A Samarco está completando quatro anos de retomada das suas operações com a inauguração de instalações que lhe permitem operar com 60% da sua capacidade de produção, o que demandou investimentos de R$ 1,6 bilhão.
Para alcançar 60% de sua capacidade produtiva, a Samarco está reativando o Concentrador 2 e implementando mais uma planta de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano, em Mariana (MG). A nova capacidade produtiva resultará na produção de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério em 2025. Como parte do processo de retomada, a Samarco também reativou mais uma usina de pelotização no Complexo de Ubu, no Espírito Santo, em agosto de 2024 e fez uma série de investimentos em novas tecnologias. Para ser reativada, a Usina de Pelotização 3 (P3) recebeu atualização tecnológica e manutenção técnica de equipamentos e automação, o que faz com que se equipare às mais modernas usinas desse tipo no mundo. “Desde que foi retomada, a P3 vem operando com excedente de minério da Usina de Pelotização 4, em operação desde dezembro de 2020, otimizando processos”, informa a Samarco.
O Concentrador 2, que está sendo reinaugurado, passou por aperfeiçoamento tecnológico, atividades eletromecânicas e de integridade estrutural, seguindo normas regulamentadoras de segurança, saúde e meio ambiente. A melhoria permite a ampliação da filtragem do minério e o aumento da produção. O Complexo de Germano também passa a contar com uma nova planta de filtragem de rejeitos para empilhamento a seco, estrutura que garante mais segurança e que permite que grande parte da água extraída seja reutilizada nas operações da empresa, reforçando práticas de sustentabilidade dos processos da Samarco. O trabalho para alcançar a nova capacidade produtiva requereu a mobilização de 3 mil pessoas, entre pessoal próprio e contratado, tendo sido dada prioridade a grupos minorizados e moradores da região. Hoje, como informa Vilela, a Samarco conta com um contingente de mais de 15 mil profissionais.
A expectativa da empresa, ainda conforme o dirigente, é que possa alcançar 100% de sua capacidade produtiva até 2028. Para essa fase, o projeto contempla o retorno da operação do Concentrador 1, em Germano, e das Usinas de Pelotização 1 e 2, em Ubu, além da construção de uma nova planta de filtragem em Minas Gerais.
Segundo o presidente da empresa, Rodrigo Vilela, um ponto importante é que a Samarco retoma sua capacidade com excelência na qualidade da operação. “Houve uma aderência muito grande ao planejamento mineiro, de produção, de entrega, de qualidade, o que nos posiciona de maneira muito favorável, tanto para o mercado como para nossos acionistas, porque estamos entregando o prometido e com bastante qualidade. São quatro anos em que consolidamos a capacidade da empresa de fazer as entregas operacionais, de custo e financeira muito robustas. Também tivemos um ano de excelentes resultados, inclusive superiores aos que foram previstos nos desenhos de projeto. E não tenho dúvida de que o responsável por isso é o planejamento adequado, a qualidade da operação, dos operadores, a motivação técnica, que é muito forte e que conseguimos preservar”, diz o dirigente.
Para o presidente da Samarco, a ampliação da capacidade produtiva representa, ainda, a continuidade de inovações que a empresa tem implantado, com o propósito de fazer uma mineração sustentável, citando como exemplo “o aumento da eficiência das plantas de beneficiamento do minério para reduzir a geração de rejeitos. Isso inclui ainda projetos para ampliação da utilização do rejeito arenoso, que hoje já é aplicado na fabricação de concreto, além do aproveitamento do ultrafino em pavimentações ecológicas”. Outra inovação diz respeito ao uso de bio-óleo nas usinas de pelotização no Espírito Santo, projeto pioneiro que está sendo desenvolvido para substituição gradual do gás natural na matriz energética da empresa, contribuindo para o processo de descarbonização do setor de mineração.
O executivo acrescenta que, além dos resultados da produção, houve expressivos avanços em termos de segurança, qualidade e meio ambiente. “Chegamos ao quarto ano com resultados extremamente sólidos, sem nenhum impacto ambiental em emissões, nenhum tipo de infração, o que também nos habilita na credibilidade com os órgãos reguladores. Do ponto de vista de segurança, estamos terminando o melhor ano, com taxas de frequência menores que 0,5, bem acima das melhores empresas do ICMM, que têm indicadores de 0,90”.
Vilela também ressalta o aspecto da responsabilidade social, afirmando que a área chegou ao nível de diretoria, com uma mulher (Rosane Santos) liderando o processo e ocupando o cargo de vice-presidente. “Sabemos que a licença social vai sair por entrega de valores, por isso implementamos programas de direitos”.
O processo de contratação de grande número de pessoas, segundo ele, foi uma oportunidade para a Samarco estar na comunidade e engajar instituições como universidades federais (no Espírito Santo e em Minas Gerais), Senai, Fiemg e FIES na formação de pessoas.
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