Encontro revela grande potencial para polimetálicos

20/07/2022
Projetos estão sendo implantados devido ao grande potencial geológico na província mineral de Alta floresta/Juruena-Teles Pires.

 

O estado de Mato Grosso, que em 2021 registrou uma produção de R$ 6,2 bilhões, deverá aumentar sua participação na produção no País, tendo em vista os projetos que estão sendo implantados e o grande potencial geológico na província mineral de Alta floresta/Juruena-Teles Pires. 

Foi o que ficou evidente no primeiro dia do 3º. Seminário da Mineração do Norte de Mato Grosso, que acontece até 20 de julho, na cidade de Guarantã do Norte (MT). Organizado pela Fecomin (Federação das Cooperativas Minerais de Mato Grosso) e pela Metamat, o evento contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Guarantã, Cetem, ANM, SGB-CPRM, Brasil Mineral e outras entidades, além do patrocínio de empresas como PA Gold, Fides Mining, Bemisa, ASI e Amazon Log. 

Na abertura, o diretor da ANM, Guilherme Santana Gomes disse que está positivamente impressionado com a redução de conflitos entre empresas e garimpos em Mato Grosso e prometeu delegar para a gerência regional da ANM a concessão de PLGs (Portarias de Lavra Garimpeira) e que também a concessão de Portaria de Lavra para minerais como argila e areia. Ele também anunciou que brevemente a Agência vai lançar um edital de disponibilidade de áreas somente para PLGs. 

O presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, afirmou que o órgão está ampliando as bases no estado de Mato Grosso, criando um núcleo em Cuiabá que depois vai se transformar em superintendência regional. Enfatizando que a disponibilização de conhecimento geológico é um fator decisivo para atração de investimentos no setor, Colnago disse que o SGB-CPRM está trabalhando no sentido de amplia os levantamentos no estado nas escalas 1:100.000 e 1:50.000. Para ele, uma prova do potencial do estado de Mato Grosso é que mais de 900 áreas foram requeridas nos últimos 3 anos, principalmente na província mineral de Alta Floresta/Juruena-Teles Pires, que além de se mostrar profícua em minério aurífero, agora se mostra também para polimetálicos (cobre, zinco, chumbo e prata). Por fim, ele propôs que se adote o extensionismo mineral, especialmente para os pequenos e médios produtores. 

Já o presidente da Fecomin, Gilson Camboim, disse que um dos principais objetivos do evento é realçar as boas práticas do setor, com respeito ao meio ambiente e pregou a união entre pequenos, médios e grandes produtores de bens minerais, lembrando que as cooperativas de pequenos produtores responderam por uma parcela importante da produção mineral do estado. 

Outros temas discutidos no primeiro dia do evento foram: Programas de pesquisa mineral conduzidos por empresas – avanços e desafios; Estado da arte do conhecimento geológico da Província Mineral de Alta Floresta/Juruena-Teles Pires; As grandes lacunas do conhecimento geológico da Província Mineral de Alta Floresta/Juruena-Teles Pires; Meio ambiente, questões sociais/comunidades – Governança (ESG) na pesquisa mineral e mineração no Norte de Mato Grosso; e Mulheres na Mineração.