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Mais do que nunca, é preciso estar aberto ao diálogo

20/08/2021
Último dia do evento abordou melhores práticas do ESG, como praticar a "boa mineração", e como anda a comunicação do setor mineral.

 

O último dia do 6°Mineração&XComunidades teve a apresentação inicial de Eduardo Leão e Carlos Venicius Natividade, coordenador de Projetos e CEO da Integratio, respectivamente, que abordaram “As melhores práticas do ESG”. Leão ressaltou ser muito importante humanizar as atividades, enquanto Natividade comentou que é preciso ter um programa de inclusão social para abranger e cuidar do empregado na questão do ESG. 

Em relação às boas práticas de relacionamento entre mineração e comunidades, Leão citou a importância das comunidades poderem acompanhar a evolução do setor mineral, já que ele é cada vez mais tecnológico. Mesmo assim, cresce a cada ano a preocupação com as melhores práticas de ESG. “A gestão do social é constatar como está a relação com a sociedade, já que é um relacionamento de confiança, onde se deve criar este vínculo, e a questão do empregado está intimamente ligada. Ele geralmente mora, é vizinho da nossa empresa”. Natividade completou dizendo que a comunidade, o respeito aos trabalhadores é fundamental. “Se estamos numa cadeia ESG, temos que praticar a diversidade, inclusão de gênero e raças, entre outros aspectos que vêm de encontro ao social”. 

As emergências climáticas impulsionaram a implementação do ESG nas empresas, visando um mundo com carbono neutro e o atendimento aos 17 ODS da ONU. Leão disse que a falta de licença social e ambiental emperram qualquer projeto, sendo que o aspecto social principalmente. Ele relata que é necessário o relacionamento com os territórios, com consultas públicas, em busca de uma construção de uma sociedade melhor, e não apenas para o empreendimento, mas num âmbito geral. 

O principal desafio das mineradoras é a obtenção da licença social. “Temos que nos preocupar com o pós-mineração, mas a atividade não pode ser a principal arrecadação do local, pois a diversificação é melhor para qualquer lugar”. Natividade disse que muitas vezes a empresa tem projetos que ela acha que a comunidade necessita quando o que ocorre é exatamente o contrário. Não há como trazer projetos aplicados em comunidades de outros países para aplicá-las no Brasil, já que as demandas são diferentes. “Temos que trabalhar a conscientização ambiental na comunidade, mesmo em áreas hostis, e não fazer dessa troca um escambo, mas tratar como parte da evolução da comunidade e o legado que a mineração vai deixar no território”. 

Sobre o Selo Pró-Ética, Natividade comentou que empresas divididas em algumas áreas ganham o selo, pois elas se comprometem com os aspectos ESG, ética, transparência e responsabilidade social. (Amil, Banco do Brasil, Sabesp, CPFL entre outras). “A classificação é feita pelo SASB e para a empresa ganhar o selo “B”, ser classificada como uma companhia “B”, tem que seguir algumas orientações de meio ambiente, liderança e governança, capital social, capital humano e modelo de Negócios & Inovação”, concluiu Carlos Venicius. 

Na sequência, Maria Amélia Enriquez, economista, professora e pesquisadora da UFPA, membro do Conselho Consultivo da Brasil Mineral e autora do livro “Mineração: Maldição ou Dádiva?”, fez uma palestra sobre o tema “O que é uma boa mineração”? A professora começou a apresentação dizendo que a boa mineração se faz com comportamento, ética, transparência, e não apenas com a parte de operação. Maria Amélia mostrou o estudo “Os Desafios para Empreender a Boa Mineração” e comentou que a mineração tem diferentes perspectivas – a ótica da mineradora que chega ao território, dos moradores da comunidade e da gestão pública. Seguiu dizendo que todas as etapas da pesquisa mineral impactam no uso ou alteração do território, e indaga: mas como a mineração vai gerenciar esse tipo de atividade? “Na implantação de um projeto haverá os benefícios econômicos para o município minerador, com a prestação de serviços e compensações financeiras. Dependendo da etapa da mineração, há diferentes atores envolvidos, e temos que avaliar o antes e o depois da lavra, com diferentes olhares e perspectivas”. 

E, segundo Maria Amélia, esse é o principal desafio para o mundo corporativo – que inclui a mineração - pois estes trabalham com processos padronizados, referências, benchmark e outros fatores. “Porém, a boa prática da mineração dependerá da troca realizada entre a empresa, a comunidade local e gestão pública, com o objetivo de compor a visão de desenvolvimento para a mineração deixar benefícios de longo prazo junto ao território”. No Brasil, Maria Amélia explica que a mineração impacta muito as cidades com a compensação financeira pela exploração mineral – os municípios impactados chegam a receber até 70% de compensação financeira pelo fato da atividade de mineração estar sendo realizada no local. 

O caminho para as boas práticas da mineração também passa pelo diferentes níveis de Governo. Para a Nação, o objetivo é evitar a maldição dos recursos ou a doença holandesa, além de diversificação produtiva a partir de produtos da mineração; para os estados, o principal é a diversificação de produtos, ampliação da rede de fornecedores e uso sustentável da renda mineral, enquanto os municípios visam a gestão eficiente da renda mineral e, o fundamental, evitar a mineral dependência. Já as comunidades estão em busca da geração de valor autêntico, evitar danos ambientais irreversíveis e maximizar valor ao local. “Independente do nível de Governo, é preciso verificar que a boa prática tem a ver com decisões complexas que extrapolam a competência exclusiva de um só Ente, além de entender o contexto da região, a trajetória cultural e social da região e isso requer capacitação. O terceiro ponto é o papel estruturante de PPPs para benefícios de longo prazo. Desde o início a mineração tem que estar aberta ao diálogo estruturante entre as partes para trazer benefícios à comunidade. E, por último, a academia, que vai trazer inovações e o desenvolvimento é duradouro quando são feitas as inovações”. 

Maria Amélia comentou também sobre a necessidade de desenvolver a mineração sustentável no município em cinco áreas por meio de PPPs  - pensar na Governança pública onde está acontecendo o projeto, porque parte da ideia de estabilizar as receitas públicas municipal; Como dar eficiência à gestão pública; Como planejar e criar oportunidades para empresas locais participarem da cadeia de valor; e Como a mineração pode impactar positivamente os 17 ODS. “E como estabilizar receitas e despesas públicas em todo o ciclo mineral”? Maria Amélia responde que é preciso evitar o “efeito gangorra” na receita pública – com a oscilação da participação da CFEM - , e propõe Fundos de Estabilização para desenvolvimento dos municípios, fortalecimento da Governança pública para utilizar a renda mineral em prol do desenvolvimento sustentável, melhoraria da governança pública integrando aqueles que fazem a ponte entre as partes para a criação de projetos de sinergias para todos, além de criar oportunidades para empresas locais participarem da cadeia de valor. “Quanto maior a boa prática entre empresa e território, maiores os benefícios duradouros”. 

A pesquisadora encerrou a apresentação dizendo que o setor mineral atualmente enfrenta um dilema, onde a grande mineradora tem que escolher entre dar bons resultados aos stakeholders ou inovar na sustentabilidade, nos conceitos ESG, já que há uma exigência cada vez maior com a preservação do meio ambiente, uso consciente da água, do solo e mitigar ao máximo os impactos. “Nem sempre as boas práticas da mineração são universalizadas. É preciso ouvir o que cada comunidade quer melhorar no seu dia a dia”. 

Comunicação com as comunidades 

O painel do último dia do evento tratou o tema “Como a mineração está se comunicando com as comunidades onde as empresas operam e com a sociedade em geral?” Participaram do painel Paulo Henrique Soares, Diretor de Comunicação do IBRAM, Othon de Villefort Maia, gerente sênior de Comunicação e Relações Institucionais da AngloGold Ashanti, Silvio Lima, diretor de Assuntos Corporativos, Pessoas e SSMA, do grupo Appian Brazil, Lucila Ribeiro, gerente geral de Relações Institucionais e Comunicação da Nexa Resources e Raimundo Rocha, diretor-geral do portal Brasil 61. O painel teve a moderação de Francisco Alves, diretor Editorial da Brasil Mineral 

Paulo Soares, do IBRAM, foi o primeiro a responder o questionamento do painel e disse que não conhece nenhum setor do qual a imprensa tenha boa percepção. Para ele, a reputação do setor melhorou mesmo com dois eventos complexos (Mariana e Brumadinho) e houve um trabalho na resolução destes acidentes de ordens operacionais, mas que impactam a comunicação. “A liderança das comunidades aonde nós operamos tem uma percepção de que o setor é fraco, mas conhecemos os nossos gargalos e sabemos que temos que melhorar e isto só pode ser revertido com muito diálogo”. 

Soares disse ainda que não há um conflito instaurado, mas não há como ter uma operação se não houver trabalho de relacionamento com as comunidades, por isso é importante este entendimento. “Precisamos dialogar as contrapartidas visando um processo de melhoria, no qual a nossa presença em municípios remotos traz novos desafios, como a ausência das atividades básicas do governo local em prover aquela comunidade. Tem muitas pessoas com carência de serviços obrigatoriamente públicos”. 

A questão de poder é complexa e há uma influência econômica, mas o diálogo, a presença, a troca entre as partes, é fundamental para o empoderamento das comunidades e são necessários para o empreendimento mineral, diz Paulo Henrique. 

Silvio Lima, da Appian Brazil, diz que é uma pergunta complexa e buscou uma ótica reflexiva/filosófica para responder. Para ele, o primeiro elemento complexo para responder é o que é comunicação: é o trabalho da Diretoria (Gerência de Comunicação, Gerência com Comunidades, Relações Institucionais, RH)? “Na nossa visão, a comunicação é um processo de construção de relacionamento da empresa direto com os stakeholders”. Lima disse que na mineração o objetivo final da comunicação não é a promoção das commodities, mas sim a construção de um ambiente estável da companhia com os vários stakeholders. Segundo Silvio, o ambiente estável é aquele que suporta crises, momentos ruins, mas que existe confiança mútua, que quando há boatos, notas contra a empresa, as pessoas procuram a empresa ao invés de acreditar em boatos. 

Mas como se mede o processo de comunicação?, indagou o diretor de Assuntos Corporativos da Appian Brazil. Ele explica que para avaliarmos a eficiência da comunicação podemos verificar a pesquisa de reputação do setor, que é um único indicador, mas não um elemento de medição de fato. “É difícil estabelecer a relação de causa/efeito entre comunicação e agregados. O importante é que existe muito mais empatia das comunidades em relação às mineradoras, e este relacionamento está melhor do que já foi no passado”. Para Silvio, as dificuldades que permanecem nos processos de comunicação não têm nada a ver com os profissionais de comunicação, mas há tabus para tratarmos que geram alguma dificuldade no relacionamento, como conseguir incorporar as informações do processo de decisão e a construção de relacionamento, que passa por todas as áreas. “É um caminho longo e temos que ficar sempre inquietos e na busca por melhorias”.

A terceira participante do painel, Lucila Ribeiro, da Nexa Resources, comentou que a comunicação está evoluindo positivamente, mas como setor ainda se tem muito mais a progredir. Para ela, a comunicação expressa a cultura organizacional das mineradoras e a comunicação com as comunidades tem avançado. 

“A comunicação busca um bom relacionamento com as comunidades para operar e funcionando como escuta, transparência para esse relacionamento ser mais claro. Precisamos ter agenda contínua de conversas, uma frequência e estar dispostos a ouvir e falar sobre os nossos desafios, dificuldades e situações complexas que estejam ocorrendo nas comunidades”. 

Lucila destaca o interesse das empresas e diz que não basta apenas comunicar o mais relevante com as pessoas, mas o que a comunidade considera, de fato, primordial para que não haja ruído na comunicação entre as partes. “É preciso que a comunicação gere eco, interação que as pessoas da comunidade a compreendam”. Outro ponto destacado por ela é a comunicação inclusiva, de incluir a comunidade nas histórias. “Temos que parar de falar da empresa e dizer o quanto colaboramos com as comunidades. No caso de Aripuanã, a comunicação foca no individuo da comunidade, que posteriormente trabalha na Nexa”. 

Lucila abordou também a comunicação dirigida. Deve-se falar com cada stakeholder da forma que ele entenda o que é o mais adequado, como a comunidade funciona. “Tem territórios em que funcionam o rádio e whatsapp. A estratégia multicanal (o que é mais interessante para o interlocutor) é necessária para que a empresa entenda as pessoas. Precisamos evoluir no processo de comunicação por meio das ferramentas fornecidas pela tecnologia”, completa Lucila. 

Segundo, cabe ao setor olhar mais, ver outros setores e dentro de um processo de humildade ver como podemos evoluir. “Precisamos nos conectar com causas, com ESG, na ajuda no combate contra a COVID-19, e nos darmos conta das causas enfrentadas pelas comunidades”. 

Othon Maia, da AngloGold Ashanti, analisou a questão sobre alguns parâmetros, como a transformação do ambiente de negócios, independente da mineração pois estamos num processo de transformação de posicionamento e forma. Para ele, trata-se de “como as empresas podem repensar o papel e como entender o processo de informação da sociedade atual. Nunca se teve tanto acesso à informação. Estamos na era de excessos de estímulos, e como gerar credibilidade, gerar sentido correto para diferentes públicos”. 

Ele lembra que a mineração passou por dois eventos (barragens) e é nítido que houve um crescimento dos programas de interação das empresas com as comunidades. Entretanto, as expectativas também crescem com o maior relacionamento, já que a comunidade espera uma comunicação melhor e maior com a empresa. “A pandemia nos fez perder as reuniões públicas, programas de visitas, interação de campo reduzido, evita-se papel, tudo foi digitalizado na Anglo. Esta é a forma como o processo acontece. Por exemplo, tudo foi repensado para o formato remoto e temos taxas de presença maior que as anteriores, maior predominância de rádio, whatsapp, carro de som para disseminar informações, além de programas de educação ambiental”. 

Como primeira oportunidade de dar contribuição social recorde, Othon destacou o principal resultado de imagem da empresa em relação às comunidades. “Daqui para frente essas transformações não vão desacelerar, só tendem a crescer. A expectativa deve aumentar o papel das empresas que operam nas cidades, regiões, já que tudo demandará aceleração das empresas em gerar valor para as comunidades. Como seremos parceiros de valor dessas comunidades? Temos que ter mais proximidade, mais humildade, em uma divisão de decisões, de compartilhamento”. 

O último participante foi Raimundo Rocha, do Brasil 61, portal que nasceu de um projeto que evoluiu de um trabalho de agência de notícias para rádios e ao longo dos últimos anos adotou a estratégia de comunicação para a mídia online (seis mil veículos recebem o conteúdo). “Nosso trabalho é influenciar comunicadores por meio da geração de conteúdo e distribuição de conteúdo por meio de clientes e parceiros. Firmamos parceria recente com a Brasil Mineral para a mineração ter mais espaço, pois o setor tem produzido pouco e hoje nosso objetivo é criar um ambiente favorável á mineração”. 

Segundo Rocha, há uma prática comum de gerar conteúdo para atingir o máximo possível no Brasil. Porém, sabemos que a comunicação eficiente é a particularizada, que melhor atinge o interlocutor. Se não nos atentarmos às particularidades, ao público com o qual você se relaciona, a comunicação particularizada fica prejudicada. É necessário identificar o seu interlocutor e que ele se sinta representado. É o que se busca com a parceria. “A empresa precisa identificar os pontos prioritários. Há uma grande diferença em relação ao tamanho das empresas – capacidade de planejamento, equipes, recursos financeiros - as médias e pequenas não planejam a comunicação e há necessidade de um plano de comunicação e que seja colocado em prática no planejamento da companhia. Ela precisa chegar junto com o geólogo, técnico, engenheiros e ter continuidade”. 

Para o jornalista, as empresas deixam para comunicar com seus interlocutores e perdem espaço para atores da sociedade que têm resistência ideológica, política. É importante a empresa planejar a sua comunicação. Nos últimos anos, a mineração melhorou sua comunicação, seu relacionamento e muitas localidades já estão recebendo as equipes de trabalho, com as empresas circulando novamente (referindo-se ao ambiente de pandemia).  

Na sequência de debates, Paulo Henrique Soares, indagado sobre os conflitos, disse que não se pode ver o conflito como algo negativo, mas é preciso ter o espaço para dialogar. “Temos que respeitar que outras visões são tão importantes quanto as nossas. Ao invés de buscar apoiadores, por que não procurar algo comum entre as partes? Mesmo que este parceiro não esteja do mesmo lado, não podemos fazer pré-julgamentos, mas chegar a soluções”. 

Já Silvio Lima disse que existe um conjunto de pessoas com visão, perfil sobre a mineração e há outro conjunto de stakeholders que têm mais clareza sobre a relevância de projetos minerais na região e enxergam os benefícios para a comunidade, entendendo a importância da mineração. “Outro ponto é ir às comunidades e conversar com as pessoas, ver como elas se sentem, sentir o feedback”. 

Lucila Ribeiro disse que confiança é fundamental para o processo de comunicação. O primeiro degrau de comunicação é ter conhecimento, o segundo a confiança e o terceiro a reputação, a admiração. “A comunicação é uma ferramenta para obter a Licença Social, mas também funciona como termômetro para ouvir as comunidades e ajustar iniciativas que a empresa esteja planejando para aquela comunidade. É necessário ouvir ambas as partes e  ajustar-se quando necessário”. 

Paulo Henrique Soares comentou a pesquisa feita sobre a confiabilidade do setor mineral. Segundo o representante do IBRAM, 41% apoiam o setor, 45% são neutros e 13% são contra o setor. “Em comunicação não tem “achismo”, tem a necessidade da pesquisa. O levantamento de 2021 também mediu a reputação do setor em relação às pessoas que moram ou já moraram perto de empreendimentos de mineração. A reputação para quem mora perto de mineração foi sete vezes maior do que os que não habitam uma comunidade. 63% são favoráveis à expansão e há um apoio da sociedade e poderia ser melhor. Temos problemas com grupos específicos, mas podemos evoluir”. 

Othon Maia abordou a credibilidade no setor. “Temos que ter mais credibilidade e isto se consegue com uma sequencia de ações de relacionamento. O universo da relação significa ter consistência das ações e isto requer tempo e envolvimento de todas as empresas. Em uma empresa com 30 mil pessoas, como fazer isto? É um desafio de transformar empregados e gestores que compõem a organização”. 

Respondendo sobre a estrutura da Comunicação dentro das empresas do setor, os participantes avaliaram a situação da parte comunicativa. Raimundo disse que as empresas precisam ser mais abertas e particularmente as pequenas e médias empresas. “Os conflitos que verificamos são nestas empresas, pois não há uma melhoria geral se não tiver trabalho conjunto”. 

Othon Maia disse que a sociedade não vai demandar menos do que imperou nas décadas passadas. Só aumentará a transparência, ética, ESG, as preocupações socioambientais, que são premissas e as empresas que não entenderam estarão fora do mercado. 

Para Lucila Ribeiro, o importante é seguir no processo de evolução, mencionando que todo o processo da pandemia ajudou a aumentar a comunicação entre stakeholders e comunidades. “A comunicação expressa a realidade de uma empresa e temos o dever de mostrar as boas práticas. Podemos funcionar como elemento de transformação e oxigenação para empresas trazendo os pontos relevantes das comunidades”. Já Silvio Lima comentou que, além de valorizar a área de comunicação, é necessário valorizar a arte e a ciência da comunicação. Todos são comunicadores. “O elemento fundamental é reconhecer as vulnerabilidades de forma natural. É multiplicação de forças e não sinônimo de fraqueza”. 

Por fim, Paulo Henrique Soares disse acreditar que o setor não está tão mal na área de comunicação quanto se imaginava, mas admitiu que é preciso melhorar para transformar o processo de comunicação junto às comunidades. 

O 6° Mineração&XComunidades contou com o patrocínio Ouro da Appian Capital Brazil, Nexa Resources e Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), patrocínio Prata da Anglo American, Largo Resources, BAMIN, Buritirama Mineração, Mineração Caraiba e Mineração Rio do Norte- MRN e Aura Minerals e o patrocínio Cobre da AngloGold Ashanti, Bemisa, Kinross e Ramboll, além da coordenação técnica e apoio da Integratio.

Acompanhe a íntegra das discussões abaixo:

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