O Brasil tem uma vocação mineral extremamente forte e muito pouco explorada. Com a recente necessidade de mais lítio e outros materiais nobres para baterias, os investimentos se voltaram ao Brasil. Atenta a esse movimento, a Armac, fortaleceu sua unidade de negócios para o segmento e está trazendo profissionais que entendam do negócio de mineração. O objetivo é deixar de ser somente locador de equipamentos para ser fornecedor de serviços especializados no caso específico da mineração.
Luciano Rocha, COO da companhia, informa que a mineração vem crescendo muito dentro da Armac: “nosso faturamento hoje em mineração é superior a 30% do negócio da Armac. Somos uma empresa de capital aberto e os números são transparentes. São cerca de 1.300 funcionários dedicados à mineração e cerca de 2.300 equipamentos de linha amarela e caminhões”. A empresa atende a uma ampla gama de minas, como calcário para cimento e produção de fertilizantes. Mas o forte da atuação está centrado na lavra, terraplanagem, retaludamento e movimentação de rejeitos de minério de ferro, nas regiões Norte e Sudeste.
Um dos maiores desafios para o setor de minério de ferro, nesse momento e no futuro próximo, de preços mais baixos, é a redução de custos de operação, que permitam trabalhar em ambiente de preços comprimidos. Para auxiliar as mineradoras nesse processo, a Armac defende o serviço especializado, que traz excelência operacional, se transformando em eficiência e redução de custo para os contratantes. Além das atividades normais da mineração, existem também operações recentes que são as descaracterizações de barragem e o dry stacking, que é empilhamento do rejeito filtrado. “O foco do serviço especializado é exatamente para trazer eficiência e redução de custo nessas atividades que fazem parte do dia a dia da mineração”, ressalta Sérgio Botelho, Vice-presidente de Mineração da Armac, contratado exatamente por sua expertise.
Luciano dá um exemplo muito simples de como a Armac pode contribuir com seu portfólio de serviços: “as minas mais antigas que foram ‘deixadas para trás’, precisam ser retaludadas e ampliadas. E você não faz isso com máquina de grande porte. Elas são muito caras e não têm acesso à recuperação desse tipo de mineração. Hoje estamos ajudando nosso cliente a ampliar a boca da mina para que possam tirar o material de alta concentração do fundo da mina, que já tinha sido abandonado justamente por falta de acesso. Tipo de ação que permite ao cliente sair de uma primarização para uma terceirização, contando com uma implantação de projeto rápido, com máquinas adequadas e de forma muito eficiente do ponto de vista de custo e de tempo”.
Sérgio Botelho destaca a velocidade em disponibilizar o serviço – “normalmente as empresas fazem o dimensionamento da frota baseadas na movimentação, na alimentação do britador. Num momento crítico de preço é preciso reduzir o ritmo de trabalho, deixando a frota ociosa. Nesse aspecto, o serviço terceirizado permite que as empresas trabalhem de forma mais ajustada em função do momento de mercado”. Luciano Rocha acrescenta que a Armac faz tudo isso com foco muito grande em segurança, fator crítico para a mineração.
Botelho também abordou o aspecto da lavra seletiva – “a maior parte dos minérios de ferro em Minas Gerais são de baixo teor e necessitam de concentração e para atingir teores mais altos com menos impurezas vai ser preciso perder um pouco a recuperação de massa, priorizando a seletividade, e consequentemente, gerando mais rejeito. Aí vem o dry Stacking, rejeito filtrado. Ou seja, qualquer movimento que a mineração necessite, estaremos aptos a prestar serviço especializado para atender a essas variações e flutuações de mercado”.
A Armac começou como uma empresa de movimentação de terra, terraplanagem, se especializou em manutenção e, posteriormente, em aluguel de máquina. Ao longo dos últimos 10 anos, vem se especializando na aplicação do cliente. “Deixamos de ser locadores, passando a prestadores de serviços. Isso fez com que entrássemos em operações, fornecendo não só o equipamento, mas também operadores, o pessoal de manutenção, os produtos de lubrificação, ou seja, toda a estrutura in loco para as mineradoras ou para os outros segmentos que atendemos. E, mais recentemente, começamos a trazer profissionais do mercado para comandar o que chamamos de Unidades de Negócio, como forma de aliviar o cliente da necessidade de manter equipes enormes e capital intensivo”, finaliza Luciano.