Faturamento e CFEM registram altas

09/08/2022
Com relação à arrecadação de CFEM, a Bahia registrou alta de 33%, enquanto no Brasil houve uma queda de 26,5%.

 

O setor mineral da Bahia registrou faturamento de R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, um aumento de R$ 1,1 bilhão sobre o mesmo período do último ano. A Bahia obteve ainda crescimento de 26% na produção mineral, ante uma queda de 9% na produção brasileira. Com relação à arrecadação de CFEM, a Bahia registrou alta de 33%, enquanto no Brasil houve uma queda de 26,5%. Os dados são do relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que também aponta o recuo no faturamento nos estados de Minas Gerais e Pará, primeiro e segundo maiores produtores de minérios do país. 

O crescimento da Bahia é atribuído à diversidade de substâncias comercializadas. Atualmente, existem 47 tipos de minerais produzidos no estado. “Enquanto os nossos índices são positivos, em Minas Gerais houve queda de 26% no faturamento e o Pará despencou mais ainda, com 37%. Já na arrecadação de CFEM eles caíram 27,8% e 39,3%, respectivamente. É nesse cenário que a Bahia mostra o potencial que tem e a gente espera que as empresas e os investidores continuem atentos para isso”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).

Segundo os levantamentos do IBRAM, do volume de investimentos nacionais 15% são da Bahia, seguido pelo Pará, com 11% e Minas Gerais, com 27%, considerando recursos privados e públicos, que estão em execução e os que estão previstos até 2026. Entre as mineradoras que estão investindo na Bahia está a Equinox Gold, que já investiu mais de US$ 100 milhões na construção de uma nova planta industrial na cidade de Santaluz e tem a expectativa de produzir três toneladas de ouro por ano. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o ouro respondeu por 5,2% da arrecadação de CFEM por substância no país, no primeiro semestre deste ano, seguido pelo cobre, com 4,7% e o alumínio, com 2,3%. O minério de ferro, sozinho, foi responsável por 71% do imposto arrecadado, as demais substâncias compõem os outros, 16,9% do total.