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Lucro líquido em 2021 alcança US$ 22,4 bilhões

25/02/2022
A Vale também anunciou que investirá, em 2022, um total de US$ 5,8 bilhões, um aumento de US$ 600 milhões em relação ao que foi investido em 2021.

 

A Vale registrou um Ebitda ajustado de US$ 33,8 bilhões em 2021, ou US$ 11,8 bilhões a mais do que o resultado apresentado em 2020. O aumento, segundo a empresa, foi motivado principalmente pelos maiores preços dos minerais ferrosos e cobre. O lucro líquido da companhia, por sua vez, alcançou US$ 22,4 bilhões, o que significa um aumento de US$ 17,6 bilhões em relação ao ano passado. 

A empresa também anunciou que distribuirá mais US$ 3,5 bilhões em dividendos, que se somarão aos US$ 13,5 bilhões distribuídos em 2021 como na forma de dividendos e juros sobre capital relativos ao exercício de 2020. O pagamento será feito em março de 2022. 

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, comemorou o desempenho da companhia em 2021. “Em um ano ainda marcado pelos persistentes efeitos da pandemia de Covid-19 e volatilidade dos mercados, fomos capazes de atingir significantes marcos na criação de valor sustentável a nossos stakeholders. Em linha com nosso novo pacto com a sociedade, avançamos na reparação de Brumadinho e Mariana e reforçamos nosso apoio à luta contra a pandemia. Também anunciamos nossos investimentos em redução de emissões e definimos nossa ambição social de criar um legado de educação, saúde e renda nas comunidades em que operamos. Estamos trabalhando de forma mais segura através da implementação do VPS, do descomissionamento de nossas barragens a montante e o alinhamento com os padrões do GISTM. Estamos também recuperando nossa capacidade de produção em minério de ferro e metais básicos, estabelecendo as fundações para criar e distribuir valor de forma consistente”, afirmou o executivo. 

A Vale também anunciou que investirá, em 2022, um total de US$ 5,8 bilhões, um aumento de US$ 600 milhões em relação ao que foi investido em 2021. 

Investimentos de US$ 5,8 bilhões 

 De acordo com a Vale, as perspectivas para o minério de ferro, seu principal produto, “continuam positivas, dada a recuperação da economia global impulsionada pelo progresso da vacinação e pelos impactos menos prejudiciais das novas variantes, levando à uma maior abertura das economias”. A empresa acredita que a produção mundial de aço crescerá ligeiramente em 2022, “à medida que a economia global for fortalecida pela redução dos gargalos nas cadeias de abastecimento, pela permanência da demanda reprimida nos últimos anos e pelo aumento da confiança dos negócios e dos consumidores”. 

A Vale pondera, no entanto, que o aumento da inflação e a desaceleração na China são fatores que podem contrabalançar e aumentar o risco para a dinâmica de recuperação. “Quanto à ex-China, as perspectivas continuam positivas, pois os fabricantes esperam que o impacto da pandemia diminua e desencadeie uma recuperação sustentada na demanda e em suas cadeias de fornecimento, especialmente à medida que o fornecimento de semicondutores se recupera, com os setores de construção civil e automotivo apoiando uma maior recuperação da produção de aço. A longo prazo, a transição para uma economia mais verde exigirá o consumo de produtos de minério de ferro de alta qualidade para garantir a redução de emissões”.

A companhia também vê boas perspectivas para o níquel, tendo em vista a forte demanda no setor de veículos elétricos com a prevalência de baterias ricas em níquel. “Além disso, como os países continuam a estabelecer metas agressivas de descarbonização, o crescimento do EV e a infraestrutura necessária para apoiá-las são cruciais. Espera-se que os mercados anteriormente fortemente afetados pela pandemia, como o aeroespacial, melhorem com o sucesso do lançamento global da vacina COVID-19, enquanto a escassez de energia na Europa e na China está aumentando a pressão sobre uma mudança rápida para a energia renovável. A longo prazo, a busca global de emissões net-zero deverá ter um impacto positivo na demanda de níquel nos mercados de aço inoxidável, aeroespacial, automotivo e energético”.

No caso do cobre, embora se espere que o mercado se equilibre em curto prazo e que haja um ligeiro excedente à medida que os projetos entrem em operação, em médio prazo a transição acelerada para uma energia sustentável com uso intensivo de cobre irá apoiar a demanda de metal. “O cobre tem um sólido perfil de crescimento a longo prazo, impulsionado pela industrialização, construção civil e construção da infraestrutura da rede elétrica. Os governos globais estabeleceram metas ambiciosas de descarbonização que, juntamente com a queda dos custos de energia renovável e os investimentos de estímulo na economia verde, serão cruciais para usos mais intensivos de cobre em projetos de energia renovável e de transporte relacionados a VEs. Além disso, o alumínio, um dos poucos substitutos potenciais em várias aplicações de cobre, registrou um dos maiores aumentos de preços no complexo de metais básicos em 2021, após o aumento dos preços da eletricidade e os resultantes cortes de energia nas fundições. Caso o alumínio mantenha os níveis atuais, há um menor incentivo para se afastar do cobre. No lado da oferta, o crescimento continua a lutar devido ao declínio dos teores de minérios e à falta de descobertas significativas. A médio e longo prazo, são necessários significativamente mais ativos para substituir as operações existentes em ramp down ou fechamento. Custos mais altos poderiam adiar o investimento, considerando potenciais aumentos de impostos ou royalties, restrições logísticas e menores teores de minério, adicionando risco ao crescimento do fornecimento com prazos mais longos a partir de projetos-chave greenfield”.  

A companhia anunciou que pretende investir um total de US$ 5,8 bilhões em 2022, ou US$ 600 milhões a mais do que foi investido em 2021.