A CSN Mineração alcançou um volume de produção de 33,7 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022, uma redução de 6,8% em relação a 2021, motivada principalmente pelos impactos das chuvas registradas no início do ano passado e pelo ramp up de projetos conectados com a Planta Central (CMAI 3, espirais e rebritagem).

Embora a companhia tenha registrado um pequeno aumento nas vendas em 2022, que somaram 33,329 milhões de toneladas (0,3% a mais do que em 2021), a receita líquida teve uma redução de 31%, atingindo R$ 12,525 bilhões. A explicação é que, além dos desafios operacionais enfrentados no começo do ano, a empresa teve que conviver com um preço menor, fazendo com que a receita líquida por tonelada ficasse em US$ 73,61, bem abaixo dos US$ 100,89 de 2021.

O Ebitda Ajustado em 2022 foi de R$ 6,072 bilhões, com uma redução de 43,4% comparativamente ao resultado de 2021, que foi recorde. Segundo a companhia, este resultado reflete não apenas a menor produção no ano, mas também o preço médio mais baixo praticado no período.

Maiores vendas de cimento

A CSN Cimentos aumentou em 53,8% as vendas de cimento em 2022, com um total de 7,243 milhões t, incluindo os volumes comercializados pela Cimentos Brasil (antiga LafargeHolcim) em quatro meses do ano, já que as operações foram integradas em setembro de 2022.  A receita líquida, por sua vez, cresceu 97,2%, alcançando R$ 2,820 bilhões. O Ebitda ajustado no ano foi de R$ 784 milhões, o que representa um aumento de 47,5% em relação a 2021, mas a margem Ebitda se reduziu 9,3%, ficando em 27,8%.

De acordo com a empresa, mesmo com as altas taxas de juros representando desafios para o mercado imobiliário, o setor de cimento tem apresentado certa resiliência, “com os projetos de infraestrutura e construções estruturadas ajudando a compensar o menor lançamento de novas unidades habitacionais e a queda na construção informal. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento atingiram 63.052 Mton em 2022, o que representa uma queda inferior a 3% na comparação com o ano anterior”.

A expectativa para 2023, ainda segundo a CSN, citando o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, “é que o segmento apresente crescimento de 1%, impulsionado pelo aumento de projetos de infraestrutura, como rodoviários e sanitários. Além disso, o novo governo tem mostrado interesse em fortalecer os programas habitacionais para a baixa renda, o que pode resultar em um dinamismo ainda maior para o setor. Por outro lado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), apresentou uma desaceleração nos valores e apresentou uma média de 50,8, patamar ainda positivo, mas que mostra maior incerteza dos empresários em relação às perspectivas futuras”.