CBA tem lucro líquido de R$ 89 milhões no trimestre

09/05/2023
O volume vendas de alumínio se manteve estável no período (-3%) em relação ao primeiro trimestre de 2022

 

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$ 89 milhões no primeiro trimestre de 2023, ante R$ 426 milhões obtidos no mesmo período um ano atrás. A variação se deve principalmente à queda da receita líquida, em contrapartida ao aumento do custo de produtos vendidos nos períodos comparados. No último trimestre de 2022, a CBA teve prejuízo líquido de R$ 80 milhões.

O volume vendas de alumínio se manteve estável no período (-3%) em relação ao primeiro trimestre de 2022, totalizando 106 mil toneladas, e a demanda de alumínio no Brasil se demonstrou resiliente no primeiro trimestre de 2023, puxada pelos segmentos de transportes e embalagens (excluindo latas). A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,9 bilhão nos primeiros três meses do ano, 16% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado, mas permaneceu estável em relação ao quarto trimestre de 2022. Já a receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$1,8 bilhão no trimestre, uma redução de 18% comparada ao mesmo período do ano anterior e de 5% comparado ao último trimestre do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o efeito se dá principalmente pela redução de 73% no preço médio do alumínio na LME, entre os períodos comparados.

O preço do alumínio manteve a volatilidade dos últimos meses, com a média do período ficando em US$ 2.395/tonelada, uma queda de 27% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após alta em janeiro, no final do mês de março houve uma leve recuperação da LME com a estabilização do cenário internacional e melhora das perspectivas da economia chinesa. A CBA foi impactada por uma deterioração na qualidade do coque e piche utilizados para a produção da pasta anódica adequada ao seu processo produtivo de alumínio líquido. O volume produzido recuou 9% neste trimestre em comparação ao 4T22. O processo de estabilização operacional está em andamento.

A CBA avançou seu plano estratégico com o objetivo de reforçar o foco no core business do negócio de alumínio. Em abril, a CBA assinou o contrato de venda da Unidade de Niquelândia (GO), incluindo a mina de níquel e a planta de processamento. Em 2022, a empresa já havia vendido a refinaria de São Miguel Paulista, e agora deixa definitivamente o Negócio Níquel. A CBA também deu um passo importante neste ano na diversificação de sua matriz de energia renovável. A geração própria no primeiro trimestre de 2023 foi 18% superior ao volume do mesmo período de 2022 e 15% superior ao volume do registrado no 4T22. Além de volumes maiores das chuvas no período, contribuiu para o desempenho o início da operação dos complexos eólicos Ventos de Santo Anselmo e Ventos de Santo Isidoro, que passam a contribuir com 10% da capacidade total de geração de energia da CBA. Em relação à agenda ESG, no primeiro trimestre a CBA segue avançando, com mais uma conquista: a avaliação AA no MSCI ESG Ratings, uma evolução de sua classificação A em 2022.