Vendas da Linha Amarela podem cair 21% em 2023

24/11/2023
Previsão é de que ocorra retração no volume de máquinas da linha amarela comercializadas em 2023,

 

Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), a previsão é de que ocorra retração no volume de máquinas da linha amarela (movimentação de terra) comercializadas em 2023, após um ano histórico, quando o setor alcançou o melhor patamar de vendas desde 2007, com 39,3 mil unidades comercializadas. O levantamento estima uma queda de 21% neste ano em relação ao último ano, com 31 mil unidades comercializadas. Os dados foram apresentados pelo coordenador Mario Miranda, durante o Tendências no Mercado da Construção.

O resulto é explicado pela dificuldade na obtenção de crédito pelas empresas, devido aos juros mais altos, a realização de menos obras de infraestrutura, o menor orçamento público para investimentos no setor da construção, e a paralisação de outros projetos. O levantamento aponta ainda um acomodamento no mercado de máquinas, com uma disponibilidade maior da indústria para atender às demandas dos usuários de equipamentos. Com isso, houve um equilíbrio entre a oferta e a demanda, o que propiciou preços mais competitivos dos ativos. Outro ponto positivo foi a redução da frota parada de 23% para 19% neste ano. Esse é o menor percentual registrado desde 2017, quando a média da frota parada estava em 50%.

As vendas de equipamentos da linha amarela registraram altas em quatro das nove categorias: caminhões fora de estrada (117%), rolos compactadores (69%), minicarregadeiras (15%) e miniescavadeiras (2%). As categorias com maior volume de vendas caíram, como pás carregadeiras (-30%, com 6,4 mil unidades), escavadeiras hidráulicas (-41%, com 6,9 mil) e retroescavadeiras (-13%, com 8,9 mil)

A categoria “demais equipamentos” do Estudo da Sobratema, que engloba guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas elevatórias e equipamentos para concreto, também prevê queda de 6% nas vendas ante 2022, com 7,4 mil unidades comercializadas, contra 7,9 mil máquinas vendidas no ano passado. Em relação à comercialização de caminhões rodoviários e tratores pesados de pneus demandados na construção, a projeção é de acréscimo de 7% e 5% neste ano, respectivamente, perante o ano anterior.

Somadas todas as categorias, o Relatório da Sobratema prevê vendas totais de máquinas para construção 13% inferiores em 2023 em comparação ao ano passado, alcançando 52,4 mil unidades comercializadas neste ano contra 60,3 mil unidades no ano anterior.

Para 2024, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção estima um crescimento nas vendas da ordem de 7% para o segmento de máquinas da linha amarela e de 6% para todo o setor de equipamentos para construção. Editado desde 2007, o Estudo mostra a importância econômica do setor, auxilia na formulação das políticas, além de ser um instrumento de planejamento muito útil para as empresas do setor. A compilação e análise dos dados conta com a consultoria de Mario Miranda.

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