Galvani anuncia investimentos de R$ 2,84 bilhões
A Câmara dos Deputados realizou, dia 27 de abril, um seminário sobre o setor de fertilizantes no Brasil. O evento reuniu representantes e executivos que atuam neste mercado para analisar e discutir temas relevantes ao setor, ao agronegócio e à mineração. Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani, foi convidado para participar do painel que abordou o fomento e o desenvolvimento da cadeia do setor no país. Com o cenário atual ainda impactado pela guerra na Ucrânia, alta do dólar e a crescente demanda por fertilizantes, a importância da produção nacional ganha ainda mais destaque. Galvani Jr. afirmou que é fundamental a definição sobre a questão tributária, que onera mais o produto nacional em detrimento do importado, e indicou que é necessário fazer com que haja uma equidade na cobrança. “Nossa proposta é que o ICMS dos fertilizantes seja de 4% para todos os produtos, nacionais e importados”, afirmou o executivo.
Com mediação do presidente da Frente Parlamentar Brasil Competitivo, deputado federal Arnaldo Jardim (CIDADANIA-SP), o painel debateu a importância do desenvolvimento da indústria nacional e do Plano Nacional de Fertilizantes, além de abordar questões como regulamentação, gargalos e perspectivas para o setor no Brasil. Rodolfo reforçou ainda as vantagens da produção doméstica de adubos. "É enorme a importância estratégica da produção nacional de fertilizantes. Dentre outras vantagens, ganhamos mais segurança no suprimento com menor risco de desabastecimento, além de viabilizarmos uma produção tecnicamente customizada para a nossa agricultura", afirmou.
A Galvani está avançando em plano de expansão que irá duplicar, com investimentos de R$ 200 milhões, sua produção de fertilizantes fosfatados em Luís Eduardo Magalhães (BA). A companhia também vai investir R$ 340 milhões para implementar a nova fase de mineração de fosfato na unidade de Irecê (BA). Além disso, a Galvani desenvolve o Projeto Santa Quitéria, em fase de licenciamento, e que prevê investimento de R$ 2,3 bilhões para implantação de um complexo mineroindustrial no interior do Ceará. Com Santa Quitéria em plena operação, serão produzidos cerca de 1,05 milhão de toneladas anuais de fertilizantes fosfatados, o que, somado à produção atual da Galvani, representará 25% da demanda das regiões Norte e Nordeste.
Com a expectativa de crescimento da produção e distribuição de fertilizantes no País, aumenta a atenção em torno da logística necessária para escoar os produtos. Este e outros gargalos que envolvem o setor de fertilizantes, como o processo de licenciamento e financiamentos, foram apontados pelo presidente do Conselho da Galvani e debatidos no painel, com o objetivo de debater soluções e ideias para melhorar o mercado junto aos atores políticos e representantes do setor.
O debate contou com Galvani Jr, Maicon Cossa (vice-presidente de Supply Chain da Yara Brasil), Roberto Noronha (CEO da Unigel), Giuliano Paulo (representante da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal - Abisolo), José Carlos Polidoro (secretário-executivo do Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas - CONFERT) e Edward Medeiros (assessor do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP).