Setor perde Octávio Elísio Alves de Brito

29/03/2022
Formado pela UFOP, em 1962, desempenhou importante papel na política mineral e no desenvolvimento de tecnologia para a indústria de mineração.

 

O setor mineral perdeu, no dia 28 de março, aos 82 anos, o engenheiro de minas e metalurgista Octávio Elísio Alves de Brito, que desempenhou importante papel na política mineral e no desenvolvimento de tecnologia para a indústria de mineração. Formado pela Escola de Minas e Metalurgia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em 1962, ele iniciou sua carreira no Instituto de Tecnologia do Estado de Minas Gerais, em 1963. Posteriormente foi superintendente-geral da Companhia de Ferro de Belo Horizonte (Ferrobel) e diretor da Companhia Brasileira de Geologia. Em seguida ingressou no Instituto de Desenvolvimento Industrial, onde permaneceu por três anos. .  

No ano de 1973 ele voltou ao setor mineral, tornando-se presidente da então Metais de Minas Gerais S.A. (Metamig), até 1976. No seguinte ingressou na carreira universitária, tornando-se professor de Economia e Legislação Mineral da UFMG. Também assumiu o cargo de secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais na gestão do governador Aureliano Chaves. Em 1979, tornou-se secretário executivo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG e também consultor do CNPq. De 1983 a 1986, ele foi secretário de Educação de Minas Gerais.

Em 1997 concorreu e foi eleito para a Assembléia Nacional Constituinte, pela legenda do então PMDB, dando contribuições importantes nas áreas de Ciência e Tecnologia, Educação, Cultura e Esportes. Em 1989, ingressou no recém-criado PSDB, tornando-se o primeiro vice-presidente da Executiva Nacional.  

Após ter deixado a Câmara, com o final da legislatura, assumiu o cargo de secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Minas Gerais. Em 1995 tornou-se diretor do BDMG, deixando o cargo em 1997 para voltar à Câmara dos Deputados, como suplente do deputado Carlos Mosconi. 

Em 2004 Octávio Elísio passou a presidir o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e depois tornou-se subsecretário da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sendo um dos grandes defensores do Cetec (Centro Tecnológico de Minas Gerais). No ano de 2009 foi designado para a diretoria colegiada da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais. 

Ele faleceu em decorrência de um atropelamento no dia 14 de março de 2022, na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte.