ArcelorMittal Brasil paralisa expansão em João Monlevade
A ArcelorMittal Brasil decidiu paralisar, momentaneamente as obras de expansão da usina de João Monlevade (MG) devido à redução da demanda brasileira por aço. A ampliação da unidade é um dos projetos da empresa, que havia revisado o valor de investimento dos US$ 500 milhões iniciais para US$ 800 milhões. “Frente ao cenário macroeconômico e às oportunidades de mercado, a ArcelorMittal Brasil vem revisando seu plano de investimentos e decidiu, por ora, paralisar as obras do projeto de expansão da Unidade de Monlevade. Como em todo projeto desse porte, a empresa acompanha o cenário macroeconômico e do setor siderúrgico no País, impactado pelo aumento das importações, e o crescimento da demanda por aço tem sido inferior ao previsto”, comunicou a empresa em nota.
O Laminador 3 que integra o projeto foi finalizado e está em operação desde 2022 e atingiu em julho desse ano a marca de 1 milhão de toneladas produzidas desde o início de sua atividade. O novo laminador dobrou a capacidade de produção de laminados da unidade, e está em linha com a estratégia da empresa de ampliar a produção de produtos de alto valor agregado. Já as linhas de sinterização, alto-forno e aciaria serão paralisadas, e parte dos recursos será redirecionado para modernização da planta. “A ArcelorMittal continua a acreditar no País e reafirma a importância da Unidade de Monlevade para o negócio da empresa no Brasil e o seu papel de destaque, decorrente da produção de fio-máquina para aplicações especiais, sendo a única planta industrial no País a produzir steel cord voltado para o mercado automobilístico. A empresa reforça ainda que prossegue investindo e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do município e região”.
A ArcelorMIttal Brasil continua com plano de investimentos de US$ 25 bilhões no setor de aço brasileiro. Em 2023, o investimento para a unidade de Monlevade foi revisado de US$ 500 milhões para US$ 800 milhões – cerca de R$ 4 bilhões – em função de mudanças relacionadas a mais automação, atualização de equipamentos, obras civis mais complexas e efeito da inflação.