela LLC, 140,4 mil toneladas pela SWT e 64,0 mil toneladas pela Lusosider.

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