Produção de zinco da Nexa cresce 15% no trimestre

31/10/2023
Os preços dos principais metais utilizados pela Nexa permaneceram em níveis inferiores às expectativas

 

Segundo o CEO da Nexa Resources, Ignacio Rosado, o terceiro trimestre da companhia continuou a sofrer a pressão da queda dos preços dos metais, impulsionada em especial pela inflação dos Estados Unidos, que levaram as taxas de juros a patamares ainda mais altos, além das incertezas sobre o desempenho de setores-chave da economia chinesa. Consequentemente, os preços dos principais metais utilizados pela Nexa permaneceram em níveis inferiores às expectativas na comparação com o segundo trimestre de 2023. “Estamos comprometidos com o desempenho financeiro, que inclui um portfólio de iniciativas focadas na redução do CAPEX, de custos e otimização de capital de giro”, disse Ignacio Rosado, CEO da companhia.

Algumas iniciativas implementadas pela Nexa permitiram à mineradora melhorar alguns itens do guidance 2023, além de contribuir para geração positiva do fluxo de caixa no trimestre. Do lado operacional, a Nexa reviu para baixo a faixa de produção de Aripuanã para este ano, principalmente devido às limitações da capacidade projetada para o sistema de bombeamento da flotação, o que também resultou na extensão da etapa de ramp-up. “Durante o terceiro trimestre, continuamos o ramp-up, mantendo as recuperações e melhorando a qualidade e teores dos concentrados de zinco. A Nexa tem como foco garantir uma produção segura, com o processamento do concentrado de zinco em nossas fundições e, ao mesmo tempo, ampliar as vendas de concentrados de chumbo e cobre”.

A Nexa comenta que avançou no plano de exploração mineral, com atenção especial na ampliação da base de recursos e reservas minerais nas minas atuais. Além disso, a companhia avança nos estudos relacionados ao projeto de Integração Pasco e tem como prioridade concluir a etapa de ramp-up de Aripuanã. Recentemente, a companhia emitiu linha de crédito rotativo alinhado à sustentabilidade, no valor de US$ 320 milhões, que substitui a atual, que tinha prazo de vigência até outubro de 2024. Além disso, a Nexa continua com a meta de cumprir os compromissos ESG e o controle de custos para criar geração de valor para todos os stakeholders.

A produção de zinco atingiu 87 mil t no trimestre, um aumento de 15% sobre o mesmo período de 2022, em razão do crescimento do volume do minério e início da produção na mina de Aripuanã. O segmento de fundição registrou produção total de 150 mil t, queda de 6% na comparação com o mesmo trimestre de 2022, especialmente pelos menores volumes em Cajamarquilla e Juiz de Fora. As vendas somaram 154 mil t de zinco metálico e óxido de zinco, 5% a menos que no terceiro trimestre do último ano, pelos menores volumes de produção e menor demanda interna por óxido no trimestre.

A receita líquida na Nexa atingiu US$ 649 milhões no trimestre, uma diminuição quando comparada aos US$ 703 milhões do mesmo trimestre de 2022. A queda é explicada pelos menores preços do zinco na LME e à queda no volume de vendas de fundição. O Ebitda ajustado alcançou US$ 82 milhões entre julho e setembro de 2023, uma redução quando comparado aos US$ 121 milhões de um ano antes. O Ebitda ajustado do segmento de mineração atingiu US$ 40 milhões, o dobro em relação ao mesmo trimestre de 2022. Esse resultado foi impulsionado pelos maiores volumes em Cerro Lindo, El Porvenir, e Vazante, além dos custos operacionais mais baixos em Aripuanã, relacionados a custos de concentrados e estoques. A Nexa registrou prejuízo líquido ajustado atribuível de US$ 57 milhões, resultando em prejuízo básico ajustado e diluído por ação de US$ 0,43.

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