AMG investe até R$ 1,4 bilhão para triplicar produção em Nazareno

21/05/2024
AMG vai triplicar o volume de sua produção com investimento de até R$ 1,4 bilhão

 

Uma comitiva do Governo de Minas Gerais se reuniu com a diretoria da AMG para prospectar mais um investimento em mais uma missão internacional nos Estados Unidos. Em reunião no último dia 17 de maio, em Wayne, no estado da Pensilvânia, estiveram presentes o governador Romeu Zema, o CEO da AMG Critical Materials N.V., Heinz Schimmelbusch, e o CEO da AMG Brasil S.A., Fabiano José Costa. "A AMG, que já tem operação na cidade de Nazareno (MG), vai triplicar o volume de sua produção com investimento de até R$ 1,4 bilhão. Isso vai significar a geração de mais centenas de empregos na cidade e em toda a região, agregar mais valor ao material que é produzido nesta unidade, valorizando o produto que sai de Minas. Isso é que nós queremos para Minas Gerais e para os mineiros. Mais emprego, mais renda, e uma vida melhor para a população”, destacou o governador Romeu Zema. Ele participou do encontro com o secretário de Estado de Casa Civil (SCC), Marcelo Aro, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Fernando Passalio, e o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Atualmente, a AMG estuda implementar uma nova planta química – que está em fase de detalhamento – e envolve a construção de uma nova unidade para a conversão de espodumênio em carbonato de lítio. O objetivo do novo projeto de expansão da planta industrial é resultado da colaboração entre o Governo de Minas, por meio da Sede-MG e da Invest Minas, agência vinculada à secretaria e representa um passo significativo para o desenvolvimento da indústria de minerais críticos no estado de Minas Gerais.

O Governo de Minas e a AMG Critical Materials N.V., por meio de sua subsidiária AMG Brazil S.A., trabalham em estreita colaboração nos últimos anos, resultando em investimentos privados de mais de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 750 milhões) no estado. O recente investimento da AMG de US$ 55 milhões (mais de R$ 282 milhões) expandiu a capacidade de processamento de espodumênio de 90 para 130 mil toneladas anualmente, representando um aumento de 45%. Esta expansão já criou 43 empregos diretos e 43 indiretos em tempo integral, além de mais de 250 empregos adicionais durante a fase de construção. A planta revitalizada iniciou suas operações em março, com a expectativa de atingir capacidade total no quarto trimestre de 2024. Outro investimento, de US$ 15,5 milhões (cerca de R$ 79,5 milhões), já está em andamento, e é voltado para a produção de tântalo, um coproduto de espodumênio do qual se extrai o lítio. O mineral é considerado estratégico para a transição energética, especialmente para a fabricação de componentes como capacitores e eletrônicos. Esta expansão aumentará a produção atual de tântalo em 25% e posiciona a AMG como um produtor de lítio de baixo custo e ambientalmente consciente.

O carbonato de lítio é utilizado para a fabricação de baterias de automóveis elétricos e híbridos e representa um avanço significativo no setor de energia sustentável. Este movimento de verticalização do beneficiamento do concentrado de lítio pela AMG irá agregar valor na cadeia de produção, além de impactos socioeconômicos para os moradores do local a ser escolhido. Também entram na lista de resultados esperados o incremento da indústria minerária de Minas Gerais e expressiva contribuição para a transição energética mundial.

Atualmente, a AMG Mineração S.A opera duas plantas no estado, na região do Campo das Vertentes (São João del-Rei e Nazareno), especializadas na produção de minerais estratégicos, materiais especiais e energia. Entre os produtos fabricados estão ligas de alumínio de alto desempenho, concentrado de tântalo, óxidos de nióbio e espodumênio, matéria-prima essencial para a produção de lítio “grau bateria”.

Desde 2022, a AMG Brasil já investiu R$ 270 milhões em projetos no estado de Minas Gerais. A nova planta de beneficiamento de concentrado de lítio em Nazareno proporcionou a ampliação da sua capacidade produtiva em 40 mil toneladas, passando a uma capacidade instalada para o processamento de 130 mil toneladas de concentrado de lítio por ano.