Inauguração de grande planta de hidrogênio no Ceará

24/01/2023
A tecnologia permite acelerar a oferta de energia limpa nas estruturas em que hoje os combustíveis fósseis ainda são necessários.

 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou do lançamento da primeira molécula de hidrogênio verde em grande escala, projeto da EDP Brasil, que faz parte do Complexo do Pecém, no Ceará. 

O projeto recebeu investimento de R$ 42 milhões e tem grande potencial na transição energética e na busca pela neutralidade brasileira de carbono até 2050 e, desta forma, se alinhando ao compromisso climático do Acordo de Paris. “A agenda de transição energética terá absoluta prioridade na minha gestão à frente do ministério, pela importância deste tema para o desenvolvimento social, econômico e industrial do nosso País, e para a nossa contribuição internacional na redução das emissões de gases de efeito estufa no âmbito do acordo de Paris”, afirmou o ministro.

A tecnologia permite acelerar a oferta de energia limpa nas estruturas em que hoje os combustíveis fósseis ainda são necessários. Segundo o ministro, o MME irá desenvolver uma política energética ambiciosa para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil. O foco será o aprimoramento dos marcos legais e regulatórios, a redução de barreiras aos investimentos voltados tanto para o mercado doméstico como para o potencial de exportação, a aceleração do desenvolvimento tecnológico, a redução de custos e a criação de empregos.  “Vamos unir o excepcional perfil renovável da nossa matriz elétrica e nosso invejável sistema interligado com a nossa pujante indústria da bioenergia e com a nossa indústria de óleo e gás e sua gigantesca capacidade de inovação e investimento, para fazer do Brasil um dos países mais competitivos na economia do hidrogênio. Não perderemos essa janela de oportunidade”, reforçou.

O hidrogênio é uma das áreas prioritárias definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para a alocação de recursos para pesquisa e desenvolvimento e o MME contará com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), e demais ministérios, como o da Ciência, Tecnologia e Inovação, o da Educação, e da Indústria. “Me entusiasma também ver o apetite para investimento em energias limpas de empresas aqui no Brasil. No MME, quero trabalhar em parceria com as empresas, o setor produtivo e os movimentos sociais para garantir o protagonismo do Brasil no desenvolvimento de mercados para tecnologias de baixo carbono”, concluiu Silveira. 

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, disse que a presença do ministro no lançamento da planta de hidrogênio significa um apoio irrestrito do governo do presidente Lula a fazermos uma atuação junto ao setor privado para o desenvolvimento de energia renovável no Brasil, no Nordeste e no Ceará. A EDP Brasil possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termoelétrica, e atende cerca de 3,7 milhões de clientes pelas suas distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo.

A empresa produziu sua primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) na unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante. “Esse é um projeto de pesquisa e desenvolvimento, que capacitou as pessoas para saberem fazer e é isso que queremos realçar. O hidrogênio verde é o futuro. É o futuro em muitos países, mas seguramente é o futuro aqui no Brasil, no Nordeste e no Ceará. E nós provamos que esse futuro é possível”, afirmou o CEO da EDP, João Marques da Cruz. A produção da molécula é a primeira etapa estratégica do desenvolvimento do Projeto Piloto de H2V no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém).

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