Logística ajuda BAMIN com produção de Caetité

13/07/2021
O empreendimento é fundamental para a mineradora, mas também para o agronegócio, além de outras cadeias produtivas.

 

O projeto integrado da BAMIN com a Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL), Mina Pedra de Ferro e Porto Sul, em construção em Ilhéus (BA), são impulsionados pela alta do preço do minério de ferro no mercado internacional. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o estado da Bahia deve receber investimentos em torno de R$ 70 bilhões em pelo menos 28 municípios, até 2025, o que o coloca o estado nordestino na terceira posição nacional de produção. 

A BAMIN explora minério de ferro em Caetité e produzirá 1 milhão de t/ano em 2021, dois milhões de toneladas anuais no próximo ano e irá atingir os 18 milhões de toneladas por ano em cinco anos. “É, sem dúvida, um momento muito promissor. Com a FIOL e o Porto Sul, toda a cadeia produtiva ganhará a tão necessária integração logística. O estado da Bahia está vencendo desafios e vai contar definitivamente com uma condição privilegiada para fortalecer o comércio exterior”, afirmou Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN. 

O Porto Sul concluído terá capacidade de até 42 milhões de toneladas anuais, local por onde a BAMIN exportará a sua produção para o mercado externo, disponibilizando 50% da capacidade total do porto também para outras cargas (grãos, fertilizantes e outros minérios). O terminal, em construção, em Ilhéus, deve se tornar o primeiro do Nordeste a receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas e está previsto para entrar em operação até 2026, no mesmo período em que a FIOL entrará em operação. Juntos, o Porto Sul e a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, têm a estimativa de criar 55 mil empregos diretos e indiretos e promover geração de renda durante a implantação do projeto. “O principal fator é a logística. Para a exploração de minério de ferro, é imprescindível que exista uma malha ferroviária que vá da região onde está a jazida até um porto para escoamento”, afirma Antônio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). 

O Trecho 1 do FIOL, quando estiver finalizada, permitirá o escoamento de 60 milhões de toneladas de cargas por ano. A malha ferroviária foi arrematada em leilão realizado pelo Governo pela BAMIN em abril de 2021. O FIOL é fruto de um projeto amadurecido em dez anos. A obra será entregue ao mercado com todos os requisitos de viabilidade, modernidade e sustentabilidade. O empreendimento é fundamental para a mineradora, que possui a mina Pedra de Ferro, em Caetité, provendo a logística necessária até o Porto Sul, mas também para o agronegócio, além de outras cadeias produtivas. “Fazemos parte do Grupo ERG (Eurasian Resources Group) que está investindo há 16 anos, sempre acreditando na Bahia e no Brasil. O ERG é um importante player mundial na mineração, com produção em diversas commodities minerais e em logística. É o maior operador de transportes da Ásia Central, possuindo ampla experiência em ferrovias. Essa expertise está sendo de grande importância para este novo segmento que estamos iniciando agora, com a FIOL, no Brasil”, disse Ledsham.

Ele acrescentou que o minério de ferro da BAMIN tem uma qualidade premium, ou seja, obtém a cotação máxima da commodity no mercado global. Por sua qualidade, o minério permite a redução de emissões de CO2 no processo de siderurgia, o que eleva a performance da indústria. O minério premium tem elevado grau de pureza e o processo de beneficiamento demanda menor volume de água e energia. Na mina, mais de 90% da água empregada no processo pode ser reutilizada, em mais uma prática sustentável.