A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) vendeu 77 mil toneladas de alumínio primário no 4º trimestre de 2023, um aumento de 15% em relação ao trimestre anterior e de 24% em relação ao mesmo período de um ano antes. Este foi o melhor trimestre do ano em volume de vendas e em comparação a ambos os períodos, apesar do aumento mais relevante em lingotes, também houve incremento no volume de VAP. A CBA pontua que o processo de estabilização da operação das Salas Fornos e religamento dos fornos afetados vem mostrando progresso nos resultados, o que possibilitou o aumento da produção e, consequentemente, das vendas no trimestre. Do total vendido no último trimestre de 2023, 93% do volume abasteceu o mercado interno e o restante foi destinado ao mercado internacional.

A receita líquida consolidada da CBA foi de R$ 1,9 bilhão no trimestre, uma redução de 3% em relação ao mesmo período de 2022. A receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$1,8 bilhão no 4º trimestre de 2023, uma redução de 4% comparada ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao 4T22, apesar de um aumento de 5% no volume vendido de alumínio (128 mil toneladas), o efeito é pela queda de 6% no preço médio do alumínio na LME, aliado à apreciação do real vs. dólar também em 6%, nos períodos comparados. Já em relação ao 3T23, houve aumento de 2% no preço médio do alumínio na LME e apreciação do dólar vs. real também em 2%, considerando o câmbio médio dos períodos, aliado ao aumento no volume de vendas de alumínio de 8%. No segmento de primários, a receita líquida teve aumento de 3% no 4T23 vs. 4T22, reflexo do aumento significativo de 24% no volume vendido de primários, amenizando o efeito do menor preço médio do alumínio na LME nos períodos comparados. Com relação ao 3T23, também houve aumento do volume vendido, de 15%, que refletiu em um aumento da receita líquida de 16% entre os períodos comparados. O EBITDA ajustado consolidado da CBA atingiu f R$102 milhões no 4º trimestre de 2023, praticamente estável em relação ao resultado do mesmo trimestre de 2022. A margem EBITDA consolidada também foi estável, encerrando o trimestre em 5%. A principal variação nos ajustes do EBITDA foi referente à marcação a mercado dos contratos futuros de energia, de R$ 639 milhões no último trimestre do ano passado.

No 4º trimestre do último ano, a CBA fechou com prejuízo líquido de R$ 586 milhões vs. prejuízo de R$ 80 milhões comparado ao mesmo período de 2022. O maior prejuízo no trimestre é em função, principalmente do ajuste nos contratos futuros de energia. Esse efeito foi parcialmente compensado pela variação positiva no imposto de renda e contribuição social de R$138 milhões, quando comparado ao 4T22. Adicionalmente, foi registrado impairment relacionado à redução do valor recuperável da mais valia dos ativos da CBA Itapissuma em R$ 97 milhões. A CBA investiu 63% a menos no 4º trimestre de 2023 (R$ 760 milhões), quando comparado a um ano antes. Do total, 42% dos investimentos foram direcionados a projetos de modernização e expansão da CBA, 17% em reforma de fornos e 41% em manutenção. Os projetos de CAPEX são plurianuais e possuem flexibilidade para serem revistos de acordo com a geração de caixa operacional e condições de mercado. A CBA anunciou no último trimestre o alongamento do cronograma dos projetos de expansão, com alteração da conclusão prevista de alguns projetos de 2025 para 2027, sendo as principais postergações o restart da Sala Forno 1 e a modernização de tecnologia das Salas Fornos. Dentre os projetos em andamento estão o de disposição de resíduos a seco - em fase final de montagem eletromecânica, e avançando conforme planejado. O Comissionamento e start-up estão previstos para o primeiro semestre de 2024. O outro projeto em andamento é o de Produção adicional de alumínio a partir da reciclagem (ReAl). O empreendimento está em fase final de montagem eletromecânica e avança conforme planejado. O Comissionamento e start-up estão programados para o primeiro semestre de 2024.