Lucro líquido da Usiminas cai 93% no primeiro trimestre

25/04/2024
A receita líquida caiu 14% e alcançou para R$ 6,223 bilhões nos três primeiros meses do ano

 

A Usiminas registrou lucro líquido de R$ 36 milhões no primeiro trimestre de 2024, 93% inferior em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 416 milhões, o que corresponde a uma queda de 47% na comparação com o mesmo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada caiu de 10,8% para 6,7% na comparação dos trimestres. A receita líquida caiu 14% e alcançou para R$ 6,223 bilhões nos três primeiros meses do ano. A Usiminas explica que o desempenho trimestral esteve inferior pela maior volatilidade do preço do minério de ferro, o que impactou os mecanismos de precificação e a receita por tonelada. Outro fator que impactou o resultado da companhia foi a desvalorização do aço no mercado internacional.

As vendas de aço e minério da Usiminas somaram 1,042 milhão de toneladas e em 1,962 milhão de toneladas, respectivamente, no primeiro trimestre de 2024 e ficaram praticamente estáveis quando comparadas ao mesmo trimestre de 2023. Para o segundo trimestre, a Usiminas espera estabilidade dos atuais volumes de vendas. No primeiro trimestre de 2024, a Usiminas produziu 1,911 milhão de toneladas de minério de ferro, 5% a mais que nos três meses iniciais de 2023. Em relação ao mercado, Marcelo Chara, CEO da Usiminas, sinaliza que 2024 começou desafiador, com forte pressão das importações, que em março registraram o terceiro maior valor desde 2010, e uma previsão de crescimento econômico moderado no Brasil. “Se compararmos o primeiro trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, verificamos um aumento de 18% nas importações de aços planos. Por outro lado, há sinais positivos de recuperação do setor automotivo e também enxergamos boas oportunidades nos setores onde atuamos, como infraestrutura, construção civil e industrial”.

Na Siderurgia, a Usiminas reverteu os resultados apresentados nos trimestres anteriores, alcançando um Ebitda de R$ 334 milhões, o melhor resultado registrado do segmento desde o início da reforma do Alto-forno 3. “A nossa expectativa de reverter os resultados da Siderurgia se confirmaram, e voltamos a apresentar Ebitda positivo, fruto do trabalho e foco na melhoria contínua nos últimos trimestres. Aproveito então para agradecer o empenho de cada um de nossos colaboradores e colaboradoras”, afirmou Chara.

A Siderurgia voltou a apresentar resultados positivos em função dos ganhos de eficiência com a retomada do Alto-forno 3, da estabilidade dos volumes de vendas de aço e leve queda da receita líquida. Essa queda do mix de exportação foi parcialmente compensada pela maior participação das vendas nacionais para o setor automotivo. A produção de aço bruto foi de 700 mil toneladas no trimestre, 19,7% superior em relação ao 4T23 (585 mil toneladas). 

Na Mineração, o volume de vendas somou 2,0 milhões de toneladas entre janeiro e março de 2024, inferior em 17,7% em relação ao último trimestre de 2023, acompanhando o volume de produção, impactado pelo período de chuvas, parada temporária da ITM Leste e manutenções programadas. Em comparação com o primeiro trimestre de 2023, o volume de vendas se manteve estável. Já o Ebitda foi de R$ 83 milhões, contra R$ 327 milhões no 4T24, fruto do menor volume de vendas e dos menores preços praticados. “Na Mineração Usiminas, estamos desenvolvendo novas frentes de lavra para alcançar o ritmo de operações e vendas previsto”, sinaliza Chara. Para o futuro, o presidente reforça que a Usiminas vai continuar focada na busca pela excelência operacional, nossa integração com as comunidades, melhorando cada vez o desempenho ambiental, de segurança e atendimento aos clientes. “Tudo isso com pleno desenvolvimento dos nossos times de trabalho”, finaliza.

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