A Agência Nacional de Mineração (ANM) recebeu dia 25 o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), coordenador da Comissão Externa sobre o Colapso do Solo em Maceió, para coletar informações e dados para analisar as causas do desastre. O deputado comenta que o encontro com diretores e técnicos da ANM faz parte do plano de trabalho da Comissão Externa, que deve realizar uma audiência pública em junho para tratar da situação dos bairros afetados. Já foram realizados encontros com o Ministério Público e com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). “A ANM é dos órgãos mais importantes nesse processo”, declarou.

Estiveram presentes na reunião o diretor-geral da ANM, Mauro Sousa, e os diretores Tasso Mendonça, Roger Cabral e Caio Seabra, além do superintendente de Fiscalização, José Antonio dos Santos. Na ocasião foram sanadas as dúvidas sobre o histórico de concessão da lavra de cloreto de sódio em Maceió, outorgada em 1975, o processo de fiscalização das atividades da Braskem, que detém a concessão de exploração do minério na região, o plano de fechamento da mina e dados sobre o afundamento do solo, que chega a 16 centímetros anuais e deve se estabilizar em até dez anos.

Um dia antes, a ANM recebeu representantes da Braskem que forneceram informações sobre o andamento das ações de estabilização e monitoramento para os 35 poços de extração de sal existentes, conforme plano aprovado pela ANM.

Além disso, a Braskem detalhou processo de realocação e compensação dos cerca de 60 mil moradores dos bairros Pinheiro, Bom Parto, Mutange e Bebedouro, que foram atingidos pelo afundamento do solo. Até o momento, a petroquímica pagou mais de R$ 3,6 bilhões e desocupou 14.371 imóveis, dos 14.536 imóveis que precisam ser liberados na região. Entre os presentes na ANM, estiveram o vice-presidente executivo da Braskem, Marcelo Cerqueira, e as diretoras Ana Carolina Viana, Maria Isabel Kenny e Renata Bley.