O segundo dia da 5ª edição do Seminário de Mineração da Bahia (SEMBA), realizado na Universidade Federal do Vale do São Franciso (UNIVASF), trouxe como temas as inovações na operação e os princípios de ESG na mineração. Dentre os principais temas abordados, a pauta ESG teve destaque com a palestra “Importância dos Conceitos de Sustentabilidade no Ciclo de Vida de um Ativo Mineral”, com a consultora da Afiducia ESG Consulting, Maria Rosangela. "Estou muito feliz por ver o tema de sustentabilidade permeando num evento tão importante de mineração e vendo isso crescer cada vez mais. Acho que esse é o caminho para a gente conseguir perenizar os negócios e praticar de fato o capitalismo dos stakeholders, onde todas as partes interessadas contam", enfatiza Rosangela.

Outra agenda atual do setor é a transição de matriz energética. O tema é de grande relevância para a sociedade e para a mineração. Em especial a mineração baiana. De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Mineração da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Wilson Borges, um dos palestrantes, a Bahia é um dos grandes produtores de minerais considerados estratégicos para essa transformação. "A Bahia é hoje o terceiro polo mineral do Brasil, onde possui os principais minerais estratégicos que vão contribuir para essa transição de matriz energética. Esse é um evento muito importante e de discussão para que a gente possa realmente transformar e reduzir essa questão da geração de carbono no planeta", destacou. Participaram do debate sobre o ESG neste segundo dia do evento Claudia Salles, representando o IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração), que falou sobre a importância da adoção da agenda ESG pelo setor mineral, que vai desde a preocupação com a sustentabilidade até o cuidado com a comunidade onde estão inseridas e promoções da igualdade em suas operações.  "A agenda ESG tem sido considerada um dos principais riscos e oportunidades para o setor mineral", disse Cláudia.

A inovação também foi tema no SEMBA 2023, com a última palestra sobre a operação telerremota de um equipamento de perfuração, que foi operado diretamente do auditório do evento, em Juazeiro. O equipamento estava na mina da EroBrasil Caraíba, situada no distrito de Pilar, a aproximadamente a 105 km de distância do local do evento. A demonstração foi realizada pelo operador da EroBrasil, que realizou todo o processo de perfuração do palco do evento, na superfície, enquanto o equipamento estava no nível -965 (965 metros abaixo do nível do mar e 1.400 metros de profundidade vertical em relação a superfície). A demonstração foi realizada durante a palestra: Operação Teleremota de Perfuração Jumbo e Fandrill, ministrada pelo Matheus Oliveira da SANDVIK.