Como será o futuro, quando a mineração acabar?

19/08/2021
Gestão de riscos e empreendedorismo foram os dois temas de discussão no terceiro dia (17 de agosto).

 

Gestão de riscos e empreendedorismo foram os dois temas de discussão no terceiro dia (17 de agosto) do 6º. Mineração&XComunidades. O evento foi iniciado com uma apresentação de André Luiz Cintra Leal de Souza, gerente de projetos da Ramboll, que abordou o ESG sob a ótica da gestão de riscos. O executivo começou falando sobre a Ramboll, empresa de consultoria dinamarquesa, fundada no pós-guerra, com cerca de 16 mil colaboradores ao redor do mundo e uma ampla experiência em engenharia, saúde e segurança, planejamento urbano, meio ambiente e energia, sendo que no Brasil a companhia tem mais de 100 funcionários que atuam sinergicamente entre si. 

Em relação à gestão de riscos, o especialista disse que se pesquisarmos no Google sobre o tema aparecem 52 milhões de resultados em português, enquanto em inglês a procura ultrapassa a marca de 1 bilhão de registros. Quando comparado a 2016, a procura por gestão de risco no Google saltou 7.182% em nível nacional e quase 1.200% no âmbito global. “Há um aumento muito expressivo dessas questões sendo discutidas e isto mostra a relevância do assunto”. 

Para Cintra, a definição de Gestão de Riscos engloba atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que se refere a riscos - e estes podem trazer desvios otimistas (oportunidades) ou negativos (ameaças). “E dentro das ameaças, há o “potencial falha fatal”, que pode inviabilizar um empreendimento, por ser um risco único de tamanha severidade que pode dificultar o desenvolvimento de um projeto”. Cintra continua falando sobre como tratar estes riscos, já que as incertezas causadas pelos desvios podem ser provocadas por ações de eventos não planejáveis e que geram impactos socioambientais. 

O especialista da Ramboll citou os macroprocessos da gestão de riscos, dos quais o primeiro é o estabelecimento do escopo, contexto e critérios para implementar o processo da gestão de riscos. “O principal é a Identificação – encontrar, reconhecer e descrever os riscos, as causas e eventos, ameaças e oportunidades, consequências, mudanças de contexto. Falando da parte de Identificação, Cintra disse que é “necessário fazer os desvios com relação ao planejamento, identificar as ameaças e oportunidades e avaliar em que contexto estamos inseridos, além de verificar eventos não planejados (fora do controle)”. A Ramboll realiza nessa etapa entrevistas e workshops que podem agregar bastante na verificação de riscos. Segundo Cintra, o contato aberto com o público é fundamental e a ampla participação em eventos deste tipo, em especial. 

A segunda etapa é a de Análise, onde você vai avaliar a natureza dos riscos e suas características e as probabilidades dos riscos, que são fundamentais para quantificar as perdas e conseguir entender a precisão das informações disponíveis. “Caso elas não sejam precisas, poderá comprometer a etapa de Avaliação”. Cintra alerta ainda para os chamados “cisnes negros”, que são eventos de baixíssima probabilidade, mas com alto impacto socioambiental. Os acidentes recentes com as barragens no Brasil (Mariana e Brumadinho) são exemplos de “cisnes negros”. A terceira etapa é a de Avaliação do risco, quando, com base nos dados da fase anterior, decidem-se como os riscos serão tratados, quais serão monitorados e as estratégias para monitorar esses riscos. “Não há tempo, recurso humano, nem financeiro, para tratar todos os riscos. Por isso, essa priorização”. 

“Na etapa de tratamento do risco, há de fato o gerenciamento do risco, onde passamos a intervir o impacto, para que consigamos maximizar, mitigar ou eliminar totalmente a ameaça”, comenta Cintra. É a etapa onde são definidas as estratégias de tratamentos, recursos para implementação, critérios de eficácia e avaliação do risco residual. “Dentro dessa última etapa há o monitoramento e análise crítica, que visa assegurar qualidade e eficácia ao processo de gestão e a Comunicação e consulta de todos os riscos identificados para que eles possam ser comunicados interna e externamente”. 

O risco residual é avaliado para saber se é necessária ação adicional para ser mitigado ou se vai parar por meio de interface. O monitoramento e análise é feito pelo PDCA – Planejar, Desenvolver, Checar e Agir. 

André Cintra disse que, com o relatório recente do IPCC, é garantido que haverá cada vez mais desafios por causa da ação humana no meio ambiente. O GISTM é a melhor prática desenvolvida internacionalmente no que se refere à segurança de barragens, desde o design até o descomissionamento da barragem com o objetivo de garantir mineração segura. “É necessário atuar em conjunto com Comitês de Crises nesses momentos emergenciais. É uma ilusão que teremos controle sobre um cenário de emergência, especialmente numa magnitude de um desastre. O foco tem que ser como se adaptar à realidade: quanto melhor preparados estivermos, melhor o gerenciamento e os resultados. Para isso, precisamos estabelecer relações de confianças com agências ambientais, comunidades afetadas, prefeituras, para co-construir com estas partes interessadas”, concluiu.  

Empreendedorismo 

Na sequência do evento, abordou-se como estarão as comunidades das cidades mineradoras quando a mina se esgotar e a atividade de mineração acabar, no painel “O empreendedorismo como redução da dependência da mineração e instrumento de preparação para o futuro”, que teve a presença de Alexandre Mello (Diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração), Rodrigo Barbosa (Presidente e CEO da Aura MInerals  Inc.), Leandro Faria (Gerente de Sustentabilidade da Companhia Brasileira de Alumínio - CBA) e Ana Cabral Gardner (Co-chairman and and Chief Strategy Officer da Sigma Lithium). O debate contou com a moderação de Renato Ciminelli, Diretor da Mercado Mineral e Conselheiro da revista Brasil Mineral. 

O primeiro participante foi Alexandre Mello, do IBRAM, instituto com 130 empresas associadas (mineradoras, fornecedores, prestadores de serviços, consultorias, escritórios de advocacia), que responde por mais de 85% da produção brasileira. Mello começou falando dos pilares de atuação do IBRAM – Defesa dos interesses do setor mineral nas três esferas, Congressos de Mineração/Feiras e Eventos, Reputação e Programas Técnicos e Boas Práticas para o setor mineral. O Instituto assinou, em setembro de 2019, a Carta Compromisso perante a sociedade com 12 grandes temas para serem debatidos, dos quais dois especificamente relacionados com o evento Mineração &/X Comunidades - Relacionamento com Comunidades e Desenvolvimento Local e Futuro dos Territórios. Sobre diversificação econômica e reconversão produtiva, Mello disse que o que objetivo é fortalecer e diversificar a matriz econômica dos municípios (territórios) mineradores da região, auxiliar a Prefeitura a desenvolver o Plano de Desenvolvimento Econômico (PDE), auxiliar na gestão técnica e operacional do PDE e Reposicionar e valorizar o papel do empreendedor mineral no município e na região. “Isso é o que vai acontecer com o território minerário”. 

O Diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM comentou também sobre o Plano de Fechamento de Mina, que deve ser revisto e adaptado sempre que necessário, além de ter o foco na sustentabilidade local, seja ela ambiental, social, econômica e principalmente cultural. “Temos duas fases distintas, onde a primeira é a produção, investimentos e resultados do projeto, além do engajamento, participação e transparência das partes interessadas durante a vida útil do projeto”. Já na fase de pós-fechamento da mina, Mello indica que o foco deve ser na Governança Sustentável para Uso Futuro e aplicação dos PDEs nos municípios mineradores. Para isso, o IBRAM fechou dois grandes convênios: O Programa de Diversificação Econômica dos Municípios Mineradores e Regiões ( Plano Nacional) e o Programa de Reconversão Produtiva em Territórios Dependentes da Mineração (em Minas Gerais). 

O primeiro programa é um convênio entre IBRAM e AMIG para diversificar a matriz econômica da região por meio de quatro pilares: Diagnósticos e gargalos estruturais, eixos estratégicos, matrizes de investimentos catalizadores e de instrumento de apoio ao fomento, e por último, vetores estratégicos de ação. Já o segundo projeto é um convênio ente IBRAM, AMIG, FIEMG, Sindiextra, Sebrae, Governo de Minas Gerais e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais com o objetivo de ajudar os municípios e regiões produtivas a construir e implantar estratégias de Reconversão Produtiva que reduzirão a dependência econômica em relação à atividade minerária, a partir de uma estratégia de Desenvolvimento Econômico Local. Segundo Mello, os três caminhos para a Reconversão Produtiva são: a diversificação para um novo segmento econômico; a diversificação fortalecendo outras duas vocações já existentes e o reposicionamento da atividade mineral (adensamento qualificado da cadeia mineral, serviços, conhecimento etc). Treze municípios mineradores serão sedes do segundo projeto, sendo Itabira a primeira cidade-sede, em janeiro de 2021. Além das sedes, 69 municípios serão engajados e beneficiados em sete regiões de Minas Gerais. 

O segundo participante foi o CEO e Presidente da Aura Minerals, Rodrigo Barbosa, o qual informou que a empresa produziu 204 mil onças de ouro em 2020, com projeção entre 260 e 270 mil onças para este ano e, em constante crescimento, irá atingir mais de 400 mil onças anuais do metal até 2024. “Isto tudo passa pelo Aura 360°, programa que engloba o ESG e tudo que impacta as comunidades locais e a criação de valores junto aos funcionários”. 

Ao comentar a palestra de Alexandre Mello, do IBRAM, o executivo da Aura disse que gostou bastante e pergunta como as empresas podem tornar as comunidades independentes da mineração?. “A mineração tem todo o processo de operação e no final deixa a região e vai para outro local. O importante é não deixar a comunidade dependente da mineração”.

Outro ponto destacado por Barbosa no painel foi a importância da educação, e de trabalhá-la com crianças e adultos, pois para prover um ambiente educacional atraente para o filho, a participação e engajamento das famílias é fundamental. Rodrigo comenta que a mineração é um setor que vai aos lugares mais remotos do mundo, por usar alta tecnologia, práticas de segurança, conhecimento, preservação do meio ambiente e, ao mesmo tempo, ensinar as comunidades locais a como cuidar da natureza, lixo, transformando a consciência socioambiental da população. “A mineração é uma das que mais pode impactar no ESG por suas ações serem expostas para a comunidade e natureza. “O importante é fazer a transição do assistencialismo para o investimento a longo prazo. É demorado, mas necessário”. 

Ana Cabral Gardner, Co-chairman and and Chief Strategy Officer da Sigma Lithium, foi a terceira participante do painel e ressaltou uma mensagem de Alexandre Mello, do IBRAM, de que a mineração tem que ir aonde o recurso natural se encontra. “Nós vamos aos lugares mais ermos e temos papel crucial como vetor social de como vamos impactar economicamente na comunidade”. Mas, nestes mesmos locais, é incrível como num mundo atual, mas em meio a uma pandemia, tenha cerca de 2.400 famílias (Vale do Jequitinhonha) vivendo com menos de noventa reais por mês. É um nível de renda Bangladesh. 

Segundo Ana, a Sigma foi criada com o propósito de desenvolver um projeto de mineração sustentável para o lítio de baterias elétricas, seguindo os Princípios do Equador. A Sigma foi reconhecida pela COP 25, por desenvolver o projeto desde o início, em 2015/16, com pilares ambientais. 

Os Principios do Equador visam criar um arcabouço para nortear ações socioambientais e de ESG. O projeto do Vale do Jequitinhonha é 100% focado nos princípios do ESG. “Com o G forte, o E e o S acontecem com tranquilidade”. Na Sigma, ainda focamos na diversidade, já que a empresa tem uma co-liderança homem e mulher, com a mulher sendo valorizada, além de funcionários LGBT”. A empresa decidiu realizar o empilhamento a seco 3.0. que inclui o investimento, buscar áreas de superfície que não suprimam vegetação e ter uma área de rejeito zero para atrair a indústria de cerâmica, para doar os rejeitos como insumos. “

Ela informou que, durante a pandemia, a Sigma atuou em duas frentes: em março de 2020, a empresa beneficiou 240 mil pessoas com a entrega de 12 mil litros de hipoclorito para higienização, álcool gel, distribuição de cartilha de prevenção para as 16 entidades assistidas. Em março deste ano, a necessidade era outra: a fome. Então, foram entregues seis mil cestas básicas, por dez meses, para eliminar a vulnerabilidade da população. “O empreendedorismo social da indústria de granito e cachaça doou cinco mil cestas, em uma parceria com a Sigma, enquanto nós entregamos mil cestas para envolver a sociedade”, diz Ana. 

O último a falar no evento foi Leandro Faria, Gerente de Sustentabilidade da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Ele disse que o tema proposto é de grande importância, pois é necessário estimular a geração de valor compartilhado para estimular a economia dos territórios. “Desde a nossa origem (há 66 anos), geramos contribuições para a sociedade e meio ambiente (ESG), além de sermos competitivos e de buscar inovação no processo”. 

Ele acrescentou que, para a CBA, só há um jeito de fazer, que é o jeito certo, desde que acarrete um impacto positivo na comunidade e atenda ao propósito da empresa, de “Transformar vidas” e vai além dos muros da companhia. “O ESG é muito falado e trabalhamos em três pilares: Desenvolvimento da educação, em que ofertamos condições no entorno das comunidades; Apoio à gestão pública - como podemos apoiar o poder executivo local a melhorar a gestão do recurso público ( gestão fiscal, saneamento, plano de desenvolvimento) para a cidade produzir melhor, além do apoio à saúde nas cidades. O terceiro pilar é o dinamismo econômico, para impulsionar o empreendedorismo e ampliar a geração de negócios nas comunidades. Quando o assunto é sustentabilidade, sempre tem algo a ser feito”. 

Faria citou o Programa REDES, do Instituto Votorantim, em parceria com o BNDES e o BID, criado em 2010 para estimular o desenvolvimento sustentável para geração de renda à comunidade, além de fomentar associações e cooperativas para que estas tenham chances de se desenvolver. “O programa REDES desenvolveu oito negócios e gerou R$ 1 milhão em rendas nos últimos anos nos projetos que apoiamos”, disse o gerente de Sustentabilidade da CBA. 

Outro exemplo é o Programa de empreendedorismo na cidade de Alumínio (SP) que visa estimular a região. “Nós abrimos processo seletivo para empreendedores participar do programa. A partir de uma mentoria, após a conclusão uma banca seleciona alguns projetos que recebem o montante financeiro (capital semente) para implementação dos negócios”. O apoio à gestão pública da CBA tem como objetivo qualificar o uso de recurso público e alcançar novas gerações de renda. 

Em seguida Alexandre Mello, do IBRAM, disse da importância de se trabalhar as crianças ao lembrar o comentário do CEO da Aura – para trabalhar futuramente na área ou para gerir outras atividades no território. “Não se pode levar um projeto pronto para o território. Não dará certo, pois precisa ser trabalho de mão dupla. As pessoas precisam se sentir engajadas, sensibilizadas, para pertencerem ao grupo”. Respondendo sobre a formação de mão-de-obra demorada para projetos temporais, Mello considera a situação um problema. “Segundo ele, quanto mais distante for o site, maior a dificuldade e disponibilidade de se obter gente capacitada para o serviço”. Por isso, ele alerta para a importância de parcerias como a do SENAI, que pode contribuir na capacitação para as pessoas das comunidades trabalharem nas mineradoras. 

Rodrigo Barbosa comentou que a expectativa que uma mineradora de ouro traz em termos de geração de trabalho é muita, mas há necessidade de um diálogo transparente com a comunidade e de explicar exatamente qual mão-de-obra a mineradora exige. “Temos programas como o ‘Portas Abertas’, ‘Minas Abertas’, para que as pessoas conheçam os projetos e saibam mais sobre os desafios técnicos e socioambientais também. “Em relação ao trabalho junto à comunidade, com mão-de-obra local, Rodrigo diz que a Aura costuma fazer parcerias com o SENAI e Senac para planejar a capacitação das pessoas com especialistas de fora. “Com isto, este morador local no futuro poderá ser mais qualificado para trabalhar na empresa”. 

A Aura já conversou com a Unicef para criar sementes nas crianças, mas, a Unicef comentou que as famílias precisam incentivar seus filhos a continuar os estudos para, no futuro, terem uma chance de, por exemplo, trabalharem em uma mineradora. “E cada região tem uma carência diferente e muitas vezes as ações não podem ser replicadas, pois em um lugar a preocupação maior é o meio ambiente, em outro o uso correto da água, infraestrutura, conscientização social e ambiental”, disse Barbosa. 

Nós trabalhamos na Aura com o conceito de EESG (ESG + Employees), um canal de comunicação com a comunidade local em que explicamos o que a empresa vai fazer e escutar os funcionários. 

Ana Gardner disse que o assistencialismo tem um aspecto passivo, enquanto o empreendedorismo tem a participação da população. “Na época da doação das cestas básicas fizemos parcerias com as prefeituras. O Rotary Club se mobilizou com empresários da região para o empreendedorismo social. O Rotary fez uma live e os empresários que doaram iam falando. Desta forma, conseguimos as cinco mil cestas. A semente da doação, de ação comunitária, foi plantada”. 

Em relação ao plano de fechamento de minas, ela afirmou que a Sigma tem muita preocupação com os recursos hídricos. “Fomos surpreendidos onde a comunidade pediu para uma das cavas virar reservatório de água numa região onde a água é escassa”. 

Leandro Faria, da CBA, disse que é fundamental o engajamento da comunidade e cadeia de valor como um todo. Temos que diversificar a economia e o core business da companhia. “Se não há boa parceria, você terá dificuldade de começar um negócio. Há 12 anos, a CBA, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e comunidade, vem desenvolvendo diversos mecanismos de pesquisa científica para saber como devolver a área para o superficiário em condições iguais ou melhores. A mineração é temporal e pode entregar valor no futuro. E a pandemia nos ensinou que sem parceria não iremos longe”.

Há anos as empresas atuam dentro da legislação da mineração e atividades industriais e indo além do ESG. Sem essa análise é difícil operar e obter a licença social, disse Mello. Rodrigo Barbosa disse ser um grande otimista e vê a mineração dar contribuição gigantesca para o ESG e que ainda dá para melhorar, e muito. “Eu diria que o ESG começa dentro de casa. Tratamos bem nossos colegas de trabalho? O nosso dia a dia define o ESG, ética, transparência”. 

O 6° Mineração&XComunidades tem o patrocínio Ouro da Appian Capital Brazil, Nexa Resources e Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), patrocínio Prata da Anglo American, Largo Resources, BAMIN, Buritirama Mineração, Mineração Caraiba e Mineração Rio do Norte- MRN e Aura Minerals e o patrocínio Cobre da AngloGold Ashanti, Bemisa, Kinross e Ramboll, além da coordenação técnica e apoio da Integratio. Veja o evento na íntegra no vídeo abaixo

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