Dessulfuração para gás de coqueria da ArcelorMittal

06/12/2022
O acordo prevê também a modernização da planta de tratamento de efluentes líquidos da área de coqueria.

 

A thyssenkrupp Uhde assinou contrato com a ArcelorMittal Brasil para fornecer uma planta de dessulfuração de gás de coqueria para a usina siderúrgica em Serra (ES). O projeto será executado em regime EPC (Engineering, Purchase, Construction) turnkey e prevê a instalação de um sistema avançado de limpeza de gases a partir de tecnologias proprietárias da thyssenkrupp, que permitirá à ArcelorMIttal reduzir as emissões da usina. 

O acordo prevê também a modernização da planta de tratamento de efluentes líquidos da área de coqueria. “Subproduto da transformação do carvão em coque, o gás de coqueria é um dos principais insumos energéticos de uma siderurgia e é utilizado em vários processos que demandam energia. Com essa planta de dessulfuração que vamos instalar, a ArcelorMittal Tubarão poderá intensificar o uso desse gás e, ao mesmo tempo, reduzir suas emissões, tornando sua operação mais sustentável”, explica Luiz Antonio Mello, Head de Vendas da thyssenkrupp Uhde para a América do Sul. Segundo Mello, o gás de coqueria pode ser produzido na ArcelorMittal Tubarão e equivale a cerca de 480 MW de energia elétrica, o que corresponde ao consumo médio de mais de 2 milhões de residências. “Ou seja, essa energia não pode ser desperdiçada, mas tem que ser utilizada de forma limpa”, acrescenta.

A thyssenkrupp Uhde propôs uma solução eficaz na qual equipamentos já existentes na planta de tratamento de gás são integrados como parte do novo processo CYCLASULF®, responsável pela dessulfuração do gás. O processo é uma solução avançada e já estabelecida para dessulfuração de gases, que remove o sulfeto de hidrogênio (H2S) e a amônia (NH3) do gás de coqueria de forma muito eficiente. O sulfeto de hidrogênio removido é recuperado na forma de enxofre elementar, produto capaz de ser vendido para uso na Indústria q química. Desta forma, o uso do gás de coqueria em outras áreas da usina, como o alto-forno e a laminação a quente, pode ser intensificado sem emissão do dióxido de enxofre (SO2) para a atmosfera. 

O projeto deve ser concluído em aproximadamente 30 meses e deve empregar, no pico das obras, cerca de 400 profissionais, entre colaborares da thyssenkrupp e de empresas subcontratadas. O empreendimento será liderado pelo time de engenharia e operações da thyssenkrupp Uhde Brasil e contará com as tecnologias e o fornecimento de equipamentos críticos por parte da matriz da empresa na Alemanha. “A transição para uma economia com neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa é uma jornada na qual precisamos avançar gradualmente, contudo, precisamos acelerar imediatamente. Com nossas tecnologias exclusivas e a sólida expertise de nossos times de engenharia no Brasil e na Alemanha, estamos apoiando fortemente o setor siderúrgico nessa transição. A nossa sólida relação com a ArcelorMittal Brasil é um excelente exemplo de como utilizar a melhor tecnologia disponível e o comprometimento com o meio ambiente e a redução de emissões”, declara Paulo Alvarenga, CEO da thyssenkrupp para a América do Sul.