Consumo interno cai 3,6% em 2022

28/04/2023
O consumo interno de produtos transformados de alumínio atingiu 1.526,3 mil toneladas em 2022, uma queda de 3,6%

 

Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o consumo interno de produtos transformados de alumínio atingiu 1.526,3 mil toneladas em 2022, uma queda de 3,6% na comparação com 2021 (1.583,9 mil toneladas). O resultado confirma a tendência já sinalizada em levantamento divulgado pela entidade em novembro de 2022 (queda de 3,9%). Representando 89% do total de consumo, o volume de origem nacional foi de 1.354,5 mil toneladas, um decréscimo de 2,8%, enquanto as importações somaram 171,8 mil toneladas, 9,8% a menos sobre 2021.

A análise deve levar em conta que em 2021 foi registrado o maior volume da série acompanhada desde 1972. O consumo daquele ano foi impactado pelo forte impulso da atividade econômica pós-pandemia. “Tivemos dois anos atípicos como comparação. A queda acentuada em 2020 provocada pela necessidade de isolamento social em função da Covid-19. E, em 2021, o estouro do consumo represado com o fim das restrições de circulação. Em 2022, houve uma acomodação do mercado em patamares realísticos. Mesmo assim, crescemos em relação ao nível pré-pandêmico de consumo, que era de 1.494,7 mil toneladas em 2019”, explica Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.

Entre os principais setores consumidores de alumínio, o de embalagens caiu 4,4% em comparação a 2021, como consequência, em parte, do desempenho negativo do segmento de latas de alumínio para bebidas. Já a área de Transportes foi o destaque positivo, com incremento de 17,5%, principalmente, ao mercado de rodas de alumínio, impulsionado por novos investimentos dos fabricantes.

O consumo de alumínio pela construção civil e os bens de consumo caíram 8,3% e 14,1%, respectivamente. O primeiro setor foi impactado pelo arrefecimento da demanda por produtos extrudados de alumínio, refletindo o efeito da diluição dos auxílios emergenciais e o aumento da inflação e taxa de juros, que dificultam o acesso ao crédito. Já os bens de consumo sentiram ainda a influência da mudança de hábitos durante a pandemia determinando maior demanda por utensílios domésticos. Além disso, o segmento é o mais afetado pela elevada taxa de juros, que reduziu o crédito e o poder de compra das famílias no período.

O segmento de eletricidade registrou queda de 14,4%, enquanto máquinas e equipamentos recuaram 3% na comparação com 2021. Este último acompanhou o desempenho do setor. Segundo a sua entidade representativa, o segmento apresentou recuo de 5,9% no ano passado.

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