Exportações crescem 9,3%, em valor, até maio

08/07/2022
O mercado norte-americano, China e Itália são os três principais destinos das exportações.

 

A Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas) divulgou que as exportações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram 842,8 mil toneladas nos cinco primeiros meses de 2022, uma queda de 2,6% sobre o mesmo período do último ano. Entretanto, em valor, as vendas externas alcançaram US$ 487,8 milhões, um acréscimo de 9,3% sobre o mesmo período de 2021. 

A participação de rochas processadas, no total do faturamento, caiu de 81,3% em 2021 para 75% em 2022, anotando-se retração de 59,2% para 52% dessas rochas no volume físico. O incremento do valor e do volume físico das vendas para Itália e China, além da retração para os Estados Unidos, mostraram a menor participação de rochas processadas nas exportações brasileiras de 2022. O mercado norte-americano, China e Itália são os três principais destinos das exportações, sendo China e Itália referência de comercialização para rochas brutas e o mercado americano para rochas processadas. 

O preço médio das exportações foi de US$ 579/t, o que representou incremento de 12,2% frente a 2021. O preço médio das rochas processadas ficou em US$ 835/t, com incremento de 17,9%; o das rochas silicáticas e silicosas brutas foi de US$ 286/t, com incremento de 28,5%; e o das rochas carbonáticas brutas foi de US$ 538/t, com queda de 1,7%. Os preços médios mais elevados referem-se a rochas processadas das posições 6802.99.90 (US$ 2.290/t, chapas de quartzito), 6802.91.00 (US$ 1.142/t, chapas de mármore) e 6802.29.00 (US$ 800/t, produtos de pedra-sabão). Entre as rochas brutas, os maiores preços médios foram registrados para as posições 2526.10.00 (US$ 648/t, pedra-sabão), 2506.20.00 (US$ 560/t, blocos de quartzitos maciços) e 2512.10 (US$ 541/t, blocos de mármores).

Os principais estados exportadores, em ordem decrescente de faturamento, incluíram Espírito Santo (US$ 392,8 milhões), Minas Gerais (US$ 55,8 milhões), Ceará (US$ 14,9 milhões), Bahia (US$ 8,3 milhões) e Rio de Janeiro (US$ 4,2 milhões). O maior preço médio entre os estados exportadores foi do Paraná (US$ 1.140/t), devido à comercialização de chapas e blocos de mármores. Em volume físico, as exportações para a China (293,6 mil t) ultrapassaram as dos EUA (290,7 mil t), sendo, no entanto, de US$ 269,5 milhões o faturamento com os EUA e apenas US$ 72,9 milhões com a China. As exportações para a Itália somaram US$ 40,7 milhões, seguidas por México (US$ 19,9 milhões), Reino Unido (US$ 9,7 milhões), Canadá (US$ 7,6 milhões), Arábia Saudita (US$ 7,4 milhões) e Espanha (US$ 6,7 milhões). Na América do Sul, o principal destino foi a Argentina (US$ 4,7 milhões), seguida da Colômbia (US$ 3,7 milhões), Equador (US$ 1,7 milhão), Chile (US$ 1,5 milhão) e Peru (US$ 1,3 milhão). 

Com preço médio de US$ 484,3/t, as importações de materiais rochosos naturais somaram US$ 10,6 milhões e 21,8 mil toneladas até maio de 2022, um crescimento de 7,2% e 8%, respectivamente, frente ao mesmo período de 2021. A maior parte dessas importações refere-se a rochas carbonáticas, tanto brutas quanto beneficiadas. Em volume físico, os principais fornecedores para o Brasil incluem Turquia (2,1 mil t), Itália (1,8 mil t), México (1,6 mil t), Espanha (1,4 mil t) e Indonésia (1,1 mil t). Do México o Brasil importou mármore ônix e da Indonésia a pedra Hijau.