Início das obras da primeira planta da Tecnored

05/04/2022
A Vale informa que a unidade terá capacidade inicial de produzir 250 mil toneladas por ano de ferro gusa verde.

 

Um evento realizado hoje pela Vale, juntamente com o governo do Pará, marcou o início das obras de implantação da primeira planta comercial da Tecnored, em Marabá (PA), um importante passo para apresentar à cadeia siderurgia uma solução tecnológica viável para os investimentos da mineradora em descarbonização.

Segundo a Vale, a tecnologia Tecnored é inovadora no mercado e permite produzir o chamado ferro gusa verde, a partir da substituição de carvão metalúrgico por biomassa, reduzindo assim as emissões de carbono em até 100%, sendo um passo importante na contribuição com a descarbonização da siderurgia.

“A implantação da Tecnored representa um passo importante na transformação da mineração, contribuindo para tornar a cadeia do processo cada vez mais sustentável. O projeto Tecnored é de grande importância para a Vale e para a região e trará ganhos de competitividade, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento para a região”, afirma o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. A Tecnored, subsidiária 100% controlada pela Vale, desenvolveu um processo de produção de ferro-gusa de baixo carbono por meio do uso de fontes de energia, como biomassa, gás de síntese e hidrogênio, que emitem menos CO2 que os processos tradicionais de fabricação de ferro gusa, como o carvão e o coque.

A Vale informa que a unidade terá capacidade inicial de produzir 250 mil toneladas por ano de ferro gusa verde, podendo chegar, no futuro, a 500 mil toneladas por ano. O start-up está previsto para 2025 com investimento estimado em aproximadamente R$ 1,6 bilhão. Em função do menor número de etapas, como a ausência da sinterização e coqueficação, estima-se que a tecnologia Tecnored possui investimento e custo operacional 10 a 15% inferior à rota tradicional de produção via alto-forno.

A planta comercial da Tecnored em Marabá faz parte do esforço da Vale de desenvolver novas tecnologias e oferecer a seus clientes siderúrgicos soluções tecnológicas para ajudar nos seus investimentos para descarbonização de seus processos produtivos. Isso contribuirá para alcançar o compromisso da Vale de reduzir 15% das emissões líquidas de Escopo 3 até 2035. Além disso, a Vale busca reduzir suas emissões absolutas de Escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o caminho em direção à mineração sustentável.