Produção de finos de minério chega a 315 milhões t

14/02/2022
Os volumes de vendas de finos e pelotas de minério de ferro totalizaram 309,8 milhões de toneladas em 2021.

 

A Vale produziu 315,6 milhões de toneladas métricas de finos de minério de ferro em 2021, 15,2 milhões de toneladas a mais quando comparada a 2020. Contribuíram para o crescimento a retomada de Serra Leste no fim de 2020; aumento da produção de produtos de alta sílica em Brucutu; melhor desempenho no Complexo de Itabira, apesar das restrições relacionadas à disposição de rejeitos; Timbopeba operando com seis linhas de beneficiamento desde março de 2021; retomada da produção via processamento a úmido em Fábrica, juntamente com a produção de produtos de alta sílica; e maior compra de terceiros. Segundo a mineradora, estas melhorias foram parcialmente compensadas pelo desempenho em S11D, principalmente impactado pela maior relação estéril/minério e menor produtividade da mina ao longo do ano, ocasionada pela maior incidência de jaspilito no corpo mineral; e disponibilidade de ROM em Mutuca, que está em processo de licenciamento.

A fim de melhorar o desempenho do S11D em direção a sua capacidade nominal, levando a uma produção de entre 80 e 85 milhões de toneladas em 2022, a Vale está instalando quatro britadores primários e quatro britadores móveis para processar jaspilito, que deverão estar em operação ainda no primeiro semestre do ano. Além disso, um novo britador será necessário para processar grandes blocos de estéril compacto, que restringirá a capacidade de produção em S11D em cerca de 5 milhões de toneladas anuais até estar operacional em 2025.

A Vale encerrou 2021 com cerca de 340 Mtpa de capacidade de produção de minério de ferro e espera atingir 370 Mtpa até o fim de 2022, após o ramp-up das plantas de filtragem de rejeitos em Itabira e Brucutu e de suas respectivas adições de capacidade de disposição de rejeitos (barragens Itabiruçu e Torto) no segundo semestre do ano. Todas as operações em Minas Gerais afetadas pelas fortes chuvas do início de 2022 já retomaram suas atividades regulares após o restabelecimento de condições de segurança adequadas.

A produção de pelotas da Vale totalizou 31,7 milhões de toneladas em 2021, 2,0 milhões acima de 2020, em razão da retomada da planta de pelotização de Vargem Grande em janeiro, mas ainda restrita pela disponibilidade de pellet feed em Itabira e Brucutu, que irá aumentar gradualmente no final de 2022, após o start-up da barragem Torto e as obras de alteamento na barragem Itabiruçu.

Os volumes de vendas de finos e pelotas de minério de ferro totalizaram 309,8 milhões de toneladas em 2021, 23,7 milhões a mais que em 2020 e em linha com a produção de 2021.

A produção de níquel acabado foi de 168,0 mil t em 2021, 15,7 mil t abaixo de 2020, principalmente explicado pela interrupção do trabalho em Sudbury.

A produção de cobre somou 296,8 mil t em 2021, 63,3 mil t a menos que 2020, principalmente pela paralisação em Sudbury.

Os principais fatores que impulsionaram a produção e as vendas da Vale em 2021 foram o aumento da produção de minério de ferro (5% a.a.) e vendas (9% a.a.) impulsionadas pelo crescimento nas operações de Minas Gerais (17% a.a.), sendo parcialmente compensadas pelo desempenho mais fraco em S11D (-11% a.a.); o cenário favorável de preços de mercado (47% a.a.); a greve em Sudbury, que interrompeu por 70 dias as operações por 70 dias e ocasionou uma queda de 9% na produção de níquel e 18% na produção de cobre e o melhor desempenho da produção de carvão em Moatize (45% a.a.) juntamente com a assinatura de um acordo vinculativo para vender o ativo.