US$ 7,7 milhões para tecnologia mais limpa

12/04/2022
A calcinação elétrica, quando alimentada com energia renovável, tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono.

 

A Alcoa Corporation recebeu U$$ 7,7 milhões dos governos australianos em financiamento para realizar testes piloto em uma nova tecnologia de redução de carbono que apoia a iniciativa Refinaria do Futuro da empresa. A Alcoa da Austrália recebeu apoio para testar a calcinação elétrica com US$ 6,4 milhões da Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) e US$ 1,3 milhão do Clean Energy Future Fund da Austrália Ocidental (CEFF).

A calcinação é a etapa final do processo de refino da alumina e utiliza combustíveis fósseis, principalmente gás natural, para aquecer os cristais de hidrato de alumina. Já a calcinação elétrica, quando alimentada com energia renovável, tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono. Além disso, a eletrificação dos calcinadores permitiria que quantidades significativas de energia residual, atualmente perdida na atmosfera como vapor, fossem capturadas e reutilizadas, economizando água e eliminando a necessidade de chaminés para liberar esse vapor. “Somos o produtor de alumina de menor intensidade de carbono do mundo e temos um roteiro tecnológico de projetos de pesquisa e desenvolvimento orientados para o futuro com o objetivo de reduzir ainda mais nossa pegada”, disse Eugenio Azevedo, vice-presidente de Melhoria Contínua da Alcoa. “Com este apoio dos governos australianos, estamos trabalhando em nossa visão de reinventar a indústria do alumínio para um futuro sustentável, que inclui avançar em projetos de importância global para a indústria do alumínio e seus clientes”. 

A aplicação da calcinação elétrica ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento. Ela é um dos dois projetos de P&D incluídos na Refinaria do Futuro da Alcoa, que pretende desbloquear a descarbonização em escala, entregando uma refinaria de custo competitivo que eliminará os combustíveis fósseis, bem como reduzirá o uso de água doce e minimizará e, finalmente, eliminará novos depósitos de resíduos de bauxita. 

O projeto-piloto de calcinação elétrica terá duas etapas, onde a primeira irá até o final de 2023 e envolverá o estudo, seleção, engenharia e testes de tecnologias. Sujeito à conclusão satisfatória da primeira etapa, a segunda parte do projeto começará no primeiro trimestre de 2024 e continuará em meados de 2026 com projeto detalhado, construção e testes piloto desta tecnologia emergente na refinaria Pinjarra da Alcoa na Austrália Ocidental.