Produção de zinco cresce 2% no trimestre

28/07/2023
Companhia vivenciou um ambiente macroeconômico cada vez mais volátil no segundo trimestre

 

O CEO da Nexa Resources, Ignacio Rosado, comentou que a companhia vivenciou um ambiente macroeconômico cada vez mais volátil no segundo trimestre, impulsionado pela persistência da inflação americana em alguns setores importantes, e pelas preocupações com a economia chinesa, onde indicadores relevantes como o setor imobiliário e o PIB ficaram abaixo do esperado. “Esses fatores pressionaram os preços dos metais básicos, com preços de zinco caindo 19% e cobre 5% em relação ao primeiro trimestre”.

A produção de zinco atingiu 81 mil t no trimestre, aumento de 2% em relação ao mesmo trimestre de 2022, explicada principalmente pelo aumento no volume de minério tratado e pelo início da operação de Aripuanã. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a produção de zinco cresceu 8% devido à retomada da mina de Cerro Lindo e ao andamento do ramp-up de Aripuanã. O custo da mineração run-of-mine entre abril e junho foi de US$ 44/t, dentro da faixa intermediária do guidance para o ano e 3% superior quando comparado ao segundo trimestre de 2022. O custo caixa de mineração líquido de subprodutos foi de US$ 0,37/lb em comparação com US$ 0,16/lb do segundo trimestre do último ano. “Embora esperemos que os preços da LME continuem pressionados, continuamos comprometidos com a disciplina financeira, evidenciada por um portfólio de iniciativas focadas em redução de custos, além de CAPEX e otimização de capital de giro que estão sendo implementadas e estão entre nossas prioridades para o ano. Essas iniciativas nos permitiram alcançar geração de caixa positiva no trimestre. Apesar desse ambiente desafiador, estamos mantendo nosso guidance de produção e custo caixa”.

O segmento de smelting entregou uma produção de metal de 148 mil t, uma queda de 6% em relação ao segundo trimestre de 2022, impulsionada principalmente por menores volumes em Cajamarquilla e Três Marias. Em relação ao primeiro trimestre, a produção cresceu 1%. As vendas de zinco metálico e óxido foram de 149 mil t, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, devido aos menores volumes de produção. Em relação ao primeiro trimestre, as vendas de metais cresceram 4%, impulsionadas por maiores volumes de produção e estratégia de vendas em linha com as iniciativas de melhoria do capital de giro.

As atividades de ramp-up estão progredindo bem e atualmente estão focadas em aumentar constantemente a taxa de produção da planta, a confiabilidade dos ativos e a redução do tempo de inatividade da planta, bem como melhorar as recuperações de metal e os teores e qualidade do concentrado enquanto consomem o estoque de minério. A planta de Aripuanã atingiu 76% da capacidade nominal (vs. 50% no primeiro trimestre), enquanto a taxa média de utilização no segundo trimestre foi de 66%. O tempo de inatividade da planta reduziu significativamente de 394 horas em março para 148 horas em junho, uma redução de 62%. “No trimestre, as taxas de recuperação melhoraram em relação aos três primeiros meses de 2023, com recuperação média de zinco de 63% em junho, contra 48% em março. Os teores de concentrados também estão melhorando. O teor médio do concentrado de zinco atingiu 52% no trimestre e o concentrado está sendo processado pelos smelters da empresa no Brasil. Para os próximos trimestres, a Nexa espera concluir os ajustes relacionados aos gargalos nos sistemas de bombeamento e tubulações mencionados no trimestre anterior, e melhorar ainda mais os teores de recuperação e concentrado. Isso nos permitiria atingir aproximadamente 80-85% da capacidade nominal no terceiro trimestre, abrindo caminho para operações esperadas acima de 90% nos últimos três meses de 2023”.

A Nexa obteve receita líquida de US$ 627 milhões no segundo trimestre de 2023 em comparação com US$ 829 milhões do mesmo período do ano passado, principalmente devido aos preços mais baixos do metal na LME e, em menor escala, ao volume de vendas de smelting. No primeiro semestre, a receita líquida totalizou US$ 1.294 milhões, queda de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA ajustado foi de US$ 72 milhões no trimestre, comparado a US$ 302 milhões no 2T22 e US$ 133 milhões no 1T23. Essa queda foi impulsionada principalmente pelos preços mais baixos do metal na LME (Zn caiu 35% vs 2T22 e 19% vs 1T23). No 1S23, o EBITDA Ajustado somou US$ 205 milhões, queda de 61% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido ajustado alcançou US$ 12 milhões entre abril e junho, totalizando US$ 15 milhões no semestre. O lucro líquido ajustado atribuível aos acionistas da Nexa foi de US$ 6 milhões no 2T23 e US$ 4 milhões no 1S23, resultando em lucro por ação ajustado de US$ 0,04 e US$ 0,03, respectivamente.

No segundo trimestre, a companhia também obteve autorização da Superintendência Regional do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais para utilização de biocombustível em substituição aos combustíveis fósseis, utilizados em todos os 47 fornos da operação de óxido de zinco em Três Marias. Durante o trimestre, a Nexa avançou no consumo de bio-óleo em 3 fornos de processamento de óxido de zinco. Até o final de 2023, a meta é expandir o uso do biocombustível para 12 fornos do smelter de Três Marias.

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