CBA lucra R$ 511 milhões no trimestre

10/08/2022
O EBITDA ajustado somou novo recorde trimestral, de R$ 641 milhões, um acréscimo de 73% acima do mesmo período de 2021.

 

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$ 511 milhões no primeiro trimestre de 2022, montante 29% superior sobre o do mesmo trimestre do ano passado, e receita líquida consolidada de R$ 2,3 bilhões, crescimento de 22% em relação ao segundo trimestre de 2021. O EBITDA ajustado somou novo recorde trimestral, de R$ 641 milhões, um acréscimo de 73% acima do mesmo período de 2021, revelando sólida performance financeira da empresa. A CBA mantém o foco no modelo de integração vertical, com autossuficiência de bauxita e alumina, além de energia, bem como na produção de alumínio de baixo carbono, o que lhe garante maior resiliência às pressões de custos, por causa da menor exposição às variações dos preços de matérias-primas no mercado internacional.

O volume das vendas de alumínio da CBA totalizou 112 mil toneladas, queda de 6% no trimestre. O destaque positivo ficou com o segmento de reciclados. A integração da produção da Alux do Brasil, já totalmente concluída, contribuiu com 6,5 mil toneladas no trimestre, um incremento de 14% no segmento em relação ao volume do segundo trimestre de 2021, passando de 22 mil t para 25 mil - o desempenho também foi positivo em relação ao trimestre anterior. Com isso, a CBA colhe resultados dos investimentos feitos no segmento de reciclados, que é essencial para a estratégia de longo prazo da empresa e fortalece sua produção de alumínio de baixo carbono. No segmento de produtos primários, houve uma redução nas vendas de 11% no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, na comparação com o primeiro trimestre deste ano o desempenho foi positivo, puxado pelo lingote P1020, matéria-prima usada em alguns segmentos industriais, com avanço do market share sobre o produto importado. No caso dos produtos transformados, o volume de vendas recuou 9%, especialmente os de extrudados e chapas.

No segundo trimestre, a CBA conseguiu antecipar os projetos anunciados na IPO, como a automatização da tecnologia de alimentação de fornos que reduz as emissões atmosféricas e de GEE na etapa mais eletrointensiva da produção do alumínio, além de consumir um volume menor de água e aumentar a eficiência energética e garantir a melhoria da segurança operacional. As cubas da Sala 3 já foram religadas e a previsão é ter a modernização tecnológica concluída neste terceiro trimestre do ano, algo que estava previsto somente para 2023. No trimestre, a CBA firmou também parceria com o Senai Paraná para o desenvolvimento de folhas de alumínio para baterias íons-lítio no Brasil. A solução tecnológica da utilização da folha de alumínio nacional como coletor de corrente é inovadora e representará um importante passo para o desenvolvimento da cadeia de fornecimento local do segmento deste tipo de bateria. Além disso, a CBA aderiu ao Movimento Ambição Net Zero do Pacto Global, reforçando o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a iniciativa Science Based Targets initiative (SBTi). Alinhada com a proposta do Movimento Ambição Net Zero, a CBA pretende, até 2030, alcançar diferentes resultados de redução de emissões, conforme metas e escopos já submetidos ao SBTi. Dentre os principais objetivos, estão a diminuição em 40% dos indicadores de carbono e redução absoluta de 35% das emissões.

Na área ambiental, a CBA plantou, em junho, 460 mudas de espécies nativas em Miraí, na Zona da Mata mineira, onde a CBA tem minas de bauxita. A iniciativa é fruto do Projeto Reflora, voltado para pequenos e médios produtores rurais interessados em realizar o reflorestamento de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL) degradadas de suas propriedades. O Projeto fornece mudas e a capacitação técnica que viabilizem o reflorestamento, com uso de espécies nativas de ocorrência local. Em relação à Diversidade, Equidade e Inclusão, o número de mulheres no quadro geral na CBA atingiu 16,4% do total (vs. 15,3% no 1T22). Em funções de liderança, alcançou 20% (vs. 19% no 1T22). Ainda no segundo trimestre, a CBA concluiu a oferta secundária de ações melhorando a liquidez da empresa, que passou a ter um free float de 32,1% e um ADTV de R$ 63,2 milhões no trimestre.