CSN Cimentos adquire LafargeHolcim

10/09/2021
A operação é avaliada em valor base de US$1,025 bilhão, e está sujeita à aprovação por parte da autoridade concorrencial. 

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informa aos acionistas e ao mercado em geral que a CSN Cimentos assinou contrato de compra e venda de ações por meio do qual pretende adquirir 100% das ações de emissão de LafargeHolcim S.A. A operação é avaliada em valor base de US$1,025 bilhão, sujeito a ajuste de preço e valor retido em conta-caução (Escrow), além dos demais termos e condições previstos no respectivo contrato. A operação está sujeita à aprovação por parte da autoridade concorrencial. 

A aquisição irá adicionar uma capacidade produtiva à CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas anuais de cimento por meio de plantas de cimentos estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados. Sua capacidade de produção de agregados supera 7 milhões de toneladas anuais. 

A expectativa é que surjam sinergias operacionais, de logística, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes. O negócio faz parte do plano de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor. Com o fechamento da operação, a CSN Cimentos passará a ter uma capacidade total de 16,3 milhões de toneladas por ano e presença cada vez mais abrangente no território nacional como um produtor relevante e de baixo custo. 

Unidades no Brasil 

A LafargeHolcim Brasil tem uma forte base em Minas Gerais, onde opera três fábricas de cimento, 21 unidades de produção de concreto, um terminal de cimento (a granel) e um centro de distribuição de cimento (ensacado), bem como um escritório de vendas e uma pequena central hidrelétrica. Possui ainda as minas de Bom Jardim (de calcário e argila, com 900 mil ton/ano de capacidade instalada e início de operação em 1960; de Boa Vista (calcário e argila, com 1,2 milhão t/ano de capacidade instalada e início de operação em 1969; Serra dos Varões (calcário e argila, com 1,1 milhão ton/ano de capacidade instalada e início de operação em 1959. O calcário e argila ainda são produzidos nas minas de Saudade (no Rio de Janeiro, com 1,2 milhão t/ano de capacidade instalada e início operação em 1982; e Miramar (em Caaporã, Paraíba, com 2 milhões t/ano de capacidade instalada e início de operação em 1988.  

A argila, por sua vez, é retirada das minas Fazenda Bois (Montes Claros, Minas Gerais, com 200 mil t/ano de capacidade instalada e início de operação em 1969); Gordura (Arcos, Minas Gerais, com 200 mil t/ano de capacidade instalada e início de operações em 1999); e Tamanduá (Itapeva, São Paulo, com 300 mil t/ano de capacidade instalada e início de operação em 1954).

A empresa possui seis plantas de britagem de calcário: Cantagalo, no Rio de Janeiro, com capacidade de produção para 1,2 milhão t/ano; Itapeva (em Itapeva/SP, com capacidade de produção para 400 mil t/ano); Planta de Calcário III (em Montes Claros/MG, com capacidade de produção para 1,2  milhão de t/ano); Matozinhos (Matozinhos/MG, com capacidade de produção para 1,5 milhão t/ano) ; Arcos (Arcos/MG, com capacidade de produção para 600 mil t/ano; e Caaporã (Caaporã, PB, com capacidade de produção para 3 milhões t/ano). Três outras plantas produzem argila: Britador de Argila I/II (Montes Claros, MG, com capacidade de produção de 200 mil toneladas/ano); Arcos/MG, 200 mil t/ano de capacidade de produção); e Britagem de Argila (Caaporã/PB, com capacidade de produção para 300 mil t/ano).