Aura Minerals comemora resultados recordes no trimestre
A Aura Minerals produziu 68.246 onças de ouro equivalente (GEO) no terceiro trimestre de 2024, um crescimento de 10% acima do mesmo período do ano passado, a preços constantes de metais. Os destaques foram o desempenho de Almas, onde a produção se estabilizou em 15 mil GEO após a substituição do contratista de mina no segundo trimestre de 2024, alcançando o que a companhia considera um nível consistente para a operação, e Minosa, que registrou mais um crescimento trimestral na produção. Nos primeiros nove meses de 2024, a produção total da Aura foi de 200.758 GEO a preços atuais, 20% superior ao mesmo período de 2023.
A mina Aranzazu produziu 24.486 GEO no trimestre, um aumento de 8% em relação ao segundo trimestre de 2024 e uma queda de 3% em relação ao terceiro trimestre de 2023. As taxas de recuperação melhoraram, assim como teores mais altos de minério, devido ao sequenciamento da mina. A produção acumulada para os primeiros nove meses de 2024 foi de 70.492 GEO, estável em relação ao mesmo período de 2023, enquanto Minosa (San Andres) produziu 20.750 GEO, 8% a mais em relação ao trimestre anterior e de 18% em relação ao terceiro trimestre de 2023, impulsionado por maior empilhamento e teores de minério. O impacto da estação chuvosa foi limitado e melhor que o esperado, aumentando a produtividade. A produção acumulada para os primeiros nove meses de 2024 foi de 59.078 GEO, um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2023.
A produção em Almas atingiu 14.975 GEO, um aumento de 42% em relação ao trimestre anterior, devido ao aumento da produtividade e eficiência após a transição para um novo contratante. A produção mensal estabilizou-se em 5 mil GEO desde junho de 2024. A produção acumulada para os primeiros nove meses de 2024 foi de 37.450 GEO, reforçando a confiança no cumprimento do guidance de 2024. Já Apoena (EPP) produziu 8.035 GEO, uma queda de 19% em relação ao segundo trimestre de 2024 e de 28% em relação ao terceiro trimestre de 2023, devido a teores mais baixos causados por atrasos em licenças ambientais. A menor taxa de processamento, devido ao minério mais duro, afetou a produção do terceiro trimestre. A produção acumulada para os primeiros nove meses de 2024 foi de 30.052 GEO, uma redução de 2% em relação ao mesmo período de 2023.
As vendas da Aura Minerals cresceram 8% em relação ao segundo trimestre de 2024 e 7% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionado principalmente pelo desempenho de Almas e Minosa durante o trimestre, embora parcialmente compensado pela menor produção de Apoena. Nos primeiros nove meses de 2024, o volume de vendas aumentou 21%, impulsionado pelas melhorias em Minosa e pela plena operação em Almas, iniciada em agosto de 2023. A receita líquida atingiu US$ 156,157 milhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 16% em relação ao segundo trimestre de 2024 e de 41% em relação ao mesmo período de 2023. Nos primeiros nove meses de 2024, a receita totalizou US$ 422,646 milhões, um aumento de 44% em comparação com o mesmo período de 2023. Os preços médios realizados de venda de ouro aumentaram 9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao segundo trimestre de 2024, com uma média de US$ 2.507/oz no trimestre. Em comparação com o mesmo período de 2023, os preços médios de venda do ouro aumentaram 29% no terceiro trimestre de 2024. Nos primeiros nove meses de 2024, o preço médio de venda do ouro foi de US$ 2.289, um aumento de 19% em comparação com o mesmo período de 2023. Os preços médios realizados de venda de cobre diminuíram 7% em comparação ao segundo trimestre de 2024, com uma média de US$ 4,18/lb no trimestre. Comparado ao mesmo período de 2023, os preços médios do cobre aumentaram 7% no terceiro trimestre de 2024. Nos primeiros nove meses de 2024, o preço médio do cobre foi de US$ 4,17/lb, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2023. O EBITDA Ajustado atingiu recorde de US$ 78,073 milhões no terceiro trimestre de 2024, superando o segundo melhor trimestre da história em mais de 30%. Esse desempenho foi impulsionado por preços favoráveis de metais, forte produção e redução de custos em caixa. O EBITDA Ajustado aumentou 39% em relação a US$ 56,172 milhões no segundo trimestre de 2024. Comparado ao terceiro trimestre de 2023, os custos em caixa por GEO diminuíram 11%, e, combinados com maiores vendas e aumento nos preços do ouro, resultaram em uma melhoria de 160% no EBITDA Ajustado. Esse crescimento foi atribuído principalmente aos preços mais altos de ouro e cobre, aumento nos volumes de vendas e redução de custos. Nos primeiros nove meses de 2024, o EBITDA Ajustado alcançou US$ 187,449 milhões, marcando um aumento de 101% em comparação com o mesmo período de 2023.
O AISC durante o trimestre atingiu US$ 1.292/GEO, uma redução de US$ 36/GEO em relação ao segundo trimestre de 2024 (US$ 1.328/GEO), devido à diminuição do AISC em Almas, Minosa e Apoena. No entanto, essa melhora foi parcialmente compensada pelo aumento do AISC em Aranzazu, influenciado principalmente pelos preços dos metais e pelo impacto na conversão de GEO. Nos primeiros nove meses de 2024, o AISC médio foi de US$ 1.302/GEO, uma redução de US$ 28/GEO em comparação com o mesmo período de 2023 (US$ 1.330/GEO).
Mesmo com todos os investimentos em expansão, incluindo Borborema, ao final do terceiro trimestre de 2024 a posição de Dívida Líquida da Companhia foi de US$ 144,366 milhões, estável em comparação aos US$ 142,409 milhões reportados no trimestre anterior, com uma relação dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses de 0,63x, uma redução em relação aos 0,79x registrados no final do segundo trimestre de 2024.
O Fluxo de Caixa Livre Recorrente atingiu US$ 65 milhões no trimestre e US$ 115 milhões nos primeiros nove meses de 2024, impulsionado principalmente pelo aumento do EBITDA nos períodos. O Prejuízo líquido foi de US$ 11,923 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma diminuição em comparação ao lucro líquido de US$ 7,759 no terceiro trimestre de 2023, devido principalmente a perdas não monetárias relacionadas à marcação a mercado (MTM) dos derivativos de ouro, no valor de US$ 56,684 e ao aumento do imposto de renda.
Nos primeiros nove meses de 2024, o prejuízo líquido alcançou US$ 46.915 milhões, também devido, em grande parte, a perdas não monetárias com hedge de ouro no valor de US$ 89.532 milhões durante o período.
No terceiro trimestre de 2024, o lucro líquido ajustado foi positivo em US$ 43,386 milhões, excluindo as perdas não monetárias relacionadas aos hedges de ouro no período, devido à valorização dos preços do ouro, aumento na produção e redução nos custos em caixa. Nos primeiros nove meses de 2024, o lucro líquido ajustado foi de US$ 54,894 milhões, refletindo uma medida de lucratividade ajustada pelos mesmos fatores ao longo do ano. “Encerramos os primeiros nove meses de 2024 em uma sólida trajetória de crescimento, reportando o quinto aumento consecutivo de produção acumulada dos últimos 12 meses e registrando um EBITDA recorde de US$ 187 milhões. No 3º trimestre, com um preço médio do ouro de US$ 2.507/oz, alcançamos um EBITDA recorde para um único trimestre, de US$ 78,1 milhões, um crescimento de 39% em relação ao 2º trimestre. Além do crescimento na produção e no preço do ouro, também atingimos uma redução de 3% no AISC por GEO, o que nos mantém no caminho para atingir nosso Guidance de produção e custos-caixa para o ano. Por fim, a construção de Borborema está agora 54% concluída e dentro do cronograma, com início do ramp-up previsto para o 1º trimestre de 2025, indicando um 2025 promissor”, disse Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals.
Nova política de dividendos
A Aura Minerals aprovou uma alteração em sua política de dividendos com a intenção de declarar e pagar dividendos trimestralmente. Pela política aprovada, a empresa determinará dividendos trimestrais em um montante agregado igual a 20% do seu EBITDA Ajustado reportado para o período de três meses, menos capex de manutenção e capex de exploração para o mesmo período.
A Aura espera que os dividendos sejam declarados quatro vezes ao ano, começando a ser declarado no último trimestre de 2024 de acordo com os resultados do trimestre anterior, com base nos resultados reportados para o período, com uma data base não inferior a sete dias úteis após a data do Fato Relevante que anuncia as demonstrações financeiras e a Análise da Administração (MD&A) de cada trimestre. Assim, qualquer dividendo a ser pago sob a Política de Dividendos será declarado junto com ou logo após o Fato Relevante que anuncia as demonstrações financeiras e a MD&A de cada trimestre calendário.
O Conselho da Aura também declarou e aprovou o pagamento de um dividendo de US$ 0,24 por ação ordinária (aproximadamente US$ 17,4 milhões no total), referente aos resultados financeiros da Aura para os três meses encerrados em 30 de setembro de 2024. Este pagamento está acima do mínimo previsto na Política de Dividendos da companhia. O dividendo será pago em dólares americanos em 2 de dezembro de 2024, para os acionistas registrados no fechamento do mercado em 15 de novembro de 2024 (Data Base).
Os detentores dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da Aura na Data Base receberão US$ 0,08 (Dividendo BDR) por BDR (uma vez que 1 ação da Aura equivale a 3 BDRs) e devem receber o pagamento até 18 de dezembro de 2024. Eles receberão o valor em Reais equivalente ao Dividendo BDR, com base na taxa de câmbio de mercado, que será divulgada em um comunicado de imprensa antes da data de pagamento. O dividendo não está sujeito a impostos retidos na fonte no momento do pagamento pela companhia. "Estamos orgulhosos em anunciar mais um pagamento de dividendos, impulsionado pelos ótimos resultados do terceiro trimestre de 2024. Isso reforça nosso compromisso de oferecer retornos consistentes aos acionistas enquanto crescemos. Também passamos a adotar uma política de dividendos trimestrais, demonstrando nossa confiança no crescimento de longo prazo e na estabilidade das nossas operações, o que nos permite recompensar os acionistas regularmente. Com um comprovado histórico de líder de pagamento de dividendos no setor, a Aura se consolida como uma empresa focada em gerar valor para os acionistas através de dividendos e recompras de ações, ao mesmo tempo em que investe para expandir sua produção e também seus recursos e reservas minerais”, afirmou Rodrigo Barbosa, Presidente & CEO da Aura Minerals.