Lucro líquido da Ferbasa cresce 82% no trimestre
A Ferbasa registrou Ebitda ajustado de R$ 127,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, ou 27,7% a mais do que no trimestre anterior, enquanto o lucro líquido consolidado alcançou R$ 103,6 milhões e cresceu 82,4% no trimestre. Já a receita líquida consolidada do trimestre totalizou R$ 597,7 milhões e avançou 14,5% em relação ao segundo trimestre de 2024, resultado da combinação entre o aumento de 7,7% no volume de vendas (68,3 mil toneladas), valorização de 7,2% no dólar médio praticado e a estabilidade (- 0,8%) no preço médio de venda das ferroligas em dólar. O incremento de 7,7% na venda de ferroligas no terceiro trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, é reflexo da alta de 26,5% no MI derivada dos aumentos de 25,6% nas vendas das ligas de cromo e de 30,7% nas de silício; Redução de 8,6% no ME decorrente da redução na demanda por ligas de cromo na China e da intensificação dos desafios logísticos, como limitação de navios e containers, além de maiores custos com frete.
A produção somou 76,3 mil toneladas no trimestre, um aumento de 2,1% sobre o segundo trimestre de 2024, o que representou 12,6% superior nas ligas de silício e redução de 3,1% nas ligas de cromo. A produção de FeSi HP cresceu 3,5% no trimestre e alcançou 38,4% do total de ligas de silício produzidas.
No terceiro trimestre de 2024, o CAPEX atingiu R$ 107,4 milhões e avançou 49,2%, enquanto a distribuição de proventos somou R$ 18,0 milhões, na forma de JCP, em setembro 2024. O consumo de caixa da Ferbasa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras totalizou R$ 105,6 milhões nos nove meses iniciais de 2024, finalizando o período com uma reserva financeira consolidada de R$ 1,067 bilhão. Deduzindo-se o endividamento consolidado de R$ 308,3 milhões, a posição de caixa líquido foi de R$ 758,7 milhões no trimestre ante R$ 897,6 milhões no final do último trimestre de 2023, enquanto a geração líquida de energia nos parques da BW Guirapá foi de 66,6 MW médios no terceiro trimestre de 2024, patamar 18,6% inferior ao verificado um ano antes e 29,2% abaixo dos 94 MW médios contratados para o trimestre. O efeito climático foi o principal motivador, sendo responsável pela redução de 23,2 MW médios da geração bruta esperada, consequência das condições meteorológicas adversas no Centro-Sul do Brasil e no Atlântico, que impactaram a qualidade dos ventos no terceiro trimestre.