A Metso Outotec está comemorando um ano de existência com um crescimento de dois dígitos no mercado brasileiro, que esteve bastante ativo, apesar de todas as dificuldades apresentadas pela pandemia Covid-19. A empresa é resultado da fusão entre as companhias finlandesas Metso e Outotec, ambas com grande atuação em tecnologias e equipamentos para processamento de minério: a Metso com atuação mais na parte de processamento a seco e a Outotec com expertise na parte úmida.
De acordo com Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas e Serviços Brasil da Metso Outotec, o casamento dessas tecnologias foi muito adequado e “bem percebido pelos clientes”, segundo pesquisas realizadas junto ao mercado. Mas o processo de fusão num ambiente de isolamento determinado pela pandemia foi muito desafiador, segundo ele, porque obrigou a “integrar as equipes através da tela do computador”, por exemplo. E isto tudo em um mercado aquecido, já que em 2020 o setor de mineração teve um de seus melhores desempenhos em termos de crescimento da produção dos últimos anos.
Motti ressalta, no entanto, que mesmo com as dificuldades a Metso Outotec conseguiu manter a qualidade no atendimento aos clientes num quadro de demanda aquecida. “E aprendemos muito. Por exemplo, que muita coisa pode ser feita eletronicamente, embora nem sempre seja a melhor solução, mas que se tornou viável nessa situação”.
Ele acrescenta que, apesar do crescimento, há um outro fator desafiador, além da pandemia, que é o aumento dos preços das matérias primas. “Hoje estamos mergulhados em um ambiente de negócios em que numa ponta o cliente tem uma situação positiva para ele – o que traz uma situação favorável para os fornecedores, em termos de demanda – porém traz uma instabilidade de preços de matérias primas e consumíveis absurda. Os custos aumentaram dramaticamente no Brasil”. Assista à entrevista abaixo:
